Fábrica dos iPhones já troca humanos por robôs na China
Meta da Foxconn é que 30% de todo o trabalho em suas fábricas sejam realizados por robôs até 2020
A Foxconn, a gigante de manufatura taiwanesa responsável pela fabricação do iPhone e de vários outros dispositivos eletrônicos, vai substituir a maioria de seus funcionários humanos por robôs, de acordo com um relatório do site DigiTimes. A substituição ocorrerá em três fases, afirmou Dai Jia-peng, do comitê de desenvolvimento e automação da companhia.
Na primeira etapa, a substituição dos humanos por robôs será feita em estações de trabalho que envolvem movimentos repetitivos que boa parte dos trabalhadores não está disposta a realizar, ou em atividades que possam colocar os funcionários em risco.
A segunda fase pretende aumentar a performance da linha de produção ao eliminar o excesso de robôs. A última etapa, por sua vez, envolve a automação de fábricas inteiras, onde apenas um número mínimo de trabalhadores fará funções relacionadas a logística, testes e processos de inspeção.
O processo de substituição de humanos por máquinas está em vigor na Foxconn há anos. A meta da empresa é que 30% de todo o trabalho em suas fábricas sejam realizados por robôs até 2020. Em março, a Foxconn disse que havia automatizado 60 mil postos em uma de suas unidades localizada na cidade de Kunshan, na China.
Por outro lado, o governo chinês tem incentivado a contratação de mão de obra humana em todo o país. Bilhões de dólares em contratos de energia e infraestrutura pública para a Foxconn foram distribuídos como incentivo para permitir a expansão da empresa em locais como Chengdu, Shenzhen e Zhengzhou.
Economistas estimam que 35% dos postos de trabalho estão em risco ao longo dos próximos 20 anos. Com sede em Taiwan, a Foxconn tem 12 fábricas na China, onde produz dispositivos populares como o iPhone e iPad e emprega cerca de 1,2 milhões de pessoas.
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