Estudo: jogos de tiro podem deteriorar parte do cérebro

Pesquisa foi publicada na última semana no Canadá e aponta que jogos FPS podem deteriorar a parte responsável pela memória especial para navegação

por Alice Mota ter, 15/08/2017 - 11:40
Reprodução/Facebook A pesquisa apontou que os jogos de tiro em primeira pessoa podem ser prejudiciais por causa da perspectiva Reprodução/Facebook

Um estudo publicado na última semana pela Universidade de Montreal e a Universidade McGill, no Canadá, aponta que jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) em demasia podem causar danos cerebrais. A pesquisa foi feita ao longo de quatro anos, com pessoas de 18 a 30 anos que não tinham o hábito de jogar. 

Os pesquisadores canadenses Gregory West e Veronique Bohbot dividiram as pessoas recrutadas em dois grupos, nos quais um utilizaria a memória especial para navegação, chamada hipocampo, e outro, os núcleos caudados, ligados à formação de hábitos. 

O experimento apontou que 85% das pessoas que jogaram mais de seis horas tiveram uma degradação no hipocampo. Os jogadores que mais dependem desta parte do cérebro são os jogadores de tiro em primeira pessoa, que, com o passar do tempo, tendem a perder a capacidade de lembrar de espaços. 

De acordo com o professor Gregory West, pessoas com redução na matéria cinzenta do hipocampo se tornam mais suscetíveis a desenvolver estresse pós-traumático, depressão e até Alzheimer.

A deterioração, no entanto, está ligada a uma questão de perspectiva de jogo, e não ao conteúdo diretamente. O experimento realizou o mesmo teste com um Super Mario 3D no mesmo espaço de tempo e não foi prejudicial ao hipocampo. 

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