Pressionado, Facebook bane páginas de militares de Mianmar
Segundo a rede social, contas banidas ajudaram a inflamar as tensões étnicas e religiosas no país
O Facebook baniu várias contas de alto perfil em Mianmar que, segundo a rede social, ajudaram a inflamar as tensões étnicas e religiosas no país do sudeste asiático. Em um relatório divulgado pela ONU, investigadores acusaram as forças armadas de orquestrar atos como assassinatos em massa, estupros de gangues e a destruição de aldeias inteiras.
O Facebook citou as descobertas da ONU em seu post de blog. A empresa descreveu a violência étnica no país como verdadeiramente horrível e disse que queria impedir o uso indevido do Facebook em Mianmar. Para este fim baniu 18 contas e 52 páginas seguidas por quase 12 milhões de pessoas.
Especialistas alertaram sobre o papel do Facebook no fomento da violência étnica em Mianmar desde pelo menos 2014, observando como o site foi usado para espalhar fraudes, memes e desinformação sobre a população Rohingya.
Embora a empresa tenha aumentado o número de moderadores locais de conteúdo que falam birmanês (a língua oficial de Mianmar), ela ainda não tem presença oficial ou funcionários no país.
Ativistas de direitos humanos dizem que a situação em Mianmar é extremamente desafiadora, e que pode ser realmente difícil diferenciar entre usuários do Facebook que simplesmente compartilham informações e aqueles que tentam inflamar o ódio racial.
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