Curativo utiliza raios solares para regenerar a pele

Dispositivo descartável, econômico e flexível estimula a regeneração das áreas lesionadas, acelerando a cura das feridas

qui, 08/11/2018 - 10:56
Reprodução/Facebook/francesca.santoro.921 Graças a esse estudo, ela recebeu o "MIT Innovators Under35 Europe", da revista "Technology Review" Reprodução/Facebook/francesca.santoro.921

Pela primeira vez desde 1999, uma italiana está entre os 35 jovens inovadores selecionados pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como os mais promissores de toda a Europa.

Francesca Santoro, de 32 anos, sempre se sensibilizou com as mulheres vítimas de abuso que sofriam com machucados na pele e decidiu desenvolver um projeto que as ajudasse. A pesquisadora, que trabalha no Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), em Nápoles, criou um curativo adesivo fotovoltaico que regenera a pele, acelerando o processo de cura com a ajuda de raios solares.

Graças a esse estudo, ela recebeu o "MIT Innovators Under35 Europe", da revista "Technology Review", que premia anualmente os criadores com menos de 35 anos que tenham apresentado os projetos mais transformadores na Europa.

"Receber esse prêmio é um sonho de todos os pesquisadores", disse Santoro à ANSA. "Estou muito emocionada, e ser a primeira italiana a recebê-lo me faz sentir ainda mais orgulhosa", continuou. Segundo ela, esse reconhecimento demonstra que "é possível fazer boa pesquisa na Itália e é uma ocasião para dar ênfase às pessoas que voltam e não falar somente de cérebros em fuga".

Nascida em Nápoles e formada na Universidade Federico II em engenharia biomédica, a pesquisadora trabalhou três anos na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e voltou para a Itália em julho do ano passado para trabalhar no IIT, onde coordena um grupo internacional que pesquisa o campo bioeletrônico.

Desses estudos, nasceu a ideia do curativo fotovoltaico 3D, um dispositivo descartável, econômico e flexível que estimula a regeneração das áreas lesionadas, acelerando a cura das feridas. "É um projeto nascido para demonstrar que é possível usar a conversão de raios solares em energia para acelerar a recuperação da pele, sobretudo de queimaduras", explicou Santoro. 

Da Ansa

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