‘Sonic Frontiers’ é problemático e divertido

Game apresenta mundo aberto com diversas atividades a serem cumpridas e o sistema de combate é principal destaque; acompanhe a resenha

Leiapor qui, 17/11/2022 - 15:45
Divulgação/Sega Divulgação/Sega

Pela primeira vez na franquia, Sonic é colocado em um mapa aberto, que oferece certa liberdade de exploração aos jogadores e o ouriço precisa correr por essas zonas, ao mesmo tempo que busca por uma maneira de resgatar os seus amigos Amy, Knucles e Tails, que ficaram presos em uma realidade virtual.  

O game possui um total de cinco zonas e cada uma conta com inúmeras missões para serem cumpridas. Em cada mapa, o jogador terá que resolver alguns quebra-cabeças cabeças, que revelam pontos de interesse no mapa; duelar contra as criaturas metálicas espalhadas pela ilha; finalizar as fases do cyberespaço, que lembram os cenários de jogos anteriores do Sonic; coletar as Esmeraldas do Caos para fortalecer o personagem; e derrotar o titã da zona. 

A maioria dos quebra-cabeças possui uma estrutura bem simples e não apresenta um desafio elevado. Porém, é no sistema de combate que o game brilha, já que o ouriço azul possui inúmeros movimentos de fácil execução e os inimigos são bastante variados. Além disso, muitas criaturas possuem um design criativo e exigirão uma série de procedimentos para serem derrotadas.  

Ao derrotar os monstros, o jogador ganhará engrenagens, que garantem acesso às fases do cyberespaço. As recompensas por completar essas missões são as chaves dos cofres das Esmeraldas do Caos e o número pode variar, de acordo com os requisitos cumpridos que vão avaliar o tempo gasto para finalizar a área, além da quantidade de anéis e moedas vermelhas coletadas no percurso.  

Vale destacar que durante as fases do cyberespaço, a jogabilidade do ouriço azul será semelhante à de outros jogos da franquia, como “Sonic Generations” (2011) e “Sonic Forces” (2017), o que traz de volta velhos problemas que assombram a Sega até os dias de hoje, entre eles, a dificuldade de controlar a velocidade absurda do personagem e a movimentação da câmera, que mais atrapalha do que ajuda.  

Após concluir inúmeras tarefas, o jogador poderá acessar as já conhecidas Esmeraldas do Caos, que darão poder para o ouriço se transformar na sua forma dourada e conseguir encarar de frente o titã guardião da ilha.  

Após vencer o combate, Sonic parte para a próxima Ilha, as Esmeraldas do Caos se separam e todo o processo para reuni-las, deverá ser feito novamente. Embora pareça repetitivo na teoria, o dinamismo oferecido pelas inúmeras missões ajuda a tornar o processo divertido na prática. No entanto, alguns defeitos ainda saltam os olhos.  

  Faltou polimento 

Conforme a jornada progride em “Sonic Frontiers”, a sensação que mais se destaca é que a Sega perdeu a oportunidade de oferecer uma experiência ainda mais memorável para os fãs do ouriço. A obra apresenta um conjunto de boas ideias, mas que não receberam a devida atenção na hora da execução. 

Os mapas abertos são a grande novidade do game, já que pela primeira vez é possível sentir a imersão de controlar um personagem super veloz com a capacidade de alcançar qualquer lugar em questão de minutos. Mas, eles sofrem com diversos problemas que podem incomodar os mais críticos, como um level design pouco intuitivo, a baixa renderização de alguns modelos, além de objetos que aparecem e desaparecem de maneira repentina.  

Outro ponto que pode causar estranheza é que os jogos do ouriço azul sempre foram coloridos e cheios de ambientes alegres, o que não acontece em “Frontiers”. Nesta aventura, os desenvolvedores optaram por apresentar cenários realistas, com uma aparência mais “depressiva” (algo que é ainda mais fortalecido pela trilha sonora melancólica). Porém, essa ambientação causa uma estranheza nos olhos quando o personagem é uma criatura cartunesca, que não combina em nada com o que está ao seu redor.  

Apesar do game possuir cenários expressivos, que proporcionam vistas admiráveis, sempre haverá pontos de esquisitices que podem interferir negativamente na experiência. De maneira geral, o que foi entregue não foi um desastre, mas poderia ter sido melhor trabalhado.  

“Sonic Frontiers” é um game que apesar dos problemas, pode se tornar uma experiência agradável para os jogadores, principalmente para os fãs de longa data do personagem. O game está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e Steam por aproximadamente R$300 na versão mais básica. A edição com todas as DLCs pode ser obtida por cerca de R$350.  

Por Alfredo Carvalho

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