Professor opina sobre o tema da redação do Enem

"Infelizmente deve ter sido considerado difícil para o aluno que não tem maior acesso a revistas, jornais e não é orientado nem estimulado a se atualizar", diz docente

por Nathan Santos dom, 04/11/2012 - 20:05
Nathan Santos/LeiaJáImagens Rogério Costa é professor do Colégio BJ, do Recife Nathan Santos/LeiaJáImagens

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano gerou muita discussão. O movimento imigratório para o Brasil no século XXI não era esperado nem por professores, e muito menos pelos candidatos. Neste momento, o professor Rogério Costa, do Colégio BJ, do Recife, está comentando a redação no programa transmitido ao vivo pelo Portal LeiaJá.



“Neste ano, o Enem propôs aos alunos a escrita de um texto dissertativo sobre o movimento imigratório para Brasil no século XXI.  O tema, apesar de atual e bastante noticiado pela mídia, provavelmente surpreendeu a todos e infelizmente deve ter sido considerado difícil para o aluno que não tem maior acesso a revistas, jornais e não é orientado nem estimulado a se atualizar acerca da economia brasileira e seus efeitos”, opina Costa.

Ele apresenta algumas formas de abordagem, tais como a crise europeia e a expansão econômica do Brasil. “Para abordar o tema, o aluno poderia ter optado por um desenvolvimento em que fossem abordadas as causas desse movimento imigratório: a crise europeia, o crescimento econômico brasileiro, a falta de mão de obra especializada no Brasil para atender a demanda de vagas ofertadas. Cremos que a maioria percorreu esse caminho argumentativo”, afirma o professor.

Entretanto, a finalização do texto foi complicada para os candidatos, conta Costa. “O momento de maior dificuldade para o aluno provavelmente deve ter sido o da conclusão, visto que o enunciado exigia uma intervenção. Neste momento, seria importante alertar para a necessidade de controle das correntes imigratórias pelo Estado, a fim de evitar desemprego do cidadão brasileiro, exploração ilegal da mão de obra estrangeira, comprometimento da qualidade de vida”.

Confira o comentário do professor Rogério Costa.

 

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