Empreender em educação: Campus Party mostra os dois lados

Palestra 'As Dores e as delícias de empreender em educação (edutech) no Brasil' foi ministrada pelo fundador da plataforma digital 'Redação Nota 1000', Cleyton Dick

por Camilla de Assis dom, 21/08/2016 - 10:25
Camilla de Assis/LeiaJáImagens Cleyton Dick é empreendedor da área de educação Camilla de Assis/LeiaJáImagens

Empreender no setor educacional traz consigo muitos desafios e benefícios. É preciso conhecer as particularidades do meio e enfrentar seus problemas. “As Dores e as delícias de empreender em educação (edutech) no Brasil” foi uma das palestras realizadas na Campus Party Recife Weenkend, neste sábado (20), realizada no Classic Hall, em Olinda.

Ministrada pelo fundador da Redação Nota 1000, plataforma online de correção de redações sob a medida do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Cleyton Dick, a palestra deu as dicas de como “sobreviver” empreendendo no setor educacional. Segundo o empresário, é preciso entender as complexidades do sistema. Há vários segmentos que podem ser optados. São eles os B2C (business to consumer), direcionado a estudantes, B2B (business to business), direcionados e empresas de educação, e B2G (business to government), com foco no governo. “Existem diversos pontos a serem avaliados. Em alguns momentos o empreendedor olha e percebe que o que esta fazendo não é tão inovador, mas é preciso superar isso”, explicou.

De acordo com Dick, é preciso juntar todos os envolvidos na educação em uma só causa. São eles: o empreendedor, os alunos, os pais dos alunos, professores, diretores e gestores, grupos educacionais e secretários de educação. “A forma como isso vai acontecer depende do foco principal do negócio, mas vale a pena porque se está fazendo um negócio social”, disse.

Entre as dificuldades, Dick destacou: “Para o consumidor, há a guerra nos preços. Uma aula que está a R$ 40, amanhã vai para R$ 20, R$ 9,90. Em seguida, quando o negócio é destinado a outros negócios, vêem-se as dificuldades na burocracia, na implantação de políticas, na baixa prioridade, na troca constante de gestores e nas políticas de curto prazo”.

Entretanto, apesar dos percalços no caminho, Cleyton Dick afirma que empreender em educação também revela inúmeras vantagens. “É um grande segmento, com milhões de alunos, muitas áreas a seguir, uma das prioridades governamentais e com grande potencial”, completa. 

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