Professores pressionam Raquel Lyra pelo reajuste do piso

A categoria realizou ato, nesta quinta-feira, 20, em frente à Secretaria de Administração de Pernambuco

por Elaine Guimarães qui, 20/04/2023 - 13:12
Elaine Guimarães/LeiaJáImagens Ato pelo reajuste do piso salarial Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Nesta quinta-feira (20), professores da rede estadual de Pernambuco ocuparam a frente da Secretaria de Administração (SAD), localizada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, para pressionar a governadora Raquel Lyra (PSDB) a cumprir o reajuste salarial, aplicado na carreira, de 14,95% previsto por lei federal.

A categoria, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), também pede à gestão estadual merenda de qualidade, entrega do fardamento aos alunos da rede e revogação do Novo Ensino Médio. O ato faz parte do cronograma de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação, que ainda prevê outras paralisações nos dias 26 de abril, 8 e 9 de maio.

De acordo com a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, o local escolhido para a manifestação foi estratégico. “A negociação é feita pela Secretaria de Administração e Educação. São duas secretarias muito importantes nesse momento. Já fizemos ato na frente do Palácio [do Campo das Princesas]. Então, a gente vai para todos os espaços que podemos construir essa interlocução”.

À reportagem, Ivete Caetano ressalta que o sindicato já teve três mesas de negociação com o Governo do Estado, no entanto, não houve um acordo. “A gente precisa entender que diálogo não é só escuta. Diálogo é você negociar com uma proposta concreta. Mas, a governadora só diz que vai negociar para toda carreira em agosto, então, não tem diálogo”, pontua. Além disso, a presidenta do Sintepe salienta que a proposta de Raquel Lyra não contempla todos os trabalhadores, logo, é rejeitada.

Com grito de "onde está a governadora?", a professora aposentada Rose Roserlande pede que a governadora valorize os docentes do Estado e reconheça o esforço da categoria no ambiente escolar. "A governadora está no chão da escola? Não. Está no seu gabinete com ar-condicionado. E nós? trabalhando lá, aguentando o trânsito para chegar na hora. Nós somos resistentes, governadora! Estamos aqui lutando e vamos continuar até a senhora pagar esse piso."

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