Nascido em São Bento do Una, no interior de Pernambuco, Alceu Paiva Valença desde criança já tinha contato com a música. Depois de deixar uma carreira jogando basquete para trás, foi incentivado pelo pai e pelo tio a ler literatura regional e brasileira. Tornou-se cada vez mais fascinado pelo cinema e sonoridades, o ritmado das rimas, poesias e altos voos que resultaram hoje numa grande memória viva e cultural nordestina.

Das várias características que compõem um artista, Alceu Valença se destaca pela música, literatura e, mais recentemente, o cinema, que entoam como manifestação de poesia concepções que incorporam e refletem na vida de tantos admiradores de seu trabalho.

Carreira

O cantor teve sua carreira iniciada na música com um disco gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Em 2016, foi o homenageado do Carnaval de Olinda, bem como teve recentemente um álbum indicado ao  Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raizes Brasileiras, além de ganhar o 26º Prêmio da Música Brasileira.

No Cinema, depois de 14 anos de construção, criou o filme A Luneta do Tempo, uma história narrada em versos e poesias sobre o cangaço com os personagens Lampião e Maria Bonita. O filme entrou em cartaz ao público no início deste ano. Na literatura, o trovador, também mergulhado nos versos e nascido para tal papel, incorpora seus poemas escritos entre 1960 e 2014, resultando no livro O Poeta da Madrugada, lançado no ano passado.

Com os seus 70 anos de cultura, até hoje ecoam suas canções que emergiram no início de sua carreira, assim como suas novas criações. Sucessos como Anunciação, La Belle de Jour, Flor de Tangerina, Morena Tropicana e Girassol tornaram-se 'hinos' em Pernambuco e no Brasil, assim como suas novas criações do álbum Amigo da Arte.

Alceu se destaca pela elaboração singular de cada obra e é considerado um poeta que sempre recria e todas as suas inspirações propõem a composição de um cenário de mergulho subjetivo e profundo.