Mães criam colônia de férias em prédio e economizam 50%

Além de ficarem perto das crianças, as mães afirmam que a iniciativa proporciona mais segurança, comodidade e redução de custos durante o mês de julho

por Roberta Patu sex, 15/07/2016 - 17:50
Arquivo pessoal Oficinas e brincadeiras de antigamente são algumas das atividades Arquivo pessoal

Prédio também é lugar de diversão e colônia de férias no mês de julho. Fugindo das tradicionais atividades oferecidas por empresas de recreação, mães da Zona Sul da capital pernambucana planejaram as brincadeiras dos filhos, aproveitando o espaço de um edifício. A ideia surgiu para promover comodidade e econômia de até 50% para os pais. 

De acordo com a turismóloga Cláudia Torres de Melo, que é mãe e uma das idealizadoras da proposta, a princípio, a ideia foi de tentar economizar e proporcionar mais comodidade e segurança para os pais e as crianças. “Muitas vezes enfrentamos trânsito e a logística dificulta, quando vamos deixar e pegar as crianças. Além disso, achamos mais seguro ficar com as crianças no prédio, afinal elas ficam mais reguardadas e, praticamente, dentro de casa”, diz Cláudia.



Mãe de duas filhas, Cláudia acredita que a iniciativa, "indiscutivelmente", está proporcionando mais economia para os pais e responsáveis. “Normalmente, as colônias de férias cobram R$ 100 e até R$ 120 a diária, mas oferecemos diversão durante seis dias, no período da tarde, pelo mesmo valor”, compara. Para oferecer a estrutura, ele conta que contratou algumas atividades, como piscina de bola, pula-pula, contação de histórias, baile à fantasia e campeonatos.

A administradora de empresas Priscila Barreto, que também está à frente da organização, explica que as atividades são segmentadas para cada faixa etária. “Existe diversão e entretenimento para pequenos a partir de um ano e, como estamos recebendo crianças até oito anos, preparamos uma programação diversificada para cada faixa de idade”, diz Priscila. Quanto à divisão das atividades e à hance de poder estar perto do filho, ela conta que se sente mais segura. “Sinto-me mais tranquila, afinal a colônia de férias é ‘de casa para casa’, assim não tem como dar errado ou se preocupar”, fala descontraída.

Na mesma rua, outra mãe, Carolina Puppini, também aproveitou a oportunidade e lançou a primeira colônia de férias do prédio onde mora há sete anos. Segundo a arquiteta, que tem quatro filhos, a ideia era proporcionar atividades recreativas dentro do condomínio e facilitar a vida dos pais. “Podemos ficar perto das crianças sem se preocupar. Até porque há muitos pais observando”, reafirma.

“Tivemos a preocupação de dividir as crianças em grupos, de acordo com a idade. A partir daí criamos uma programação com brincadeiras de antigamente, arte, pintura, teatro, capoeira, argila, banho de mangueira, guerra de bexiga e bolha de sabão gigante”, cita Carolina. A colônia funciona três vezes na semana no período da manhã. Para o mês, os pais pagam o valor de R$ 150; 15 dias, R$ 100 e a diária R$ 35.

A mãe e moradora Dilma Santos aprovou a ideia e considera que a iniciativa deve crescer. “Tenho dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de quatro, mas pela primeira vez aderi a uma colônia e estou gostando bastante. Como no prédio a maioria das mães trabalha, observo que é bem mais cômodo e seguro para os pais deixarem as crianças”, conclui.

Com alegria, a pequena participante Maria Júlia, sete anos de idade, diz o que está achando. "É muito legal poder brincar todos os dias com os meus amiguinhos no prédio. Eu conheço novas pessoas e me divirto muito", fala a garotinha, que convidou a amiguinha Mariana Magalhães, que também opinou. "Estou gostando muito, porque estou conhecendo novos amiguinhos", finaliza.

Para organizar a colônia de férias, as idealizadoras falaram que precisaram fazer várias cotações com fornecedores de festas infantis e recreadores. Ao todo, elas conseguiram reunir, em média, 30 crianças, em cada turno. Já para conseguir promover as brincadeiras, as mães tiveram que gastar de R$ 3 mil a R$ 8 mil. Apenas moradores dos prédios podem participar da colônia e os pequenos só podem brincar acompanhados pelos responsáveis. 

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