Sem preconceito, Paixão de Cristo é apresentada por drag

Vagiene Coqueluche foi a cicerone da noite e questionou: “Por que não quebrar essa barreira?”

por Paula Brasileiro dom, 01/04/2018 - 08:13
Paula Brasileiro/LeiaJáImagens Vagiene Coqueluche entreteu o público antes do espetáculo Paula Brasileiro/LeiaJáImagens

Quebrando qualquer tipo de protocolo e provando sua veia de tolerância e inclusão, o espetáculo A Paixão de Cristo do Recife foi apresentado, em 2018, por uma Drag Queen. A artista Vagiene Coqueluche recepcionou o público que foi ao marco Zero assistir à montagem, na última sexta (30) e neste sábado (31), e aproveitou a ocasião para deixar uma mensagem pelo respeito ao próximo.

Vagiene subiu ao palco, pouco antes das 20h, para entreter a plateia e anunciar o espetáculo que começaria dali a pouco. Irreverente, ela fez brincadeiras com a própria trama, uma das mais famosas histórias da cultura ocidental, e deixou mensagem de respeito e inclusão. “Estou aqui para dar esse grito de liberdade”, disse referindo-se não só ao público LGBT como, também, aos deficientes físicos e negros.

A artista comentou já ter sofrido preconceito, mesmo durante seu trabalho: “Por ser uma drag meu desejo é levar alegria às pessoas e as pessoas me julgam por estar vestida desse jeito”. E afirmou que violência não é o caminho para o fim da intolerância e preconceito: “Não é me atacando que você vai minimizar os problemas”. Vagiene foi muito aplaudida pela plateia e prometeu voltar no domingo (1°), para a última sessão da Paixão de Cristo do Recife de 2018.

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