Jornalista ataca Mauricio de Sousa por cadeira na ABL

Contra a eleição do criador da Turma da Mônica, James Akel questiona a influência dos quadrinhos na aprendizagem

por Victor Gouveia dom, 16/04/2023 - 15:26
Campus Party Brasil/Flickr O quadrinista Maurício de Souza Campus Party Brasil/Flickr

O jornalista James Akel assumiu que se lançou na disputa por uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL) após saber da candidatura do quadrinista Mauricio de Sousa. Em uma perspectiva polêmica, ele apontou que a Turma da Mônica não pode ser considerada literatura e gibis não são "livros de verdade".

Em entrevista à Veja, o escritor disse que a eleição de famoso como Gilberto Gil e Fernanda Montenegro não surtiram o efeito de atrair o público.

"O que realmente me motivou foi a candidatura de Mauricio de Sousa. Em sua carta, ele diz que 'quadrinhos são literatura pura'. Isso me deixou zangado e decidi me inscrever imediatamente", afirmou.

Para o concorrente, os quadrinhos fogem do tradicionalismo, o que ele classificou como "liturgia", da literatura.

"Histórias em quadrinhos estão no campo do entretenimento, não da educação, como ele defende. No dia em que acabarem os livros, acabou a literatura. A ABL não pode perder sua essência", opinou.

Com três peças de teatro escritas, a grande obra do jornalista é um livro "Marketing Hoteleiro com Experiências", publicado em 2021.

"O Mauricio só publicou gibis. Tá quatro a um para mim", comparou James, que disse se assustar ao ouvir que brasileiros se alfabetizaram com a obra do quadrinista. "Defender isso é uma incongruência", disparou.

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