Para bilionário, exclusão de russos é 'vingança política'
Famoso pelas boca sem filtro, Oleg Tinkov não mediu palavras nas redes sociais
O bilionário russo Oleg Tinkov, dono da equipe de ciclismo Tinkoff, classificou de "vingança política contra a Rússia" a exclusão dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 de ciclistas dopados de seu país, criticando os "burocratas idiotas" da federação internacional de ciclismo (UCI).
Famoso pelas boca sem filtro, Tinkov, que já anunciou que deixaria o ciclismo ao fim do ano, não mediu palavras nas redes sociais.
"Zakarin (ciclista da equipe Katusha e vencedor de uma etapa no último Tour de France) não pode ir ao Rio mas (o espanhol) Alejandro Valverde e outros, que já foram pegos no doping, podem? Se isso não é uma vingança política contra a Rússia, então o que é? Isso mostra mais uma vez a que ponto essa merda de UCI é estúpida e impotente. É apenas um bando de burocratas idiotas", escreveu no Twitter e Instagram.
Como outros dois ciclistas russos, Olga Zabelinskaya e Sergey Shilov, Zakarin foi vetado pelo Comitê Olímpico Russo (ROC) da disputa dos Jogos do Rio-2016 por já ter sido suspenso por doping no passado, um dos critérios definidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Três outros ciclistas, que não tiveram as identidades publicadas pela UCI, foram excluídos por terem sido citados no relatório McLaren de 18 julho, que desvendou o sistema de doping de Estado na Rússia.
Em 24 de julho, o COI transferiu a responsabilidade da exclusão de atletas russos nos Jogos do Rio (5-21 de agosto) às federações internacionais de cada esporte olímpico, seguindo alguns critérios ligados ao doping previamente definidos.
No sábado, o COI voltou a mudar as regras, dando a palavra final a três membros da entidade. Os russos já afastados, porém, não poderão ser reintegrados.