Roberto: 'Quero que ele me passe os números da loteria'

Treinador rebateu declarações dos dirigentes do Brasil-RS que cravaram a queda do Náutico

por Renato Torres qui, 07/09/2017 - 00:41
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Roberto Fernandes ironizou provocação adversária Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Foi no limite, mas o Náutico conseguiu derrotar o Brasil-RS nos minutos finais da partida nesta quarta-feira (6). O sufoco se deu pela atuação abaixo do esperado, porém com os três pontos conquistados a hora é de comemorar o resultado, já pensando no próximo adversário. É assim que o técnico Roberto Fernandes enxergou o resultado.

"Nosso time sentiu o jogo. Não fizemos um bom primeiro tempo taticamente, nem tecnicamente. A entrada do Iago nos deu velocidade, mas perdemos o meio de campo. Precisando urgentemente da vitória, tirei o Bruno Mota para entrar Schuster, foi aí que aconteceu a diferença. Passamos a criar, ocupando melhor o meio e o jogo ficou equilibrado. Com apoio do torcedor, começamos a melhorar na partida e tivemos lampejos melhores. A cartada final foi usar dois homens de referência, conseguimos no abafa o gol", contou.

No fim da partida, a cobrança dos dirigentes e atletas adversários foi grande em relação ao gol anulado ainda no primeiro tempo. O comandante alvirrubro comentou a declaração de que o 'Náutico irá cair porque ganha na Arena com auxílio do apito'. "Não vi as declarações. Quem tem boca fala o que quer e ouve o que não quer, eu estou em outro pensamento. Se ele tem certeza que o Náutico vai cair quero que me passe os números da loteria para tornar minha vida mais tranquila. Se eles fossem mais eficazes nas chances criadas, não estariam reclamando de arbitragem", afirmou.

Um dos destaques da partida ficou para a bela defesa do goleiro Jefferson. Se firmando desde a posição recebida com a saída de Tiago Cardoso, o jovem de 23 anos está conquistando o apoio da torcida. Mesmo assim, a ideia do treinador é queimar uma das contratações restantes para investir no setor. Se serve de alívio para o atual camisa 1, o objetivo é dividir a responsabilidade.

"O Jefferson tem muito potencial e que vai errar como os experientes erram e com o goleiro isso é mais sério. No atleta de linha, se há dificuldade sem ritmo, com o goleiro é bem complicado. Não descartamos a vinda de um goleiro, não só pela questão do Jefferson que é um garoto, não passa a mesma segurança de um veterano. Mas pela questão de que os outros também são da base, essa é a grande dificuldade que estamos discutindo. Infelizmente, temos poucas inscrições, só três. Eu priorizo a vinda de um goleiro quando o Náutico se recupera defensivamente, sofremos dois gols em cinco jogos", revelou Roberto.

Foi um jogo bem diferente da tranquila vitória diante do Figueirense. Algo que o professor já esperava e alerta o torcedor para manter o apoio porque o time ainda deve oscilar. "É difícil cobrar do torcedor. São muitos anos sem conquistas, mas espero que ele entenda que o time não vai mudar. A base é essa e não vai ser rápido para apresentar um grande futebol. Todos jogos como mandante devem ser decisões e não se joga, se ganha. Conseguimos e isso foi importante", disse.

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