Empresas de transporte garantem que vão apurar morte

Após a confirmação da morte do jovem arremessado de ônibus, Grande Recife e Urbana-PE se posicionam sobre o fato

por Alexandre Cunha ter, 16/06/2015 - 13:13

O Hospital Português confirmou, em nota, a morte do estudante Harlynton Lima de Santos, de 20 anos, que se acidentou ao tentar subir em ônibus no Cais de Santa Rita, nesta segunda (16). Segundo testemunhas, o motorista teria se recusado a parar e abrir a porta. O jovem morreu em decorrência a politraumatismo, às 10h50, e o corpo será encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). Após a morte, as instituições de transporte público do Estado tentam minimizar o impacto negativo do fato. 

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), a empresa Vera Cruz, responsável pela linha TI Tancredo Neves (Imip), já apura o caso e está em contato com a família da vítima. O Grande Recife Consórcio de Transporte emitiu uma nota oficial e disse que acompanhará a Polícia durante as investigações:

O Grande Recife está acompanhando de perto as investigações sobre o acidente que aconteceu na última segunda-feira (15). O Consórcio está à disposição das autoridades competentes para esclarecer e repassar informações sobre o ocorrido, diz o texto encaminhado pelo órgão que gere o transporte de ônibus da Região Metropolitana. O Sindicato dos Rodoviários foi procurado pelo LeiaJá, mas até o momento não se pronunciou sobre o ocorrido. 

“Mais uma vítima fatal desse sistema falido”

Advogado e integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público do Estado, Pedro Josephi lamentou a morte de mais um passageiro no Recife e exige posicionamento do Governo de Pernambuco. “Para nós é lamentável e triste. É mais uma vítima fatal do sistema falido do transporte público metropolitano. Vamos cobrar do governador Paulo Câmara mais uma vez, cobrar essa morte e uma solução para este sistema caótico”. 

Para Josephi, o sistema de transporte dá “sinais de esgotamento há muito tempo” e a morte, infelizmente, “não foi surpresa”. “Quem utiliza o transporte percebe a carga de estresse sobre motoristas e cobradores, a falta de fiscalização. Tragédias como essa tendem a continuar acontecendo, já que todo ano tem aumento (de passagem), mas a precarização do transporte continua”. 

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