Italiano da máfia Camorra é extraditado em Brasília
Pasquale Scotti foi preso no Recife no dia 26 de junho de 2015
O italiano Pasquale Scotti, 57 anos, preso no Recife no dia 26 de junho de 2015, foi extraditado à Itália na quarta-feira (9). Ele é condenado pela justiça italiana à prisão perpétua por fazer parte de uma máfia e cometer crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência, extorsão e 26 homicídios entre 1980 e 1983.
Antes de vir para o Recife, Pasquale passou por vários estados do Brasil e estava usando o nome de Francisco de Castro Visconti. Ele foi sócio de uma boate em Boa Viagem, Zona Sul da capital, atuava nos ramos de fogos de artifício e importação de alimentos e estava no Brasil desde 1986, casando-se em 1995 com uma brasileira, com quem teve dois filhos.
Pasquali é apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra. O estrangeiro é acusado de 26 homicídios, incluindo o assassinato do banqueiro Roberto Calvi, conhecido como o “Banqueiro de Deus”. Calvi foi morto em Londres, em 1982, e inicialmente acreditava-se ter sido um caso de suicídio. Pasquali integrava uma lista de dez superprocurados pela Itália. Em 1991, ele teve a prisão decretada pela justiça italiana e foi condenado à prisão perpétua em 2005.
Segundo a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), nem a mulher nem os filhos do acusado tinham conhecimento do seu histórico criminoso. Ele foi preso após deixar as crianças na escola, para evitar constrangimento. O italiano foi enviado a Brasília no dia 27 de junho de 2015. Ontem, ele saiu de Brasília por volta das 16h e foi entregue no Rio de Janeiro às 18h10 para policiais federais italianos.