Petróleo fecha em queda com dólar e cautela

Ainda que o dia tenha sido de queda, a redução nos estoques dos EUA e problemas na produção da Nigéria continuam a apoiar os preços do petróleo

qui, 09/06/2016 - 17:20

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 9, pressionados pelo fortalecimento do dólar, em um dia de cautela nos mercados internacionais. A commodity continuou, porém, perto de máximas em dez meses, em meio a problemas na produção e ao recuo dos estoques dos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para julho fechou em queda de 1,30%, a US$ 50,56 o barril. Na plataforma ICE, em Londres, o Brent para agosto caiu 1,06%, a US$ 51,95 o barril.

Os dois contratos avançaram mais de 80% desde que bateram mínimas em vários anos no início de 2016. Problemas na produção geraram a expectativa de que o quadro de excesso de oferta pudesse se reverter em breve.

Analistas disseram que o que moveu os mercados da commodity nesta quinta-feira não foi, em grande medida, os fundamentos do setor. No caso desta quinta, o dólar parece ter tido mais peso, já que a moeda se valorizou, após dados mais fracos da China, que reduziram o apetite por risco e fortaleceram a moeda dos EUA ante divisas emergentes e commodities. Como o petróleo é cotado em dólar, nesse caso ele se torna mais caro para os detentores de outras moedas, o que reduz o apetite dos investidores.

"O principal fator foi o dólar e as preocupações sobre a moeda", disse Phil Flynn, da corretora Price Futures Group, de Chicago. Segundo ele, o momento é de mais estabilidade no mercado da commodity, à espera do que ocorrerá mais adiante.

Ainda que o dia tenha sido de queda, a redução nos estoques dos EUA e problemas na produção da Nigéria continuam a apoiar os preços do petróleo. Analistas do Commerzbank avaliaram que, em meio a problemas na produção que ainda existem, é possível esperar que os preços continuem com tendência de alta.

Na quarta-feira, os EUA informaram que os estoques de petróleo do país recuaram 3,2 milhões de barris na última semana. Segundo analistas do Credit Suisse, os estoques norte-americanos devem recuar mais durante o verão local, com o maior consumo de gasolina pelos motoristas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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