SP deve combater o tráfico na Cracolândia, diz pesquisa

Levantamento do Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo entrevistou 800 pessoas a fim de saber quais medidas são vistas como importantes para solucionar os problemas do local

por Nataly Simões qua, 18/07/2018 - 16:46

Combater o tráfico de drogas e criar políticas públicas são as principais ações que devem ser adotadas pela Prefeitura São Paulo para resolver a situação da Cracolândia, segundo a pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com a Rede Nossa SP.

A Cracolândia está localizada no bairro da Luz, no centro da capital, e é conhecida pela grande concentração de usuários de crack. No local já houveram diversos conflitos envolvendo a polícia paulista.

O levantamento ouviu 800 pessoas entre os dias 5 e 22 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Para 59% dos entrevistados, o governo municipal deve priorizar o combate ao tráfico de drogas no local. A criação de políticas públicas em áreas como saúde, segurança, educação e trabalho é vista como solução para 53%.

A construção de unidades de saúde especializadas para atender exclusivamente aos usuários de drogas é citada por 43% das pessoas. Para 33%, o ideal é incentivar a criação de projetos sociais de apoio aos usuários de drogas. Já 27% afirmam que a prefeitura deve se unir ao governo do estado e intensificar a ação da polícia; para outros 27% é preciso cuidar das famílias que residem na área e que convivem com o tráfico e  usuários de drogas.

Enquanto a instalação de empresas, comércios e centros culturais é apontada como importante para 23%; outros 23% acreditam que é necessário obter ajuda das Forças Armadas para combater o tráfico e o consumo de drogas no local.

Em relação ao acesso à educação integral e ao primeiro emprego, 77% concordam que políticas de estímulo ao primeiro emprego garantem mais oportunidades para os jovens; 68% concordam que ampliar a oferta do ensino em tempo integral afasta crianças e adolescentes de situações de vulnerabilidade social.

Medidas socioeducativas são apontadas por 47% como a melhor alternativa para as crianças e adolescentes que desrespeitaram as leis; 35% concordam que a “palmada” contribui para educação e formação das crianças e adolescentes; 43% discordam que crianças sejam responsáveis por tarefas domésticas; e 63% discordam que trabalhar é mais importante para a formação das crianças do que o estudo.

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