Banheiros da orla do Recife passam por recuperação

Atualmente, equipamentos possuem problemas como vasos sanitários e mictórios danificados e ausência de portas

ter, 25/09/2018 - 09:26
Divulgação/UFPE/Arquivo Os serviços devem ser concluídos em 60 dias Divulgação/UFPE/Arquivo

A Prefeitura do Recife deu início, na última segunda-feira (24), às obras de recuperação dos dez banheiros públicos situados entre as orlas de Brasília Formosa e de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O investimento será de R$ 175,7 mil.

Entrar em um desses banheiros costuma ser uma experiência desagradável. Vários desses locais possuem vasos sanitários, pias e mictórios depredados. É comum não possuírem portas ou apresentarem descargas defeituosas. O mau cheiro também é outra característica dos banheiros públicos, que ainda são alvos de furtos.

Segundo a Prefeitura do Recife, os trabalhos de reforma começarão a partir dos banheiros de número 7 e 8. As melhorias abrangem a instalação de novos dispositivos e acessórios hidráulicos, como tubulações e torneiras, novas louças e metais, substituição de portas, reforma de pisos e paredes e a troca de vitrais quebrados. Os serviços devem ser concluídos em 60 dias.

Chuveiro

Outra dor de cabeça para os banhistas da orla do Recife são os chuveirões. O governo havia anunciado a instação de chuveiros automáticos ao longo da orla do Recife e de Olinda com conclusão para outubro de 2018, mas o projeto tem sofridos constantes atrasos. Atualmente, não há previsão para a instalação dos novos chuveiros.

Em agosto deste ano a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) apresentou uma pesquisa que constatou que as águas utilizadas nos chuveirões e nos banheiros estavam contaminadas e impróprias para uso. Os valores físico-químicos de nitrato e salinidade estavam acima do que é proposto pelas legislações. Já nos parâmetros microbiológicos, tanto os chuveiros quanto banheiros estavam em desconformidade com suas respectivas legislações.

“A água contaminada pode ser grande veículo para transmissão de doenças gastrointestinais, dentre elas cólera, febre tifoide, leptospirose e giardíase, e parasitoses, dentre elas amebíase e esquistossomose”, afirmou a aluna de Farmácia Luísa Souza Almeida. A estudante também havia participado de estudo realizado em 2014 que já indicava a contaminação da água. Na época, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cobrou providências do poder público.

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