Saiba como controlar o consumo de chocolate das crianças
Nutricionista explica quais são os riscos do consumo de chocolate em excesso e qual é a quantidade ideal que as crianças devem ingerir diariamente
O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de consumo de chocolate. A informação é da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), com base em uma pesquisa realizada pelo Ibope. No entanto, a ingestão da guloseima requer atenção, especialmente pelas crianças que são as principais consumidoras devido aos novos formatos, cores e sabores que são lançados a cada ano, despertando ainda mais a atenção dos pequenos.
A nutricionista materno-infantil Vanessa Mazetto orienta que crianças de até um ano não devem consumir chocolate. Aquelas com idade entre dois e cinco anos devem comer, no máximo, 15 gramas de chocolate por dia. “Acima dessa idade, incluindo os adultos, o consumo recomendado é de até 30 gramas diárias e sempre após as refeições, pois em jejum o organismo absorve mais gordura”, explica.
Vanessa acrescenta que o ideal é o consumo de chocolates com 55% a 65% de cacau visto que, quanto menos açúcar tiver, mais saudável a guloseima será. “O melhor a fazer é dar preferência ao chocolate meio amargo. Ele tem um índice de gordura menor, praticamente não tem açúcar e conta com bastante cacau, que contém substâncias benéficas e antioxidantes. O pior de todos é o chocolate branco, porque não tem nem cacau, apenas gordura”, explica.
De acordo com a nutricionista, os ingredientes acrescentados com frequência ao chocolate, como castanhas e especiarias, também precisam de atenção dos pais, pois podem causar alergia em algumas crianças. “Vale lembrar que, embora não haja um consenso sobre a quantidade máxima de chocolate permitida por dia, um ou dois quadradinhos já são suficientes para matar a vontade dos pais e das crianças”, pondera.
A costureira Karina Pasquini, 32 anos, conta que apesar de a filha Gabriela, oito anos, ser apaixonada por chocolate, procura controlar o consumo da guloseima. “Ela não come chocolate durante a semana, somente aos sábados e domingos e depois das refeições. Na lancheira da escola dela, eu sempre coloco frutas, pão e suco”, conta.
A nutricionista alerta ainda que o consumo de chocolate em excesso e a longo prazo pode causar danos à saúde. “Pode causar obesidade por ser um alimento rico em calorias e também pode acabar viciando, porque o chocolate possui substâncias que fazem o nosso cérebro querer sempre mais”, ensina.
Segundo a nutricionista, as versões diet também devem ser ingeridas com cautela. “O chocolate diet é recomendado apenas para as pessoas que têm restrição de açúcar, como as diabéticas. Muitas vezes, para deixar com um sabor agradável e cremosidade, as indústrias tiram o açúcar e acrescentam mais gordura. Então a pessoa acha que está comendo um alimento saudável e que não engorda, mas o efeito pode ser contrário”, esclarece.