Presidente chinês pede que jovens 'amem' partido comunista
"Uma pessoa se cobre de vergonha se não é patriota, se engana ou trai a pátria", disse Xi Jinping
O presidente chinês Xi Jinping pediu nesta terça-feira aos jovens que sejam fieis ao Partido Comunista, em um discurso patriótico para celebrar o centenário de uma manifestação estudantil que marcou a história do país.
Xi falou por uma hora no Palácio do Povo em homenagem ao "Movimento de 4 de maio" de 1919, quando estudantes de Pequim protestaram contra o imperialismo das potências ocidentais.
Este movimento é considerado a primeira manifestação de estudantes da história da China. Seu centenário coincide com outro aniversário sensível para o regime comunista: este 4 de junho será o 30º aniversário da repressão da praça da Paz Celestial (Tiananmen), que encerrou seis semanas de manifestações estudantis contra a corrupção e em favor da democracia.
"Uma pessoa se cobre de vergonha se não é patriota, se engana ou trai a pátria", disse Xi Jinping. "Não há lugar para esse tipo de gente", ressaltou a uma plateia de milhares de jovens, soldados, trabalhadores e membros do PCC.
"Na China de hoje, a essência do patriotismo consiste em combinar amor ao país com amor ao Partido e ao socialismo", insistiu Xi, que desde que chegou ao poder no final de 2012 reforçou o controle do PCC na sociedade chinesa.
"Na Nova Era, os jovens chineses escutam a palavra do Partido e marcham sobre esses passos", disse ele, referindo-se à "nova era do socialismo chinês".
O movimento de 4 de maio de 1919, no qual cerca de 3.000 estudantes da Universidade de Pequim marcharam par a praça Tiananmen, iniciado pela decisão das potências ocidentais de entregar para o Japão as concessões alemãs na China após a Segunda Guerra Mundial.
Este primeiro movimento estudantil é considerado pioneiro na história da modernização cultural e política da China.