Ato pró-Amazônia no Recife tem gritos de "Bolsonaro sai"

Manifestantes partiram da rua da Aurora, reunindo movimentos sociais em prol da causa ambiental

sab, 24/08/2019 - 19:42
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Mobilização reuniu movimentos sociais e sociedade civil Chico Peixoto/LeiaJáImagens

"Bolsonaro sai, Amazônia fica”. Entre um discurso e outro, essa era a frase mais repetida pelos manifestantes que se concentraram na rua da Aurora, a partir das 14h, com o intuito de reivindicar providências em relação às queimadas que se sucedem a dezessete dias na Floresta Amazônica. Representantes de partidos políticos como a Rede Sustentabilidade, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) uniram-se aos projetos Recife Sem Lixo, Manifesto Ambiental, Brasil21, ONG Animal Sem Fronteiras e movimentos como a “Marcha das Vadias”, que chegou à concentração ambientalista por volta das 17h30.

“Bolsonaro está cumprindo a promessa dele de que não iria deixar um centímetro de terras indígenas e nós estamos cumprindo a nossa de resistir. Democracia para mim é demarcar todas as terras indígenas, estamos aqui há 519 anos e não vai ser ele que vai nos derrubar”, afirmou o militante indígena Karkará Xucuru, que compareceu ao evento ao lado de outros membros do Coletivo Indígena Recife.

O militante do Psol Henrique Magalhães ressalta a importância da Amazônia a nível global. “Na regulação do clima, regimes de chuva, além da produtividade da própria floresta. Se a gente for expandir pra o conceito socioambiental tem os povos da floresta que dependem daqueles recursos. Nesse ato, a gente também luta pela soberania desses povos. Esse modelo de desenvolvimento do capitalismo e do agronegócio é incompatível com a floresta”, defende.

Dentre as pautas debatidas, o destaque foi a responsabilização do governo pelo que os militantes chamaram de “desmonte das políticas sócio-ambientais” e a cobrança da saída do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da pasta. Neste sábado (24), outros atos foram organizados, em cidades como Salvador e Brasília

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