Metrô de SP estuda operação com energia sustentável
Consórcios e empresas que vão participar da elaboração do projeto devem apresentar possibilidades em até 120 dias
O Metrô de São Paulo deve operar com energia renovável nos próximos anos. O anúncio para que empresas e consórcios estudem possibilidades da alimentação elétrica de trilhos e estações da rede metroviária foi feito no último domingo (9). De acordo com a autarquia estadual de transporte, as instituições devem entregar os relatórios regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em até 120 dias.
Segundo o Metrô, 14 grupos empresariais vão participar dos estudos para implantação e operação sustentável do sistema de trens. O potencial do novo modelo de fornecimento de energia deve produzir, no mínimo, 120 megawatts (MW) por mês. Para abastecer a malha férrea, pátios e os postos das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, a companhia vai usar cerca de 60 MW. O restante da geração poderá ser negociado e reduzir os impactos econômicos nos cofres da autarquia. De acordo com a empresa, o consumo de eletricidade é o segundo maior gasto da instituição.
Ainda segundo o Metrô, a melhor empresa poderá ser parte do futuro edital de licitação para a contratação do serviço. Serão considerados quesitos como melhor resultado econômico financeiro, menor impacto socioambiental e as mais satisfatórias técnicas de elaboração.
Sustentabilidade
Para contribuir com o consumo de energia limpa e renovável, o Metrô estuda disponibilizar cerca de 200 mil m² de espaço para coberturas de estações e pátios de manutenção para a instalação de células fotovoltaicas que geram energia solar.
Na elaboração dos projetos, a autarquia vai permitir que empresas e consórcios atuem em diferentes ambientes para estruturar a implantação dos recursos energéticos sustentáveis, como em terrenos remanescentes de obras de expansão da rede que pertencem à Companhia.