PE tem 2ª maior alta na produção industrial em outubro

Estado ficou atrás apenas do Paraná, que registrou uma alta de 3,4%

qua, 09/12/2020 - 12:05
EBC Pernambuco voltou a superar os índices pré-pandemia EBC

Após ter registrado queda em agosto e setembro, a produção industrial pernambucana voltou a se recuperar em outubro, com alta de 2,9%, a segunda maior entre as 15 localidades pesquisadas, atrás somente do Paraná (3,4%). Pernambuco teve desempenho acima da média brasileira, de 1,1%, e voltou a superar os índices pré-pandemia. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais seis locais tiveram índice positivo em outubro: Santa Catarina (2,8%), Região Nordeste (1,7%), Mato Grosso (1,1%), Ceará (0,5%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (0,4%).

Na comparação entre outubro de 2020 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco também tem o segundo melhor resultado nacional: 7,2%, superada apenas por Santa Catarina (7,6%). A média brasileira, por sua vez, foi de 0,3%, próxima à estabilidade. Ceará (6,1%), Amazonas (5,2%), Pará (4,9%), Paraná (4,8%), Rio Grande do Sul (2,6%), São Paulo (2,1%) e Minas Gerais (1,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção. Já Mato Grosso (-11,7%) e Goiás (-9,6%) apontaram os recuos mais intensos e Espírito Santo (-7,6%), Bahia (-6,5%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Região Nordeste (-0,2%) mostraram as demais taxas negativas no mês.

Foi no acumulado do ano que Pernambuco teve o melhor resultado entre todos os estados e regiões pesquisadas, com 2,4% de crescimento na produção. Mais três localidades tiveram índices positivos: Rio de Janeiro (1,4%), Goiás (0,7%) e Pará (0,1%). Taxas negativas foram registradas no Espírito Santo (-17,0%), Ceará (-9,8%), Rio Grande do Sul (-9,0%) e Amazonas (-8,9%). São Paulo (-8,2%), Santa Catarina (-7,8%) e Bahia (-6,9%), que tiveram númerossuperiores aos da média nacional (-6,3%). Paraná (-6,0%), Minas Gerais (-5,8%), Região Nordeste (-5,0%) e Mato Grosso (-4,6%) também apresentaram queda.

Enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi negativo tanto no Brasil (-5,6%) quanto em 12 dos 15 locais pesquisados), Pernambuco foi um dos três estados que tiveram índice positivo, de 1,7%, superado pelo Rio de Janeiro (2,5%), e à frente de Goiás (1%). Espírito Santo (de -19,4% para -18,3%), Santa Catarina (de -7,6% para -6,8%), Pará (de -0,8% para -0,1%), Ceará (de –8,2% para -7,6%), Pernambuco (de 1,1% para 1,7%) e Minas Gerais (de -7,1% para -6,7%) mostraram os principais ganhos entre setembro e outubro de 2020. Goiás (de 3,1% para 1,0%), Mato Grosso (de -3,2% para -4,6%), Rio de Janeiro (de 3,6% para 2,6%) e Bahia (de -5,7% para -6,2%) registraram as perdas mais acentuadas entre os dois períodos.

Indústria geral em Pernambuco

Em outubro de 2020, a produção industrial pernambucana viu a maior parte dos setores que tinham registrado redução na produção ao longo da pandemia apresentarem tendência de recuperação. Das 12 seções e atividades industriais cobertas pela PIM-PF no estado, apenas Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores teve queda no mês de outubro em comparação ao mesmo período no ano anterior, com -2,3%. O segmento também é responsável pelos piores índices no acumulado do ano (-72%) e no acumulado dos últimos 12 meses (-75,9%).

Em um cenário positivo da indústria em outubro de 2020 com relação a outubro de 2019, os destaques do mês são a Metalurgia, com a maior alta (26,1%), seguida pela Fabricação de produtos têxteis (19%) e pela Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, com avanço de 14,6%. A fabricação de Minerais não-metálicos e de Borracha e material plástico também tiveram altas que superaram os 10%.

Outro setor importante para a indústria do estado e que teve desempenho positivo é a Fabricação de produtos alimentícios. Embora a variação percentual registrada em outubro, de 4,3%, tenha sido uma das menos altas do mês, o segmento teve o melhor desempenho tanto no acumulado do ano (12,3%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (12,1%).

*Do IBGE.

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