Nelson Teich fala que problema do Brasil é o planejamento

O ex-ministro da Saúde avalia que o problema enfrentado no país não é quantidade de doses de vacina contra a Covid-19

por Jameson Ramos sex, 22/01/2021 - 19:51
Erasmo Salomão/MS Para ex-ministro, Brasil já planejou a compra de bastante vacina Erasmo Salomão/MS

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, falou na noite desta sexta-feira (22), por meio de sua conta no Instagram, que o problema do Brasil não é a quantidade de doses das vacinas que comprou, mas sim o planejamento e execução do *Ministério da Saúde.

Segundo afirma, o Brasil já tem 210 milhões de doses da vacina de Oxford e 100 milhões da CoronaVac planejadas. O ex-ministro revela que o país já tem em planejamento 450 milhões de doses juntando os contratos que fez para adquirir diversas vacinas que foram produzidas no mundo.

"Se a gente pegar todas as pessoas que vão ser vacinadas no Brasil, contando inclusive com 5% de perda, isso dá 255 milhões de doses. A gente tem doses sobrando, mesmo que seja só Oxford e CoronaVac, a gente já tem 310 milhões de doses", explica Nelson.

Para ele, diante da falta de planejamento do governo federal, seria necessário parar, rever e criar uma expectativa razoável do plano de imunização. O ex-ministro salienta que quando se promete e não entrega, isso sacrifica a credibilidade e de quantas pessoas vão confiar na capacidade. 

"Você não pode prometer imaginando que vai dar tudo certo porque não é assim que acontece. A grande pergunta hoje é como é que a gente consegue fazer essas vacinas acontecerem de verdade. Nesse espaço de tempo, a gente tem que parar o máximo que puder a transmissão (da doença)", avalia o ex-ministro.

Teich aponta que, quanto mais gente estiver contaminada pelo novo coronavírus, maior a chance de existir mutações da Covid-19 que podem ter impacto clínico. Ele acentua que neste momento que estamos caminhando para a solução da doença, evitar novos contágios é para evitar coisas que possam dificultar ainda mais o trabalho de eliminação do surto do vírus.

*Em nenhum momento ele cita diretamente o governo, mas como é sabido as dificuldades que o país está enfrentando, entendemos que seja opiniões sobre um ministério que ele, inclusive, já comandou.

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