Prefeitura planeja Belém como nova capital das bicicletas

Seguindo tendência nacional, prefeito Edmilson Rodrigues pretende implantar um sistema cicloviário mais amplo na cidade e Região Metropolitana

ter, 20/04/2021 - 16:26
Arquivo pessoal A estudante Layse Lamonte usa bicicleta para lazer e locomoção Arquivo pessoal

O isolamento social provocado pela pandemia de covid-19 contribuiu para um aumento na venda de bicicletas em todo o mundo. No Brasil, o crescimento chegou a 50%, segundo dados da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas).

Com o aumento do preço dos combustíveis, as bikes passaram a ser um meio alternativo de transporte que possibilitou também a prática de exercício físico durante as restrições socias. A estudante de Direito Layse Lamonte, de 23 anos, passou a usar a bicicleta para se locomover na cidade. “Comecei a usar com frequência no final de 2020. Uso para meio de transporte sempre que posso e a passeio”, conta.

Devido à alta na demanda, as indústrias asiáticas tiveram dificuldade em atender seu mercado interno e o mercado externo. O atraso na produção foi causado pelos meses em que ficaram fechadas em 2020, o que fez com que os preços dos componentes das bicicletas subissem consideravelmente.

Em Belém, para evitar aglomerações, muitas pessoas substituíram o transporte público pelas bikes. Durante a campanha à prefeitura, o então candidato e hoje prefeito Edmilson Rodrigues prometeu dedicar recursos para transformar a cidade na capital nacional das bicicletas.

“Vamos fazer de Belém a capital nacional das bicicletas no meio da Amazônia. Temos que aproveitar a potencialidade de demanda e o relevo urbano predominantemente plano, tudo muito propício para implantar um sistema cicloviário eficiente e integrado aos outros modais de transporte”, disse Edmilson Rodrigues nas redes sociais.

Com 109,8 quilômetros de ciclovias, a capital paraense foi a primeira cidade no Norte do país a ter uma rede viária compartilhada. O prefeito defende que a política de mobilidade deve conectar a capital e a Região Metropolitana, agregando o Plano de Mobilidade de Belém (PlanMob) a essas regiões.

Por Ana Vitória da Gama e Isadora Simas.

 

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