G7 ameaça Rússia com novas sanções
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que o grupo 'nunca esteve tão alinhado em todo o mundo para defender e preservar a liberdade e soberania da Ucrânia e todos os seus Estados'
![(Arquivo) Reunião por videoconferência entre líderes do G7 em 24 de fevereiro de 2022 Handout](http://www.leiaja.com/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/noticias/2022/02/6cd956e0665222a15a70fb15134506a4e0a7f800.jpg?itok=l6vvwrv6)
Os países do G7 anunciaram neste domingo (27) que estão prontos para adotar novas sanções contra a Rússia, após as medidas "devastadoras" comunicadas na quinta-feira, se Moscou não encerrar sua ofensiva contra a Ucrânia.
Durante uma reunião por videoconferência das potências ocidentais do G7 (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos), os chefes da diplomacia exigiram que a Rússia ponha "fim imediatamente aos ataques contra a Ucrânia, sua população civil e suas infraestruturas civis, e retire rapidamente suas tropas", segundo um comunicado divulgado pela presidência rotativa do G7, que está com a Alemanha.
Os sete países alertaram Moscou que não reconhecerão nenhuma "mudança de status" na Ucrânia pela força, como seria o caso, por exemplo, de anexações territoriais.
Em declaração posterior, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que o grupo "nunca esteve tão alinhado em todo o mundo para defender e preservar a liberdade e soberania da Ucrânia e todos os seus Estados".
A Rússia anexou a península da Crimeia em 2014 e acaba de reconhecer a independência das duas autoproclamadas repúblicas de Donbass (leste da Ucrânia), controladas por forças separatistas pró-russas.
Os países ocidentais já endureceram suas sanções financeiras no sábado, ao excluir vários bancos russos da plataforma global de pagamentos interbancários Swift, o que poderia complicar as transações russas.
Também tomaram medidas para impedir que o banco central russo possa respaldar o rublo, a moeda russa, limitando seu acesso aos mercados internacionais de capitais.
O Japão anunciou neste domingo que também removeria certos bancos russos da plataforma Swift, ofereceu milhões de dólares em ajuda humanitária e irá congelar bens de Putin e outras autoridades russas. Segundo Blinken, as medidas japonesas mostram a "união e determinação" do G7 a "impor custos maciços à Rússia e conter sua capacidade de travar uma guerra" contra a Ucrânia.
O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, participou desta reunião com seus colegas do G7, de acordo com o comunicado. Os Estados do G7 também concordaram em fornecer ajuda humanitária à Ucrânia.
Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU discutirá nesta segunda-feira a situação humanitária naquele país.