RMR: Zelador pedia abraço para abusar de alunos em escola

As vítima foram crianças, entre nove e 10 anos, de uma escola em Jaboatão dos Guararapes, apontou a polícia

ter, 24/05/2022 - 13:31
Divulgação/PCPE Delegada Inalva Regina, delegada Morgana Alves e a delegada Vilaneida Aguiar Divulgação/PCPE

O zelador de uma escola em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, Polícia Civil, pedia abraços aos alunos para cometer atos libidinosos, apontou a Polícia Civil. Indiciado por abuso sexual e tentativa contra três crianças, ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, também na RMR.

A delegada Vilaneida Aguiar, titular da 2º Delegacia de Polícia de Crimes contra a Criança e Adolescente e Atos infracionais (DPCCAI), informou que o homem, de 55 anos, foi denunciado por familiares de duas crianças, de nove anos, e por outra, de 10.

"Os abusos aconteceram no período da manhã, durante as aulas das crianças [...] aquelas vítimas o ajudavam a coletar um papel, a pedir que os alunos não sujassem. Então, ele se aproveitou da confiança que as crianças e toda a escola tinha nele", observou a delegada.

Uma das vítimas relatou que estava na sala de aula quando foi chamada pelo zelador através das janelas de vidro. "Quando ela saiu, ele estava em uma das salas da escola e falou 'olha, você sujou seu sapato', e nisso quando ela levantou os pés, ele pediu um abraço", relatou.

O costume de abraçar e cumprimentar os alunos era a prática adotada pelo zelador para conquistar a intimidade, verificou a investigação. Em depoimento, ele negou a má intenção na forma como se relacionava com as crianças. "Ele dizia que era costume pedir abraços inocentes às crianças", comentou Vilaneida. "A todas as vítimas ele pedia abraço e nesses abraços ele praticava os atos libidinosos", completou.

Sem antecedentes criminais, o homem foi autuado por abuso consumado contra um dos alunos e tentativa contra os outros dois. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, e, caso condenado, poderá receber a pena de até 15 anos de reclusão.

A delegada reforçou que os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos e orientá-los como forma de medida preventiva. As delegacias da Criança e do Adolescente e da Mulher recebem esse tipo de denúncia. Os contatos 180 e 181 também estão disponíveis para prestar queixa.

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