EUA enviarão à Ucrânia mísseis e armas antitanque

Também serão enviados quatro helicópteros Mi-17, em um novo pacote de armamento de 700 milhões de dólares, informou nesta quarta-feira (1º) o Pentágono

qua, 01/06/2022 - 20:26
Fayez Nureldine Na imagem, o sistema americano avançado de mísseis M142 Himars, que os EUA planejam enviar à Ucrânia Fayez Nureldine

Os Estados Unidos enviarão à Ucrânia quatro sistemas de mísseis avançados Himars, além de 1.000 armas antitanque Javelin e quatro helicópteros Mi-17, em um novo pacote de armamento de 700 milhões de dólares, informou nesta quarta-feira (1º) o Pentágono.

O subsecretário de Defesa dos EUA, Colin Kahl, disse que as forças ucranianas precisam de cerca de três semanas para o treinamento com o sistema Himars, uma unidade móvel de lançamento de mísseis guiados que podem dar à Ucrânia mais precisão na batalha de artilharia na região de Donbass.

O Himars tem capacidade para carregar seis mísseis por vez e um alcance médio de 70 km, o dobro dos obuses M777 recentemente entregues à Ucrânia.

Esses sistemas podem ser muito úteis ao exército ucraniano para selecionar e atacar alvos russos de alto valor, explicou Kahl.

Com a nova ajuda militar, as forças ucranianas também receberão cinco radares anti-artilharia, dois radares de vigilância aérea, 50 unidades de comando de lançamento para os Javelins, 6.000 armas anti-blindagem, 15.000 cartuchos de artilharia e 15 veículos táticos.

A assistência americana à Ucrânia com armamento e segurança desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro chega agora a 4,6 bilhões de dólares.

“Nosso apoio e da comunidade internacional à Ucrânia permanece inabalável”, garantiu Kahl.

O subsecretário acrescentou que os sistemas Himars, que Kiev vinha pedindo há semanas, já estavam posicionados na Europa para treinamento e entrega.

Kahl também confirmou que o presidente Volodymyr Zelensky havia dado garantias a Washington de que os Himars não seriam usados para atacar o território russo, em resposta às preocupações dos EUA de que isso poderia incitar Moscou a expandir a guerra para fora da Ucrânia.

“O presidente Biden foi claro, não temos intenção de entrar em conflito direto com a Rússia”, declarou Kahl.

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