G7 vai reforçar pressão econômica contra a Rússia

"Ainda estamos nas discussões finais com nossos colegas do G7 para concluir este tema", disse um fonte do governo americano à margem da reunião de cúpula

seg, 27/06/2022 - 07:52
Sergei SUPINSKY A reunião do G7 acontece um dia após o primeiro bombardeio russo contra Kiev em três semanas Sergei SUPINSKY

Os países do G7, reunidos na Alemanha para um encontro de cúpula, pretendem reforçar a pressão econômica contra a Rússia, em particular a partir de um "mecanismo para impor um teto a nível mundial ao preço do petróleo russo", disse uma fonte da Casa Branca nesta segunda-feira (27).

"Ainda estamos nas discussões finais com nossos colegas do G7 para concluir este tema", disse a fonte do governo americano à margem da reunião de cúpula, no sul da Alemanha, das sete potências mais ricas do planeta.

"Estamos muito perto de que os líderes do G7 decidam dar uma instrução urgente a seus ministros para impor um teto aos preços do petróleo russo", explicou.

Este mecanismo, que ainda não está detalhado, pode passar pelos "serviços" que a exportação implica, indicou a fonte, que pediu anonimato.

O conceito diz respeito ao transporte por navios e aos contratos de seguro sobre as cargas de petróleo.

A estratégia pretende frear a receita do governo do presidente russo Vladimir Putin e, ao mesmo tempo, amortecer o impacto da guerra na Ucrânia nos preços da gasolina, que registram forte alta em todo o mundo.

O grupo de países mais ricos do mundo vai "continuar restringindo o acesso da Rússia a recursos industriais cruciais", em particular no setor de defesa, de acordo com a mesma fonte, que explicou que a estratégia também pretende atingir "de forma agressiva" as grandes empresas públicas russas.

Isso significa que as empresas não poderão importar mais produtos dos Estados Unidos, especificamente componentes eletrônicos.

O G7 também quer estabelecer uma "coordenação para utilizar as tarifas de importação sobre os produtos russos para ajudar a Ucrânia", começando com tarifas mais elevadas, afirmou a fonte.

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