MEC gera política nacional de combate à violência escolar

O primeiro passo é a publicação, nos próximos dias, de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

qui, 06/04/2023 - 18:10
Divulgação / Instagram @cbmscoficial Divulgação / Instagram @cbmscoficial

O Ministério da Educação prepara uma política nacional de combate à violência nas escolas, com a participação de especialistas e agentes de forças de segurança. O primeiro passo é a publicação, nos próximos dias, de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação de um grupo interministerial de trabalho para traçar protocolos, capazes de evitar casos recentes de violência escolar. 

O MEC foi cobrado na semana passada, após o ataque ocorrido em São Paulo, que terminou com uma professora morta, a desenvolver um plano para estabelecer procedimentos unificados para combater a violência nas escolas. Diante de mais um episódio com vítimas mortas, o ministério escalou a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão da pasta para tocar o assunto, a professora Zara Figueiredo.

Já o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Cara, disse em entrevista que o Brasil “não tem protocolos” para responder a episódios de violência e cobrou a participação das forças de segurança no monitoramento de grupos online no qual os autores dos crimes combinam e se vangloriam dos ataques.  

Para o pesquisador, a violência nas escolas brasileiras é “endêmica” (ou seja, uma referência a qualquer doença infecciosa que afeta significamente uma certa região) e o episódio ocorrido na última quarta-feira (5) é resultado de um gatilho provocado pelo último atentado com vítimas registrado há dez dias, em São Paulo. Cara também lembrou de um outro episódio trágico, celebrado por comunidades online e que está perto de completar 24 anos: o massacre de Columbine, nos EUA, quando 13 pessoas foram assassinadas dentro de uma escola. 

 

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