Grito dos Excluídos reúne dezenas de pessoas no Recife

A manifestação acontece há 18 anos no Dia da Independência

sex, 07/09/2012 - 13:24
Aracely Nóbrega/ LeiaJáImagens Aracely Nóbrega/ LeiaJáImagens

O Grito dos Excluídos e das Excluídas que percorreu a Avenida Conde da Boa Vista, na capital pernambucana, na manhã desta sexta-feira (07), reuniu diversos movimentos sociais, membros da Igreja Católica e alguns candidatos à Prefeitura do Recife.

O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido ressaltou a importância do movimento em seu décimo oitavo ano. "As pastorais sociais estão aqui se mobilizando e se organizando para dizer que estamos unindo todos aqueles que sofrem e têm algo a reclamar. Que pela força da unidade consigamos transformar a sociedade", disse o Dom Fernando.

Valmir Assis, coordenador do Fórum Dom Hélder Câmara, acredita que o governo estadual e federal criminalizam este tipo de movimento. "O estado se apropria de meios para dizer a sociedade que as lutas e greves são criminosas. Estamos aqui dizendo que há dezoito anos ainda não somos independentes", frisou Valmir. Assis afirmou ainda que Recife vive uma série de conflitos sociais e os candidatos querem passar a imagem de pacíficos. "A gente vê partidos que rasgaram a bandeira e deram as mãos a projetos que não condizem com vários projetos populares".

O petista Humberto Costa esteve no local acompanhado do seu vice João Paulo (PT), cumprimentou eleitores, depois seguiu para outras atividades de campanha. Jair Pedro (PSTU), também esteve na mobilização e acompanhou a caminhada com sua militância.

O diretor do Movimento dos Sem Terra (MST), Jaime Amorim comentou sobre o Grito acontecer no dia em que é comemorada a Independência do Brasil. "Nós viemos construindo um país de desenvolvimento. Essa é uma contestação das comemorações oficiais, só o brasileiro pode construir um país soberado".

Movimentos como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Bicicletada Brasil, Pastoral da Juventude e Pastoral do Idoso, simpatizantes do movimento também prestigiaram o evento. A coordenadora do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Silvia Dantas falou sobre a participação das mulheres no movimento. "Estamos aqui para reivindicar direitos iguais. Enquanto uma mulher morrer vítima de violência, miséria ou fome, estaremos lutando".

De acordo com o Tenente Zovka da Polícia Militar, a estimativa de público é de mil e duzentas pessoas.

 

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