Prefeito de Jaboatão defende a importação de médicos

O tucano comenta que teve experiência com médicos cubanos quando geriu o município do Cabo

ter, 28/05/2013 - 14:55
Chico Peixoto / LeiaJáImagens / Arquivo Além de defender a vinda de médicos estrangeiros, o tucano criticou o Ministério de Educação Chico Peixoto / LeiaJáImagens / Arquivo

Depois do senador Humberto Costa (PT) defender semana passada a atuação de médicos estrangeiros no Brasil, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), também se pronunciou afirmando ser a favor da importação dos profissionais da saúde. Ele contou que, no final da década de 90, quando foi prefeito do Cabo de Santo Agostinho, teve uma experiência positiva na cidade com médicos cubanos.

Gomes apoia a proposta do Governo Federal de importar médicos de Cuba, Portugal e Espanha como forma de suprir a carência nas cidades interioranas e relembra quando os médicos estiveram no Cabo, durante sua gestão. “Eles foram muito importantes, pois tínhamos muitas dificuldades na contratação de profissionais para os bairros periféricos, o que nos faz apoiar a iniciativa do Ministro da Saúde em cogitar trazer profissionais médicos de outros países”, justifica.

O tucano explica que os cubanos haviam desenvolvido um avançado modelo de atenção básica à saúde que recebera o reconhecimento de diversos organismos internacionais. Os profissionais eram contratados através da Embaixada de Cuba no Brasil e chegaram ao Cabo entre 1977 e 1978. “Pelo bom trabalho desenvolvido, muitos deles ainda atuam em cidades do interior, servindo ao povo pernambucano”, ressaltou.

“A importação dos médicos cessará no momento em que a oferta de médicos brasileiros atender a nossa demanda”, defende o gestor, destacando que a iniciativa é também uma maneira de se combater a reserva de mercado.

Crítica o Ministério da Educação - Além de defender a vinda de médicos estrangeiros, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, criticou a decisão do Ministério da Educação de suspender o licenciamento de novos cursos de medicina. “Ora, se o Governo Federal reconhece a necessidade de profissionais e se mobiliza para importar médicos, porque não autorizar novos cursos em entidades que comprovadamente estão capacitadas para o ensino?”, indaga, informando que a Faculdade dos Guararapes, em Jaboatão, está pronta para por em funcionamento o curso de medicina.

O gestor pede agilidade na tramitação de Projeto de Lei do deputado André Moura (PSC-SE) que cria piso nacional para os médicos. Pelo texto original, o valor mensal a ser pago aos médicos para uma jornada de 20 horas será R$ 9 mil. Entende o parlamentar sergipano que a União tem a responsabilidade de amparar os municípios, uma vez que, segundo ele, cerca de 80% dos municípios brasileiros vivem dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

*Com informações da assessoria

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