Governadores em prol do pacto federativo, menos petista

Gestores estiveram reunidos na tarde desta terça (13) para debater sobre o progresso no Nordeste

ter, 13/08/2013 - 20:20
Chico Peixoto​/LeiaJáIma​gens Três dos quatro governantes presentes no evento defenderam um novo método de distribuição de recursos para a região Chico Peixoto​/LeiaJáIma​gens

Em encontro com alguns governadores do Nordeste, na tarde desta terça-feira (13), o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos enalteceu, mais uma vez, a importância de um novo pacto federativo para resolver os problemas da região. Seu discurso foi acompanhado pelos governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM).

“A questão federativa é um desafio. É preciso dialogar como capacidade de gestão municipal e estadual. Dialogar com o pacto federativo. (...) Temos que rever o pacto federativo. Não adianta ficar chorando o leite derramado. Devemos destacar a questão federativa como algo importante”, afirmou Eduardo Campos, durante o evento Exame Nordeste.

“Além da questão federativa é preciso que se garanta um olhar e um recorte regional. (...) Quando a gente vê as concessões e investimentos. Concessão na realidade de uma renda média, não se aplica a todas as realidades, como também no Nordeste. É preciso não depender do governante do dia, e sim do sistema, ganhar institucionalidade, ganhar política de estado e não de governo”, completou.

Para o governador Ricardo Coutinho, o atual pacto federativo é excludente. “Nós (o Nordeste) temos características fundamentais. Precisamos reformar esse pacto que é bastante injusto. Não podemos ter 75% da receita acumulada na união. Não podemos ter uma política que passa por outros caminhos que não passe direto pelos estados e municípios”,  ressaltou o governador Ricardo Coutinho.

Também presente no evento, o governado da Bahia, Jaques Wagner (PT), preferiu reverenciar a importância do Governo Federal na distribuição dos recursos aos estados da região. “A política regional deve ser feita pelo Governo central e não somente pelos governos locais. Eles (estados do Nordeste) são muito frágeis. Por conta disso devemos cobrar do Governo central as medidas necessárias para ajudar no desenvolvimento do Nordeste”, opinou o petista.

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