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A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus para liberar o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) do recolhimento nos finais de semana e feriados. Investigado na Operação Calvário, Coutinho já foi beneficiado com a suspensão do recolhimento noturno durante as eleições, quando alegou a necessidade de participar dos debates da campanha eleitoral à Prefeitura de João Pessoa.

Agora, por unanimidade, os ministros também liberaram o ex-governador nos finais de semana e feriado. Segundo a ministra Laurita Vaz, relatora do habeas corpus, não seria proporcional manter a proibição uma vez que o recolhimento noturno já foi suspenso.

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"Se não tem necessidade de recolhimento noturno, eu acho que também não se mostra razoável colocar o embargante durante finais de semana e feriados em restrição", afirmou. Os demais ministros da Sexta Turma acompanharam Laurita em decisão unânime.

Coutinho foi preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário e solto dias depois. Em março, o ex-governador foi denunciado por integrar um suposto esquema de desvios que teria rendido R$ 200 mil em propinas a um auditor do Tribunal de Contas do Estado para abrandar fiscalizações e multas em auditorias sobre contratos do Estado.

Uma segunda denúncia acusou o ex-governador de solicitar e receber suposta propina de R$ 900 mil do empresário Daniel Gomes da Silva, ligado à Cruz Vermelha Brasileira (CVB-RS), que administrava o Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena, em João Pessoa. O dinheiro teria sido entregue dentro de uma caixa de vinho a um ex-assessor no Rio de Janeiro, em 2018. Ele nega as acusações.

Coutinho foi candidato à Prefeitura de João Pessoa e ficou em sexto lugar com 10,68% dos votos. Devido às medidas cautelares impostas pela Calvário, ele não participou do primeiro debate entre candidatos e recorreu à Justiça para suspender o recolhimento noturno.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta terça-feira, 10, a inelegibilidade do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) por oito anos, contados a partir das eleições de 2014. O colegiado determinou a execução imediata da decisão, independentemente da publicação do acórdão. Coutinho é candidato à Prefeitura de João Pessoa, mas a defesa do político defende que a condenação não atinge seu status nas eleições 2020.

A decisão sobre a inelegibilidade do político foi dada no âmbito da análise conjunta de três processos que apontavam situações de conduta vedada e abuso do poder político e econômico, entre elas a concessão irregular de microcrédito, a distribuição de kits escolares e a contratação e exoneração de servidores e prestadores de serviços no trimestre anterior ao pleito de 2014. As informações foram divulgadas pelo TSE.

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No âmbito criminal, o ex-governador já foi denunciado cinco vezes na Operação Calvário, que investiga desvios de mais de R$ 134 milhões nos recursos da saúde e da educação da Paraíba. Na sessão o TSE desta terça, o julgamento do caso foi retomado com o voto-vista do ministro Luis Felipe Salomão, que acompanhou quase que integralmente o entendimento do relator original dos processos, Og Fernandes.

Salomão detalhou todas as acusações contra o ex-governador, considerando incontestáveis as provas de abuso do poder político mediante uso da máquina administrativa em diversas frentes, com o objetivo de garantir a reeleição do então governador.

A única divergência de Salomão com relação ao voto do relator envolveu a distribuição de kits escolares durante o período vedado. Para Og Fernandes, o episódio não foi de extrema gravidade. Já para o ministro Luis Felipe Salomão, o fato constituiu grave abuso de finalidade.

Com relação à ex-vice-governadora Lígia Feliciano, o colegiado a isentou de responsabilidade, apenas aplicando multa. O Plenário ainda manteve as multas impostas pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PA) ao ex-governador Ricardo Coutinho.

Defesa

"A decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira não afeta candidatura de Ricardo Coutinho à prefeitura de João Pessoa nas eleições do próximo domingo, dia 15 de novembro. O registro de candidatura foi deferido pela justiça eleitoral, tendo a decisão judicial transitado em julgado no dia 27/10/2020, ou seja, essa decisão não pode mais ser cassada ou modificada. De modo que ele permanece, para todos os efeitos legais, firme como candidato a prefeito de João Pessoa", diz nota de defesa assinada pelos advogados Igor Suassuna, Victor Barreto e Leonardo Ruffo.

Acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público da saúde quando era governador da Paraíba e proibido de sair de casa à noite, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) não participou do primeiro debate entre candidatos a prefeito de João Pessoa. O encontro, que ocorreu na quinta (17), foi promovido pela TV Arapuan, afiliada RedeTV!.

Coutinho foi preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário. Ele nega as acusações, mas, desde então, o ex-governador cumpre recolhimento domiciliar a partir das 20h, o que lhe impede de participar de eventos de campanha realizados à noite. A estratégia do ex-governador tem sido promover lives durante os debates.

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O advogado de Ricardo Coutinho, Eduardo Cavalcanti, afirmou que a defesa do ex-governador entrará com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de relaxar as medidas cautelares, principalmente a que trata sobre o recolhimento domiciliar noturno, para que o político possa participar de eventos noturnos durante o período eleitoral.

Coutinho já conseguiu na Justiça o direito de não usar mais tornozeleira eletrônica durante a pandemia. O argumento do ex-governador foi de que a manutenção periódica precisaria ser feita em uma unidade do sistema prisional.

O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho se tornou réu na Operação Calvário por solicitar e receber propina de R$ 900 mil do empresário Daniel Gomes da Silva, ligado à Cruz Vermelha Brasileira (CVB-RS), que administrava o Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena, em João Pessoa. O dinheiro teria sido entregue dentro de uma caixa de vinho a um ex-assessor no Rio de Janeiro, em 2018.

O episódio levou à denúncia contra o ex-assessor Leandro Azevedo e a ex-procuradora-geral da Paraíba Livânia Freitas em março do ano passado - ambos se tornaram colaboradores da Calvário. Após a operação atingir Coutinho no final do ano passado, uma nova denúncia foi apresentada contra o ex-governador em maio deste ano sobre o mesmo caso. Ela foi aceita no dia 29 de junho pela juíza Michelini de Oliveira Dantas Jatobá e tornada pública nesta terça, 21, após ser juntada ao processo. A magistrada abriu prazo de dez dias para o ex-governador se manifestar no caso.

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Propina na caixa de vinho

Coutinho é investigado pelo Ministério Público da Paraíba por desvios de R$ 134 milhões na área da saúde durante o seu mandato (2011-2018). Em dezembro do ano passado, o ex-governador foi preso preventivamente na sétima fase da Calvário, mas posto em liberdade menos de 24 horas depois por ordem do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça.

A Promotoria acusa Coutinho de ser o 'autor intelectual' e 'destinatário final' das propinas pagas por Daniel Gomes da Silva, por intermédio do ex-assessor Leandro Azevedo, que viajou ao Rio de Janeiro para receber a propina por ordem da ex-procuradora Livânia Freitas.

Imagens da câmera de segurança do hotel em Copacabana, onde Leandro se hospedou, capturaram o momento em que uma emissária de Daniel Gomes entrega uma caixa de vinho. Dentro, estavam R$ 840 mil em propinas pagas pelo empresário.

"Em que pese o increpado Ricardo Coutinho não ter praticado diretamente atos de execução de grande parte dos crimes contra a Administração Pública (dentre outros) cometidos pela ORCRIM, vislumbra-se perfeitamente que ele foi o autor intelectual de todos eles", afirmou o Ministério Público. "Isso não apenas porque ele era o líder do comando coletivo da empresa criminosa e o destinatário final dos valores desviados, mas sobretudo porque detinha o domínio funcional dos fatos, sendo as suas atitudes prévias e os planos criminosos por ele elaborados".

A Promotoria apresentou à Justiça registros de imagens, depoimentos de delatores e a lista de transferências que envolvem a propina de R$ 900 mil. Os pagamentos tinham como objetivo manter a influência de Daniel Gomes da Silva sobre os contratos de gestão hospitalar celebrados entre o governo Coutinho e a CVB-RS e foram usados para pagar fornecedores de campanha do ex-governador, segundo o Ministério Público.

COM A PALAVRA, O EX-GOVERNADOR RICARDO COUTINHO

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com a defesa do ex-governador Ricardo Coutinho. O espaço está aberto a manifestações.

O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho foi denunciado pela quinta vez no âmbito da Operação Calvário - investigação sobre desvios de mais de R$ 134 milhões nos recursos da saúde e da educação da Paraíba. A peça apresentada pelo Ministério Público da Paraíba nesta quinta, 4, imputa ao e ele crimes de corrupção peculato e de fraude em licitação em um esquema que desviou mais de R$ 20 milhões entre 2011 e 2019 no âmbito de contratação da Cruz Vermelha para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.

A denúncia atinge também o operador da Cruz Vermelha e delator Daniel Gomes da Silva, a ex-secretária de administração Livânia Maria da Silva Farias, o ex-secretário de saúde Waldson Dias de Souza, o ex-procurador-geral do Estado Gilberto Carneiro da Gama, o ex-consultor Jurídico Jovino Machado da Nóbrega Neto, o representante da Cruz Vermelha Otto Hinrichsen Júnior, a ex-secretaria da fazenda Aracilba Rocha, ex-diretor administrativo da CVB Sidney da Silva Schmid, o ex-superintendente do HETSHL Edmon Gomes da Silva Filho, o ex-representante da Cruz Vermelha na Paraíba Saulo de Avelar Esteves, o ex-senador Ney Suassuna e seu filho Fabrício.

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Segundo os promotores do Ministério Público da Paraíba, que assinam a acusação, a contratação deu início a um 'inédito modelo de gestão pública no Estado da Paraíba' que 'somente foi concretizado após prévio pagamento de propina e fraude ao processo de licitação que marcaria o início de um modelo de governança regado à corrupção, tingido pelo desvio de recursos públicos em prol de agentes políticos degenerados de valores probos'.

A denúncia aponta ainda que o cálculo de R$ 20 milhões em desvios engloba, apenas, os valores repassados a agentes públicos a título de propina. "O dano material ao Estado da Paraíba ultrapassa o quantum de 50 milhões, conforme reconhecido pela própria Fazenda Pública, nos autos da ação de ressarcimento movida em desfavor da CVB e de gestores da OS", registra o documento.

De acordo com a peça do MPPB, ainda durante a campanha de Ricardo Coutinho ao governo do Estado, o então candidato conversou com Daniel Gomes da Silva sobre a possibilidade de trabalharem juntos caso o primeiro fosse eleito e 'criou uma condicionante, na medida em que disse que precisava levantar recursos para a campanha ao Governo do Estado'.

A denúncia indica que Daniel teria pago R$ 500 mil em benefício da campanha de Coutinho. Uma primeira parcela, de R$ 200 mil teria sido paga no mesmo dia em que o então candidato conversou com o empresário. Já os R$ 300 mil restantes teriam sido camuflados sob a forma de doação oficial em prol do PSB por solicitação feita por Coutinho pouco tempo depois de ser eleito.

O ex-senador Ney Suassuna foi quem apresentou Daniel a Coutinho, diz o documento. "Perspicaz, Ney Suassuna, ao tentar promover a interlocução entre Daniel Gomes e Ricardo Coutinho, já agia com a intenção de obter vantagem ilícita, diante da perspectiva de sucesso do escuso modelo de gestão que o colaborador se propunha a realizar no Estado da Paraíba. Fato que acabou se consolidando meses após, visto que, tão logo Daniel passou a operar neste Estado, Ney exigiu e recebeu propina no valor de R$ 40 mil, mensais, além de aluguéis de imóveis, em atos de corrupção que contaram com a participação de seu filho, Fabrício Suassuna", indicam os promotores.

COM A PALAVRA, OS DENUNCIADOS

Até a publicação desta matéria, a reportagem ainda não havia recebido respostas dos citados sobre a peça do Ministério Público da Paraíba. O espaço permanece aberto para manifestações.

Em delação premiada, a ex-procuradora-geral do Estado da Paraíba, Livânia Farias, afirmou que o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) recebeu R$ 2 milhões de propina em troca do apoio eleitoral à campanha que reelegeu o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2014.

Coutinho chegou a ser preso em 20 de dezembro na Operação Calvário, que mira desvios de até R$ 134,2 milhões da Saúde em sua gestão. Por ordem do ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-chefe do Executivo foi solto no dia seguinte.

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Na delação, Livânia disse ter ouvido de um ex-secretário que houve um acordo para que Efraim Filho apoiasse a chapa de Coutinho. Segundo ela, metade do dinheiro teria sido paga no dia em que o acordo com Efraim foi fechado, ainda em 2014. O deputado afirmou que a delação não foi acompanha por provas. "Faz referência a um mandato já encerrado, cujas contas da eleição 2014 foram analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral". Ele disse ter deixado à disposição da Justiça seus dados fiscais, bancários e telefônicos.

Em nota, Coutinho afirmou que a acusação é "genérica". "Com a maior serenidade digo ao povo paraibano que contribuirei com a Justiça para provar minha total inocência". Segundo o ex-governador, "jamais seria possível um Estado ser governado por uma associação criminosa e ter vivenciado os investimentos e avanços nas obras e políticas sociais nunca antes registrados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria federal entrou com agravo regimental no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender com urgência o habeas corpus que livrou da prisão preventiva o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB). Ele teve a prisão decretada na terça-feira, 17, na Operação Calvário, mas estava de férias na Europa, e foi preso na noite de quinta ao chegar no Aeroporto de Natal. Dois dias depois, o ministro do STJ, Napoleão Maia, concedeu liminar em habeas corpus para soltar o ex-governador.

Nas manifestações, assinadas pelo vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jacques de Medeiros e protocoladas na noite desta segunda-feira, 23, e manhã desta terça-feira, 24, a Procuradoria-Geral da República requereu o restabelecimento das prisões preventivas do ex-governador e de outros quatro investigados.

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As duas petições apontam falhas na decisão tomada pelo ministro Napoleão Nunes Maia, que beneficiaram quatro das 17 pessoas que tiveram as prisões decretadas pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Distribuídos a outros ministros, habeas corpus dos outros sete investigados, incluindo o irmão do ex-governador Coriolano Coutinho, foram negados pela Corte.

Medeiros lembra que a relatora dos casos, a ministra Laurita Vaz, negou pedidos de liberdade, apresentados logo após o cumprimento dos mandados de prisão, na sétima fase da operação. "Esses pedidos extremos receberam o mesmo tratamento que o Superior Tribunal de Justiça vinha dando a toda a operação, reafirmando-se a higidez do decreto de prisão preventiva."

Para o vice-procurador, a decisão é "destoante" e representa uma "quebra da unidade da jurisdição". "Somada à natural busca pelos advogados de liberdade a seus clientes, produziu um tumulto na ordem natural dos processos que desestabilizou a qualidade da prestação jurisdicional, quebrou a coerência ínsita ao exercício da jurisdição, e subordinou o respeito às decisões já tomadas a compreensões pessoais de não integrantes da formação da jurisprudência penal nomofilácica do Superior Tribunal de Justiça."

No agravo, é destacado o fato de a defesa dos investigados na mesma operação que tiveram suas ordens liminares indeferidas já terem solicitado ao ministro Napoleão Nunes a extensão de sua decisão.

Medeiros sustenta. "A falibidade judicial e a pluralidade de compreensão dos juízes são louváveis atributos humanos, mas é imperioso que as Instituições possuam mecanismos para redução da sua exposição (ou degradação) pública por excessos de traços pessoalíssimos no exercício impessoal da jurisdição."

O Ministro Napoleão Nunes Maia Filho concedeu habeas corpus na tarde deste sábado, 21, durante o Plantão Judiciário, e determinou a soltura imediata ao ex-governador do Paraíba Ricardo Coutinho. O político foi preso na noite desta quinta, 19, no âmbito da sétima fase da Operação Calvário, denominada Juízo Final, desencadeada nesta terça, 17, para apurar desvios de R$ 134,2 milhões em verbas da saúde e da educação do Estado.

A decisão contraria o parecer da Procuradoria-Geral da República protocolado neste sábado, 21, defendendo a manutenção da prisão preventiva do ex-governador. No texto, o vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jaques de Medeiros alegava que Coutinho ainda continuaria liderando o grupo investigado na Juízo Final, mantendo a ‘estrutura delitiva no atual governo’, e destacava que a liderança política do ex-governador é ‘fortíssima’.

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A decisão atinge ainda outros três presos na operação, Francisco Chagas Ferreira, Claudia Veras e David Clemente Correia.

A Procuradoria-Geral da República enviou manifestação ao Superior Tribunal de Justiça neste sábado, 21, defendendo a manutenção da prisão preventiva do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho. No documento, o vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jaques de Medeiros alega que Coutinho ainda continuaria liderando o grupo que supostamente desviou R$ 134,2 milhões em recursos da saúde e da educação da Paraíba, mantendo a ‘estrutura delitiva no atual governo’, e destaca que a liderança política do ex-governador é ‘fortíssima’.

"Estamos diante, portanto, de uma flagrante situação de gravíssimos crimes praticados por uma organização criminosa, a qual, sem nenhuma dúvida, o paciente lidera. Temos o Estado capturado e refém de organização criminosa, fazendo-se mister a devolução da ordem pública aos canais republicanos de funcionamento da Administração Pública.", diz Medeiros no documento.

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O parecer foi apresentado no âmbito de um habeas corpus impetrado pela defesa de Coutinho junto ao STJ sustentando a ausência de requisitos para a decretação da prisão preventiva do ex-governador, por causa de os supostos crimes terem ocorrido entre 2010 e 2018 quando o político estava a frene do executivo estadual.

O político foi preso na noite desta quinta, 19, ao desembarcar no aeroporto de Natal, em cumprimento à ordem decretada no âmbito da sétima fase da Operação Calvário, desencadeada nesta terça, 17. No início da tarde desta sexta, 20, foi transferido para uma cela na Penitenciária de Segurança Média da Mangabeira, em João Pessoa.

No parecer endereçado a ministra Laurita Vaz, relatora do habeas de Coutinho no STJ, e também ao ministro Napoleão Nunes, que está em regime de plantão judiciário e deve analisar o pedido, Medeiros registra ainda que a liberdade de Coutinho colocaria em risco o aprofundamento da coleta de provas.

"A Sociedade paraibana viu o movimento das instituições de persecução e responsabilização na direção do desmonte de organização que capturou o Estado. A prisão restaurou a ordem pública. A liberdade do paciente, ainda que no plano individual seja clemente, no plano coletivo, social e público é um atentado contra a ordem pública", diz o vice-procurador-geral eleitoral.

O documento rebate ainda outros argumentos da defesa de Coutinho, como a alegação dos advogados do ex-governador de que a parceira entre Ricardo Coutinho e o atual governador da Paraíba João Azevedo - que também foi alvo de buscas na sétima etapa da Calvário - foi rompida.

Na avaliação da PGR, no entanto, a liderança de Coutinho seria tamanha que, mesmo diante de ‘inúmeros escândalos de irregularidades’ envolvendo as duas organizações sociais investigadas no esquema criminoso, Azevedo manteve seus contratos.

Medeiros frisou ainda que a estrutura de pessoal de Coutinho também foi mantida na atual gestão estadual, citando como exemplo Livânia Farias, mantida no cargo de Secretária da Administração do Estado da Paraíba até 15 de março de 2019. Também ex-procuradora-geral do Estado, Livânia relatou, em delação premiada, ter feito a entrega de R$ 4 milhões em espécie na Granja Santana, residência oficial do governo da Paraíba, durante o mandato de Coutinho.

A defesa do ex-governador também pedia que houvesse a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, argumentando que Coutinho teria guarda unilateral do filho de 9 anos.

Com relação a tal alegação, Medeiros registrou: "É mister frisar que é a higidez do sistema de saúde paraibano, de onde o paciente drenou muitíssimos recursos financeiros, que assegura a todas as crianças a prioridade de seus direitos. A Paraíba possui uma taxa de mortalidade infantil de 15,4 a cada mil nascimentos, e esse número não foi capaz de deter a ação da organização criminosa liderada pelo paciente.

O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi preso no fim da noite dessa quinta-feira (19), no Rio Grande do Norte, ao voltar de uma viagem que estava fazendo pela Europa. O pessebista já era aguardado pela Polícia Federal no aeroporto e foi conduzido de lá até a sede da instituição em João Pessoa, capital paraibana, onde chegaram na madrugada desta sexta-feira (20). 

Coutinho teve o mandado de prisão expedido na última terça-feira (17), na 7ª fase da Operação Calvário, que apura desvios de R$ 134,2 milhões de recursos que deveriam ser destinados para as áreas de saúde e educação. 

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O pessebista foi apontado pelo Ministério Público da Paraíba como o líder da organização criminosa. Em sua defesa, Coutinho disse que estava surpreso com a decisão de prendê-lo tomada pela Justiça e considerou a acusação como “genérica”.

Costuras, sinalizações e gestos têm feito parte da agenda entre PSB e PT nos últimos tempos, em prol de uma aliança dos partidos em Minas Gerais e Pernambuco, apesar disso, ainda não há previsão de uma decisão concreta sobre o assunto. Os governadores dos dois estados Fernando Pimentel (PT) e Paulo Câmara (PSB), respectivamente, travaram uma conversa sobre o assunto durante a passagem do mineiro pelo Recife, mas declararam, nesta sexta-feira (18), que a decisão final ficará a cargo das direções estadual e nacional. 

No estado, Paulo Câmara busca o apoio petista para a reeleição e, com isso, a eventual candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao governo seria rifada. O mesmo, só que no sentido inverso, acontece em Minas. Pimentel anseia ter os pessebistas endossando seu palanque, contudo isso impossibilitaria a postulação do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) ao cargo. 

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Questionado sobre o que ficou alinhado durante a conversa que teve com Paulo, Fernando Pimentel deixou claro que o interesse da aliança é mútuo. "Essa é uma questão que os partidos estão decidindo. Temos interesse em fazer uma aliança com o PSB em Minas e sei que o PT aqui tem a possibilidade de firmar uma aliança com Paulo Câmara. Conversamos, mas vamos delegar as declarações sobre isso aos partidos", afirmou o mineiro que veio a Pernambuco para participar do Fórum dos Governadores do Nordeste sobre o Rio São Francisco, que tem a nascente naquele estado. 

Paulo seguiu a mesma linha e reforçou que o PSB busca alianças com partidos de centro-esquerda. "O PSB já colocou isso muito claramente, quer se coligar com partidos neste campo... Estamos conversando com uma ala do PT e esperamos que o PT resolva pela aliança", observou o governador pernambucano. 

Como Paulo Câmara já salientou a possibilidade de ter o senador Humberto Costa (PT) na majoritária, Pimentel também disse que há espaços para o PSB na chapa em Minas. "Creio que sim, quem tem que falar sobre isso são as direções dos partidos. O PSB tem destaque em Minas com quadros como Márcio Lacerda", disse.

Pendências nacionais

Mesmo com a disposição dos dois líderes, há pendências nacionais que podem dificultar as alianças. Uma delas é a negativa de setores do PSB em apoiar integralmente a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a defesa de que a legenda seja vice no palanque do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT). Tal vaga, inclusive, vem sendo cogitada para Márcio Lacerda. 

Indagado se preferia que o PSB estivesse ao lado de Lula ou com Ciro, Paulo desconversou. "Prefiro que o Brasil e a esquerda consigam uma unidade. Que haja uma unidade de pensamento e de projeto que possa se chegar no nome que agrade e seja consenso entre todos nós", salientou. "Temos tempo para conversar. O PSB vai estar com tudo aquilo que planejou, ou seja, vai fazer aliança com partidos que pensam um país mais igual", completou. 

Ao fazer uma análise do quadro, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) disse que a tendência da legenda pessebista é de que o alinhamento diante da disputa presidencial venha da direção nacional.

"Não vamos liberar estados,vamos apoiar uma candidatura", garantiu Coutinho. "Vou subir no palanque que o meu partido apoiar", completou, pontuando que se o PSB apoiar Ciro não apresentará dissidência. Coutinho é aliado de primeira hora do PT na Paraíba.

Os governadores do Nordeste endureceram, nesta sexta-feira (18), o discurso contra a gestão do presidente Michel Temer (MDB) durante um encontro, no Recife, do Fórum criado para discutir temas relacionados à região. Na reunião, da qual resultou a “Carta do Recife”, os gestores se colocaram contra a privatização da Eletrobras e suas subsidiárias, entre elas a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

Além disso, foi cobrado o equilíbrio da distribuição dos recursos federativos, a retomada da disponibilização de créditos de empréstimos para os Estados e os governadores criticaram os cortes da gestão no orçamento para programas sociais. 

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Anfitrião do encontro, o governador Paulo Câmara (PSB) disse que os chefes dos Executivos estão preocupados com a “falta de zelo” da gestão federal com o país e ponderou que a região vem sendo penalizada nos últimos dois anos. Sobre a questão da Eletrobras, ponto considerado principal do encontro, ele reiterou ser contra a venda da estatal, refletindo-se na Chesf. 

“Toda região do Nordeste está unida contra a privatização da Chesf que no nosso entender, na verdade, o que vai acontecer é a privatização do São Francisco, da vazão da água. O que vai afetar milhares de famílias que têm hoje, com a conclusão da Transposição, um ativo importante para o abastecimento de água e a produção dos projetos irrigados”, ponderou o pernambucano.

“No momento que o mundo inteiro briga por água, acabamos de ter sete anos de seca no Nordeste, querem privatizar a Chesf. Vender a Chesf é vender o Rio São Francisco. Isso é uma incoerência e quero externar minha total posição contrária”, corroborou o governador Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte. 

Além deles, Wellington Dias (PT), do Piauí; Rui Costa (PT), da Bahia; Camilo Santana (PT), do Ceará; e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba, foram duros em seus discursos sobre o assunto. Wellington chegou a dizer, inclusive, que a privatização se tratava de vender “um patrimônio construído com suor do povo brasileiro”. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também reforçou o grupo e apoiou as deliberações da carta.

No documento, a proposta dos governadores foi de que a Chesf seja transformada em uma empresa pública desvinculada da Eletrobras e comandada pelo Ministério da Integração Nacional. 

Falta de diálogo e outras cobranças

Também foi uníssono no discurso dos governadores a falta de diálogo da gestão de Temer com eles. “Falta mais diálogo para que possamos construir os rumos e as saídas desse país. Preocupação dos governadores, porque temos uma visão unificada sobre a nossa região, infelizmente vemos um retrocesso não só na econômica, mas no emprego e isso nos preocupa muito. Para termos o emprego de volta precisamos da retomada do crescimento do Brasil”, observou o governador do Ceará, Camilo Santana. 

Os gestores ainda criticaram cortes na abrangência do Bolsa Família e outros setores de assistência social. Afora, apontaram que o aumento constante do gás de cozinha tem feito com que o país retroceda ainda mais. 

“O Brasil teve avanços econômicos e sociais que tem mostrado retrocesso nos últimos anos. Ao fazermos está reunião com seis representantes do Nordeste aprofundamos temas que precisam de diálogo e da participação de todos”, declarou Paulo. 

“Temos muita preocupação com a questão da pobreza, o desemprego, o aumento da desigualdade e a ausência de alternativas. Viemos reafirmar que temos muitas preocupações e estamos à disposição para o diálogo”, completou o pernambucano.

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Liberação de empréstimos  

A questão da liberação de empréstimos para os Estados nordestinos esteve, ainda, entre os itens discutidos pelos governadores. Para chefe do Executivo baiano, Rui Costa (PT), a gestão de Temer “inverteu” os critérios para a liberação das cartas de créditos. 

“Qual o senso comum: se chega uma pessoa pedindo R$ 100,00 emprestado e você vai olhar uma está totalmente endividada e a outra paga suas contas em dia, a quem você empresta? Mudaram a regra e estados do Nordeste estão impedidos de acessar o crédito enquanto Rio de Janeiro e São Paulo podem. Dá para entender?”, questionou.  

De acordo com os gestores, os Estados do Nordeste são os que menos devem a União. “Na hora que se abre a caixa de Pandora e a máscara cai, os nordestinos que pagaram a conta. O Nordeste foi quem mais contribuiu para que o país não caísse na crise”, disparou Robinson Farias.

Ações no STF

Os governadores do Nordeste também acertaram durante o encontro do Fórum que vão entrar com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja revista a distribuição de alguns recursos e questionando a Desvinculação de Receitas da União (DRU). 

"Há um indício de que tem uma quantidade de recursos que estão ficando rubricados em receitas a classificar. Temos uma noção do que fica bloqueado no momento em que estados e municípios ficam sem recursos. Pretendemos ir ao STF pedindo aquilo que pertence aos municípios do Nordeste", disse Wellington Dias, lembrando que faltam ser repassados R$ 14 bilhões de recursos federais para os estados. 

Os nordestinos ainda pretendem reivindicar a participação nos lucros dos royalties do petróleo. 

ParticipaçõesO encontro no Recife contou ainda com a presença do vice-governador Raul Henry (MDB), e do senador Humberto Costa (PT), dos deputados federais Luciana Santos (PCdoB), André de Paula (PSD), Danilo Cabral (PSB), Tadeu Alencar (PSB), além dos deputados estaduais Isaltino Nascimento (PSB), líder do Governo na Assembleia Legislativa, e Lucas Ramos (PSB).

Apesar das especulações de que o PSB tendia a apoiar a candidatura do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), para presidente, o diálogo entre de socialistas com o PT, na tentativa de firmar uma aliança nacional e em Pernambuco, tem seguido adiante. Na próxima sexta-feira (18), por exemplo, o governador Paulo Câmara (PSB) deve conversar com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), sobre o assunto. 

O apoio de Pimentel à aliança com os socialistas é visto como crucial na balança dos prós e contras. Isto porque, em Minas, o cenário é o contrário de Pernambuco. Lá, petistas querem que socialistas abdiquem da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), para apoiar a reeleição de Pimentel. Segundo informações de bastidores, Paulo tem trabalhado para tentar convencer Lacerda a abdicar do pleito.

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Além de Paulo e Pimentel, também devem participar da conversa os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT), e da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Eles foram  oficialmente convidados pelo pernambucano para virem ao Recife participar de um encontro dos gestores do Nordeste sobre a privatização da Eletrobras e suas subsidiárias, sendo uma delas a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). A intenção do pessebista é de que os governadores pressionem as bancadas federais a votar contra a proposta.

Definições

A decisão do PSB nacional deve influenciar diretamente na costura local. Conversas no âmbito nacional também vêm ocorrendo com a presidente petista, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e os socialistas. Haddad, inclusive, tem uma visita agendada a Paulo Câmara no próximo dia 26. Cerca de 15 dias antes do PT de Pernambuco anunciar como marchará nas eleições, se no palanque da Frente Popular ou com a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT). 

Por 6 a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (24) manter o mandato do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e de sua vice, Lígia Feliciano (PDT). Coutinho era acusado de abuso de poder político por supostamente usar o cargo para perdoar, em ano eleitoral, dívidas de proprietários de motocicletas de até 150 cilindradas enquanto buscava a reeleição, em 2014.

O Ministério Público Eleitoral questionava um programa do governo paraibano que previa o perdão de dívidas relativas a IPVA e taxas do Detran vencidas até 31 de dezembro de 2013, desde que se comprovasse a quitação integral do IPVA, da taxa de licenciamento e de prevenção contra incêndio de 2014.

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Ao votar pela absolvição de Coutinho, o relator do processo, ministro Napoleão Nunes, destacou que o caso não envolvia uso de caixa 2 ou distribuição de dinheiro, e sim um programa envolvendo quitação de dívidas.

"Pode ter falhas nesse programa, mas não tem desonestidade nisso. Não foi identificado algo que se possa dizer que é criminoso, ilícito, abusivo, isso é um programa do governo", frisou Nunes.

"A implantação dos incentivos fiscais no Nordeste nunca foi vista com bons olhos, sempre foi interpretada como algo de compadrio, de favorecimento, porque se trata de abrir mão de receita pública", completou o relator.

Além de Nunes, votaram contra a cassação do governador da Paraíba os ministros Jorge Mussi, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira, Luís Roberto Barroso e o presidente da Corte Eleitoral, ministro Luiz Fux.

"Uma opção política que permite arrecadar uma fração de algo que não seria arrecadado não devia ser visto como uma política pública desvirtuada", avaliou Barroso, ressaltando que modificações na legislação tributária para conceder benefícios às vésperas das eleições "sempre acendem uma luz amarela".

Barroso apontou que um porcentual de apenas 8,8% de proprietários de motos aderiu ao programa e que "programas idênticos ou muito semelhantes já tinham sido praticados em anos anteriores".

"Estaríamos sacrificando a soberania popular em troca de elementos ou de baixa gravidade ou de uma gravidade até mesmo inexistente", concluiu Barroso. Apenas a ministra Rosa Weber votou pela cassação do governador e de sua vice.

Para o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, o caso é bastante "emblemático" e "pedagógico". "Até onde pode ir a paixão da política sobre as finanças? Até que ponto a jurisprudência eleitoral permitirá a flexibilização da lisura da conduta nas finanças públicas nos anos eleitorais?", questionou Jacques.

Ricardo Coutinho (PSB) prometeu, após reunião com membros da APLP (Associação dos Professores de Licenciatura Plena), que vai abrir edital para concurso de professores na Paraíba. A promessa veio por causa de um proposta apresentada pelo Presidente da Associação, Bartolomeu Pontes. O governador afirmou que vai lançar o edital assim que os devidos levantamentos forem feitos.

Nos últimos dias, a gestão de Ricardo vem sendo alvo de questionamentos. Isto por que ele iniciou a contratação de uma empresa para gerir as escolas da Paraíba, o que gerou desconfiança por parte dos professores e demais funcionários das escolas. O Sintep-PB, sindicato dos professores, promoveu uma assembleia geral na última sexta-feira (21) e se posiconou contra esse novo modelo de educação.

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Em resposta a isso, Ricardo afirma que não há um projeto de terceirização da educação, e sim a administração da educação através de uma gestão pactuada com Organizações Sociais, e que isto não vai retirar a autonomia dos diretores e professores. Ele também garante que até o final de seu mandato, no ano que vem, a categoria vai dobrar de salário.

Cida Ramos, secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, foi vaiada durante aula inaugural do curso de formação de lideranças que aconteceu no último sábado (22), no auditório da Reitoria da UFPB.

Cida Ramos discursava ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff quando foi surpreendida pelas vaias dos petistas contra a terceirização. Cida substituiu o governador Ricardo Coutinho no evento que contava com a presença de estudantes da Universidade Federal da Paraíba, secundaristas, militantes da esquerda e do PT.

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As vaias e gritos de “não à terceirização” tiveram que ser interrompidas pelo presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Jackson Macedo, que pediu coerência à militância.

O programa de terceirização das escolas estaduais da Paraíba tem sido criticado pelas principais lideranças do PT.  “Entendemos que a ideia de melhorar a qualidade da gestão escolar é positiva, todavia, o caminho é equivocado. Para isso existem outros caminhos, a exemplo de parcerias com as universidades públicas, que podem prestar assessoramento à rede, a exemplo da própria UEPB”, diz o texto assinado pelas lideranças do partido.

Confira o vídeo gravado por Paraíba Rádio Blog.

Com o intuito de discutir temas relevantes da atualidade, o governador da Paraíba Ricardo Coutinho, anunciou nesta segunda-feira (17) a realização do "Pense – Ciclo de Debates Contemporâneos da Paraíba". O evento começa a partir do dia 27 de julho no Espaço Cultural, na capital.

Mino Carta, Luis Nassif, Durval Muniz e o jornalista e ex-ministro Franklin Martins são alguns dos nomes já confirmados para participar do Pense. Na abertura do evento Franklin Martins vai abordar o tema: Mídia, Poder e Cidadania, onde discutirá as interferências da mídia nos processos sócio-políticos no plano nacional e internacional, além de debater sobre a qualidade da informação e o monopólio da mídia.

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“Faz tempo que queríamos fazer algo que levasse a sociedade a fazer uma reflexão dos tempos atuais, por isso estamos organizando esse Ciclo de Debates para que as pessoas tenham acesso a informações detalhadas e bem construídas. Será um evento aberto onde traremos temas importantíssimos para a atualidade, a exemplo da palestra de Franklin Martins sobre mídia e cidadania. Serão dois ciclos de debates por mês até dezembro”, disse o governador Ricardo Coutinho em entrevista para o site do Governo do Estado da Paraíba.

O Governador da Paraíba Ricardo Coutinho viajou na tarde desta última quinta-feira (13) até a cidade de São Paulo para visitar o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois se encontraram na sede do Partido dos Trabalhadores (PT) na capital paulista.

Em uma conta na rede social, o ex presidente Lula postou uma foto com o governador da Paraíba onde na legenda ele diz que conversaram sobre o cenário político nacional e também sobre a Viagem que o ex presidente pretende fazer à Paraíba no próximo mês.

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Lula, em entrevista a uma emissora de rádio da capital paraibana, na semana passada, fez elógios a Ricardo Coutinho. “Ricardo é um dos políticos mais sérios desse país, a Paraíba deve ter orgulho do governador que tem”, disse Lula.

Nos comentários da publicação na rede social, os internautas fazem votos de apoio à chapa Lula e Ricardo para a presidência da República. Mesmo passando por momentos “críticos” na sua carreira política, Lula tem recebido apoio dos internautas.

Ricardo Coutinho tem sido cogitado por seus apoiadores e eleitores para ser um dos nomes a concorrer o cargo da presidência da República. Mas isso ainda é mistério.

Independente de ter bancado ou não o ato da Transposição em Monteiro, domingo passado, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), ficou em maus lençóis. Seu discurso, rasgando o verbo para amaciar o ego de Lula, Dilma e o PT, é uma peça contraditória para não classificar de oportunista. Se não, vejamos.

Há 40 dias, no mesmo local em que Lula esteve ontem, o presidente Michel Temer (PMDB) foi elogiado pelo governador ao inaugurar, oficialmente, a chegada das águas do Velho Chico ao seu Estado. Agradeceu pela decisão política do seu Governo de priorizar a retomada das obras do projeto e que isso seria com o tempo reconhecido e valorizado.

Já ontem, diante de Lula e Dilma, Coutinho mudou o tom. Numa recaída petista – hoje é filiado ao PSB – o governador se inspirou no ditado que diz que a mão que afaga é a mesma que apedreja. Como se passasse uma borracha no que saiu da sua boca em tão pouco tempo atrás, carimbou o Governo Temer de golpista e voltado para as elites do centro-sul maravilha.

Coutinho, certamente querendo agradar a Lula e ao PT, afirmou que ninguém, com exceção dele e Dilma, poderia se apresentar ao povo nordestino como padrinhos da Transposição. O governador quis roubar a cena. Não permitiu que ninguém falasse depois dele, a não ser Lula. Até a ex-presidente Dilma foi obrigada a discursar antes, por imposição dele ao cerimonial.

E quando discursou, além de trair as palavras de elogios a Temer no evento anterior, mentiu ao afirmar que seu Governo não deu um tostão para fazer o ato maior do que Lula esperava. “Aqui, no território livre da Paraíba, o povo sabe o que é verdade, o povo tem a coragem de ir às ruas. […] Eu agradeço aos meus companheiros, prefeitos aqui da região. Botaram a mão na massa. Fizeram, efetivamente, de burro, de carroça, de carro, de ônibus, de qualquer jeito criaram as condições para que muita gente estivesse aqui. Não foi gasto um centavo de dinheiro público, não foi gasto nada, a não ser o sentimento de gratidão que o nosso povo tem”, disse. Dá para acreditar?

CAMPANHA– O PMDB começou a exibir, ontem, 15 inserções na TV com foco em medidas econômicas tomadas pelo Governo Michel Temer e dirá que a reforma da Previdência é "sem dúvida a de maior importância". Sem fala nem aparição do presidente, umas das peças publicitárias, a que o blog teve acesso, diz que, sem a reforma, o sistema pode entrar em "colapso". "A reforma não é uma imposição, é uma necessidade. E o presidente não vai fugir a ela", diz a inserção. O marqueteiro Elsinho Mouco, responsável pelo conteúdo, nega que Temer tenha evitado gravar para fugir de vaias ou das "panelas". "Ele vai gravar para o programa do PMDB no final do mês, e o programa tem dez minutos", disse.

Itapetim recebe R$ 10 milhões– Antes de abrir o novo modelo de seminários regionais em Afogados da Ingazeira na próxima quinta-feira, às 14 horas, o governador Paulo Câmara (PSB) cumpre agenda em Itapetim, o berço imortal da poesia. Lá, ao lado do prefeito Adelmo Moura (PSB), assina ordem de serviço, no valor de R$ 10 milhões, para obras de saneamento no município e inaugura uma ponte com recursos do FEM. A programação começa às oito da manhã, 40 minutos após o governador pousar na cidade paraibana de Patos.

Lista fechada– Políticos investigados e citados na Operação Lava Jato ocupam cargos de destaque no comando de nove dos dez partidos com maiores bancadas na Câmara dos Deputados. Esses dirigentes terão influência na definição dos candidatos que integrarão as listas partidárias fechadas, caso essa forma de votação para eleição de deputados federais, estaduais e vereadores seja aprovada pelo Congresso. Todos negam qualquer irregularidade. A lista fechada vem sendo articulada pelos presidentes da Câmara e do Senado, com aval do presidente Temer e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.

Santa Misericórdia – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) visitou, ontem, a Santa Casa de Misericórdia do Recife. Após reunião com o superintendente executivo, Fernando Costa, o parlamentar se comprometeu a liberar recursos para a entidade junto ao Ministério da Saúde. "O trabalho filantrópico feito pela Santa Casa ajuda muita gente. Vou batalhar para que essa instituição continue cuidando dos pernambucanos", pontuou Fernando, que é do mesmo partido do ministro Ricardo Barros, o PP.

PT ou movimentos sociais?– O deputado Sílvio Costa (PTdoB), que esteve presente na comitiva do ex-presidente Lula em Monteiro, disse que as despesas do mega evento foram pagas pelo diretório nacional do PT. Na Paraíba, o secretário de organização estadual do PT, Jackson Macedo, deu outra versa, livrando a cara do partido e do Governo da Paraíba. Segundo ele, quem bancou foram os movimentos sociais, entre os quais a CUT e o MST. Quem está falando a verdade?

CURTAS

VIOLÊNCIA – Em muitos Estados do País a problemática da falta de segurança está em alta. E, infelizmente, no sertão esta realidade não é diferente. Para ajudar os prefeitos no combate à violência, o deputado federal Kaio Maniçoba (PMDB) pediu ao ministro da Justiça, Osmar Serraglio, a criação de um Plano de Ações voltado para vários municípios do Sertão.

FILIADO– Na manhã de ontem, o escritor e advogado Antônio Campos recebeu um informativo, assinado pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Domingos Meirelles, sobre a aprovação da sua proposta de filiação ao órgão. Agora, Campos é colaborador da ABI, categoria que lhe confere amplos direitos sociais, como votar na eleição que a Associação promove anualmente.

Perguntar não ofende: Fundo partidário pode bancar festa com o perfil eleitoral que se deu em Monteiro?

Quatro governadores do Nordeste se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (19) para debater as ações de enfrentamento à seca na região. Os chefes dos executivos estaduais apresentaram a situação de cada estado e cobraram ações emergenciais para 2016.

Estiveram presentes os governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Camilo Santana (Ceará), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Ezequiel Ferreira (interino do Rio Grande do Norte). Os ministros Jacques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardoso (Justiça), Nelson Barbosa, (Planejamento, Orçamento e Gestão) e Gilberto Occhi (Integração Nacional) também estiveram presentes.

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Os quatro governadores deixaram a reunião no final da tarde e não falaram com a imprensa.

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