População dividida sobre a vinda de médicos estrangeiros

Segundo IPMN, a sociedade ainda está indecisa sobre a vinda de profissionais de saúde de outros países

por Alex Ribeiro sex, 16/08/2013 - 15:58
Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo Segundo o IPMN, 38,6% dos recifenses são favoráveis a chegada de médicos estrangeiros Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo

Uma das possíveis medidas do Governo Federal que está causando mais polêmica para resolver o problema da falta de médicos no Brasil é a convocação de profissionais de saúde de outros países. A convocação de especialistas externos para atuar na atenção básica de municípios com maior vulnerabilidade social e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) deixou a classe médica brasileira indignada. Mas o que os recifenses pensam a respeito dessa proposta da União?

De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Maurício de Nassau (IPMN), a população recifense está dividida. Apenas um pouco mais de 38% das pessoas entrevistadas são favoráveis a chegada de médicos de outros países, já cerca de 26% da população não concorda que profissionais de saúde fora do Brasil sejam convocados, o restante dos entrevistados (aproximadamente 35%) não quiseram ou não souberam responder.

 Para o cientista político Roberto Santos, é preciso encontrar uma forma de conseguir médicos para trabalhar no interior dos Estados e a população está começando a reconhecer isso. “O Brasil tem um problema geográfico muito grande. Você vê nas capitais uma concentração de médicos muito grande. Quem mora nas capitais não sente falta alguma, mas no interior existe uma falta muito grande, é preciso de novas medidas”, afirmou o analista.

“A questão dos médicos é que eles têm medo de concorrência. Se derem acesso fácil a outros médicos de estrangeiros eles têm medo de baixarem os salários. (...) Outra questão é que a quantidade de médicos estrangeiros que estão dispostos a vir para o Brasil não irá suprir os problemas. Tanto é que o Governo Federal autorizou o legislativo a colocar também médicos militares” relatou o analista político. 

 

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