Campos: “nós desejamos construir uma nova política"

Para o socialista a chega de Marina deverá contribuir para uma opção de esperança na política brasileira

por Élida Maria seg, 07/10/2013 - 13:05
Victor Soares/LeiaJáImagens O governador reconheceu as diferenças entre o PSB e a Rede, mas mostrou tranquilidade Victor Soares/LeiaJáImagens

A única agenda pública do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nesta segunda-feira (7), não podia ser diferente. Logo após visita as obras do anexo do Hospital de Câncer, no Recife, o socialista conversou com a imprensa e falou sobre a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB. Na entrevista, o chefe do executivo comentou as diferenças entre seu partido e o Rede, encabeçado pela ex-ministra do Meio Ambiente, e reforçou o desejo  de “enterrar a velha política”.

A nova integrante socialista, Marina Silva, é conhecida entre outras coisas, por ter algumas opiniões contra temas como o aborto e os homossexuais, diferente da posição do PSB.  “Nós fizemos uma aliança, uma coligação programática e nós reconhecemos diferenças que temos, tanto é que temos dois partidos: um partido que tem 60 anos e um partido que tem um ano, recém-criado, que busca novos valores que tem na sociedade e nós vamos aprender um com o outro”, reconheceu Eduardo Campos.

Para o presidente nacional do PSB, apesar das opiniões divergentes em relação a alguns assuntos da sociedade, a ex-senadora chega para contribuir e reforçar a identidade do partido. “Para o PSB é muito importante essa convivência com a Rede, para que a gente aprenda com a militância da Rede, para que a gente renove o nosso partido e também para a Rede, acredito que, a gente vai ter contribuição para dar nesse aprendizado. Nós não queremos anular as nossas diferenças. Nós queremos reforçar a nossa identidade”, pontuou.

O pré-candidato à presidência da República também reforçou o discurso dito nos últimos meses de renovar a política, de trazer mudança e de melhorar a gestão pública. “Nós desejamos construir uma nova política no Brasil. Há um grande desejo no Brasil de mudar o serviço público, de mudar a saúde, de mudar a segurança, de mudar a educação e nós e a Rede entendemos que só há um caminho para fazer essa mudança de verdade: é fazer a mudança na política, é enterrar a velha política, é construir novas práticas políticas e essa sinergia é que nos permite seguir um programa”, disse acrescentado estar ciente que não terá concordância em tudo. “Dentro de uma casa, na mesma família, a gente não tem concordância sobre tudo, imagine duas forças políticas”, frisou.

Outro assunto tocado por Eduardo Campos foi o anseio de criar uma nova ‘opção’ para o país, se colocando ainda discretamente, porém de forma notória seu desejo de ser presidente. “Mas no fundamental nós estamos de acordo é que o Brasil merece ter uma opção que resgate a esperança, a leveza na política, os valores da ética, do compromisso com o povo, da excelência na gestão, da participação popular, da sustentabilidade que é sem sombra de dúvidas uma releitura do socialismo, e é isso, que nós vamos fazer com muita tranquilidade”, prometeu Campos.

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