Canal do Sertão é tema de reunião em Santa Cruz
A Comissão Mobilização Pró-Canal do Sertão é contra a reformulação do projeto feita pelo Governo Federal
A Comissão de Mobilização Pró-Canal do Sertão, formada por integrantes da região do Araripe pernambucano, realizou mais uma reunião pública, desta vez em Santa Cruz. O grupo, criado para conscientizar a população sobre os cortes feitos pelo Governo Federal ao projeto de abastecimento hídrico do Canal do Sertão, já se reuniu em Ouricuri, no Recife e em Trindade.
Participaram do debate, que aconteceu na noite dessa segunda-feira (9), o prefeito de Santa Cruz, Gilvan Sirino (PR); o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, José Neilton; o deputado estadual Odacy Amorim (PT); os membros da Comissão do Canal do Sertão Antônio Fernando e Assis Junior. Além do vice-prefeito de Petrolina, no Sertão, Guilherme Coelho (PSDB).
Odacy Amorim ressaltou o caráter suprapartidário do encontro, e não deixou de fazer as críticas ao governo federal. “Eles erraram quando fizeram um consenso entre Governo Federal, Ministério da Integração e Governo de Pernambuco para decidir sobre os rumos do Canal do Sertão. Erraram porque não fizeram reuniões públicas como esta para ouvir a sociedade sobre o que fazer com o dinheiro do povo”, criticou.
Corroborando o deputado, Guilherme Coelho frisou que a irrigação é como uma mola propulsora de desenvolvimento para o Sertão.“Seca é igual a sofrimento. Irrigação é igual à prosperidade, mais dinheiro no bolso. Nós estamos aqui lutando pela prosperidade de todos vocês, e não podemos aceitar desculpas pela falta de atenção e vontade política para com aqueles que mais precisam”, disse.
No projeto original, as áreas irrigáveis de Santa Cruz faziam parte do mesmo perímetro que contabilizava as áreas de Dormentes e Santa Filomena, somando um total de 16.864 hectares que seriam beneficiados. O mesmo perímetro continua fazendo parte do Canal do Sertão, mas as áreas beneficiadas foram reduzidas a menos de 5.000, juntando os três municípios, de acordo com o presidente Antônio Fernando. A Comissão agora pleiteia a possibilidade de uma audiência em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff (PT) e representantes do Ministério da Integração Nacional.