Waldemar Borges diz que oposição é inconsistente

De acordo com oposição, a Reforma Administrativa apresentada pelo Executivo é incoerente

por Roberta Patu qua, 14/01/2015 - 18:57
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo "Observações da oposição não têm conteúdo", afirmou Waldemar Borges Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante os últimos três dias da autoconvocação do Legislativo Estadual, em sessão extraordinária, os parlamentares realizaram, nesta quarta-feira (14), a segunda e discussão de quatro projetos. Entre eles, foi debatido o subsídio dos deputados estaduais, a aquisição de um prédio para o Ministério Público em Petrolina, a alteração do regimento interno da Casa e a Reforma Administrativa apresentada pelo Governo de Pernambuco.

Gerando menos polêmica que o reajuste salarial dos deputados, mas levantando críticas da oposição, a Reforma Administrativa acarretou indagação do líder da oposição da Casa, Silvio Costa Filho (PTB). Em pronunciamento, no plenário, o deputado aprovou a reforma, mas apontou contradições no Projeto de Lei apresentado.

“Observo que a redução de 20% dos cargos comissionados é ilusória. Na verdade não existirá a extinção, o que vai acontecer é o congelamento. Dessa forma, esses cargos poderão ser ocupados aleatoriamente pela gestão, como ocorreu na época do Governo Campos e do prefeito Geraldo Julio”, criticou Silvio.  

De forma enfática, Waldemar Borges (PSB) afirmou que as críticas da oposição são inconsistentes e não têm conteúdo. “Não há consistência nas indagações, vamos reduzir a folha dos cargos comissionados em 20%, o que equivale a 79 vagas. Espero que sejam feitas críticas que ajudem Pernambuco, que sejam qualificadas e que mirem os mesmos objetivos”, disparou. Waldemar ainda acrescentou “a oposição é inconsistente e ‘sofismou’. Em 2014 a oposição fez várias críticas e o resultado foi visto nas eleições, com vitória de Paulo Câmara”, finalizou.

Rebatendo a fala de colega, Silvio Costa Filho disparou: “Não vi o líder da oposição apresentando que vai reduzir cargos, ele apenas vai congelar. Não vejo nenhuma inconsistência”, disse o deputado que ainda alertou “vamos acompanhar a cada quatro meses e iremos verificar se isso vai ocorrer ou não”, finalizou.

Nas últimas discussões realizadas na Alepe, quando Waldemar Borges apresentou o Projeto de Lei, a quantidade de cargos comissionados declarados divergiu dos elencados pela oposição. Conforme declaração, Borges afirmou que no início da gestão de Eduardo Campos existiam 3.236 e esses foram reduzidos para 2.067. No entanto, Silvio retificou informando que no ano de 2007, existiam 2.206; em 2013 registrados foram mais de três mil. Já na prefeitura do Recife, em 2012 havia 2.032 e em 2014 mais de 2.600. 

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