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No centro da maioria dos discursos realizados no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no último ano, o diálogo foi novamente tema das discussões da Casa neste dia 1º de fevereiro, que marca o retorno das atividades parlamentares da assembleia. Atualmente, o Poder Legislativo enfrenta uma nova crise frente ao Executivo estadual, após a governadora Raquel Lyra (PSDB) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar trechos do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), protocolado na Alepe. 

Segundo os deputados, o acionamento do Judiciário não foi dialogado ou antecipado à Casa Legislativa. O protocolo em si não é inédito; a Justiça pode oferecer soluções aos poderes quando há impasses políticos. Ainda assim, a decisão soma às indigestões entre Lyra e a Alepe, que perduram desde o início do mandato da governadora, começando com a decisão do secretariado, em 2023. 

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“Foi o espírito de coletividade, valorizando o diálogo e a busca de consensos, que nos permitiu construir a independência vista hoje na Alepe. Esta soberania nos tem fortalecido como Parlamento, como representantes do povo pernambucano”, disse. “Devemos permanecer zelosos e vigilantes para assegurar a preservação do que foi conquistado. Esta conquista, é preciso enfatizar, tem sido e continuará sendo fundamental para a grandeza desta Casa”, disse o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), durante a solenidade de abertura. 

Porto foi o primeiro a discursar. Apesar de ser tucano e – ainda – não ter se declarado como parte do bloco de oposição, o parlamentar não possui uma boa relação com sua governadora. A fala do presidente reforçou a “soberania” da Alepe e a independência da assembleia, apesar da necessidade de atuação conjunta entre os poderes.  

O deputado ressaltou ainda iniciativas adotadas ao longo do primeiro ano da atual Legislatura para fortalecer a relação com a sociedade. Entre elas, a ampliação do programa Alepe Acolhe, que oferece qualificação e estágio remunerado a jovens aptos a adoção, e o lançamento do Alepe Cuida, que leva serviços gratuitos a municípios do interior. Apesar do discurso mais ameno, na saída do evento, o legislador voltou a criticar o Governo Lyra pela postura diante do impasse da LDO, durante uma rápida coletiva com a imprensa.  

Pouco tempo após o encerramento do evento de reabertura, vazou, nas redes sociais, um áudio do presidente Álvaro Porto conversando com um outro parlamentar, na Mesa Diretora. Porto diz que não entendeu o discurso da governadora e que ela "conversou muita m..., mas não disse nada". A repercussão provocou uma nota da Executiva Nacional do PSDB, que considerou os comentários “agressivos” e prestou solidariedade à gestora. 

Governadora Raquel Lyra durante reabertura das atividades legislativas na Alepe. Foto: Vitória Silva/LeiaJá 

Apoio 

Em seu pronunciamento, a governadora Raquel Lyra afirmou que, em 2023, a Casa de Joaquim Nabuco contribuiu decisivamente com medidas do Poder Executivo como a reforma administrativa, as novas alíquotas do IPVA, a criação do programa Pernambuco sem Fome e a construção do Plano Plurianual 2024-2027. 

 De acordo com ela, “o povo tem pressa e não pode ficar à mercê de disputas eleitorais”. A governadora disse ainda contar com o apoio do parlamento para acelerar as transformações em Pernambuco. “Entendo esse Poder Legislativo como protagonista no processo de mudança decidido pela população”, expressou.  

Na avaliação da gestora, o Governo e o Legislativo precisam estar ainda mais alinhados este ano especialmente para concretizar os investimentos possibilitados pelos bons resultados fiscais obtidos pela administração – superávit orçamentário de R$ 1 bilhão e disponibilidade de caixa de R$ 700 milhões.  

Oposição 

Líder da oposição, a deputada Dani Portela (PSOL) fez um balanço dos debates que marcaram o ano de 2023. Entre outros temas, falou do projeto do Governo para o reajuste do piso salarial dos professores do Estado, ao qual a oposição se posicionou contrariamente por não contemplar toda a categoria. Criticou a exoneração em massa de funcionários no início da atual gestão de Raquel Lyra, que afetou as áreas de segurança pública, saúde, educação e atendimento à mulher.  

A parlamentar do PSOL salientou o papel da Alepe de fomentar o diálogo entre os poderes, e a necessidade de construir coletivamente soluções para o Estado. “Esperamos que este seja um ano de um diálogo realmente respeitoso, e que esta Casa não seja surpreendida pela imprensa das notícias vindas do Executivo. O diálogo tem que ser a ponte para estabelecer o melhor para o povo de Pernambuco”, enfatizou.  

Discurso de Joãozinho Tenório  

A importância da colaboração entre a Alepe e a gestão do Estado foi enfatizada pelo vice-líder do governo, deputado Joãozinho Tenório (Patriota). O parlamentar ressaltou projetos de iniciativa do Poder Executivo que receberam aval da Alepe no último ano e defendeu a união dos deputados estaduais para atender as necessidades da população.  

“Tenho certeza de que buscamos durante 2023, e continuaremos até o fim dos nossos mandatos, a cooperação entre o Executivo e o Legislativo a favor do nosso povo”, afirmou. “Discutimos e aprovamos projetos de lei com capacidade para mudar a vida de muita gente”, agregou, mencionando o programa Pernambuco Sem Fome, o reajuste dos benefícios do Chapéu de Palha e a autorização para o Estado contrair empréstimos de até R$ 3,4 bilhões. 

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, por unanimidade, um projeto que permite o adiantamento da convocação e votação da Mesa Diretora da Casa em quase um ano. Originalmente, só seria possível que os parlamentares convocassem a eleição entre 1º de dezembro de 2024 e 1º de fevereiro de 2025, quando o mandato da atual composição acaba. Com a aprovação do projeto, desde 1º de novembro de 2023, os deputados estão autorizados a iniciar o processo. 

Isso não significa, porém, que os atuais componentes da mesa terão um mandato mais curto, apenas que a convocação para o comando da Alepe no biênio 2025/2026 deve começar mais cedo. O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), ainda não informou quando deve iniciar os trabalhos. O projeto foi aprovado por 41 votos a favor e nenhum contrário. Oito deputados estavam ausentes. 

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Duas proposições foram apresentadas separadamente; a primeira foi aprovada pela Comissão de Justiça, e a segunda, no plenário. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 20/2023, apresentada pelo deputado Diogo Moraes (PSB), retira da Carta Magna de Pernambuco a previsão de data para a eleição do segundo biênio da Legislatura. O novo período para o pleito, por sua vez, fica definido no Regimento Interno da Casa, através do Projeto de Resolução nº 1387/2023, apresentado por João de Nadegi (PV). 

Confira os votos de cada parlamentar 

Abimael Santos (PL) - A favor 

Adalto Santos (PP) - A favor 

Aglailson Victor (PSB) - A favor 

Álvaro Porto (PSDB) - A favor 

Antonio Moraes (PP) - Ausente/Licenciado/Não votou 

Claudiano Martins Filho (PP) - A favor 

Cleber Chaparral (União) - Ausente/Não votou 

Coronel Alberto Feitosa (PL) - A favor 

Dani Portela (PSOL) - A favor 

Dannilo Godoy (PSB) - A favor 

Débora Almeida (PSDB) - A favor 

Delegada Gleide Ângelo (PSB) - A favor 

Diogo Moraes (PSB) - A favor 

Doriel Barros (PT) - A favor 

Edson Vieira (União) - A favor 

Eriberto Filho (PSB) - A favor 

Fabrizio Ferrar (Solidariedade) - A favor 

France Hacker (PSB) - A favor 

Francismar Pontes (PSB) - A favor 

Gilmar Junior (PV) - A favor 

Gustavo Gouveira (Solidariedade) - A favor 

Henrique Queiroz (PP) - A favor 

Izaias Regis (PSDB) - A favor 

Jarbas Filho (MDB) - A favor 

Jeferson Timoteo (PP) - A favor 

João de Nadegi (PV) - A favor 

João Paulo (PT) - A favor 

João Paulo da Costa (PCdoB) - A favor 

Joãozinho Tenório (Patriota) - A favor 

Joaquim Lira (PV) - Ausente/Licenciado/Não votou 

Joel da Harpa (PL) - A favor 

José Patriota (PSB) - A favor 

Kaio Maniçoba (PP) - A favor 

Luciano Duque (Solidariedade) - A favor 

Lula Cabral (Solidaridade) - A favor 

Mário Ricardo (Republicanos) - A favor 

Nino de Enoque (PL) - A favor 

Pastor Cleiton Collins (PP) - A favor 

Pastor Júnior Tércio (PP) - A favor 

Renato Antunes (PL) - A favor 

Rodrigo Farias (PSB) - Ausente/Licenciado/Não votou 

Romero Albuquerque (União) - Ausente/Não voltou 

Romero Sales Filho (União) - A favor  

Rosa Amorim (PT) - A favor 

Sileno Guedes (PSB) - Ausente/Licenciado/Não votou 

Simone Santana (PSB) - Ausente/Licenciado/Não votou 

Socorro Pimentel (União) - Ausente/Não votou 

Waldemar Borges (PSB) - A favor 

William Brigido (Republicanos) - A favor 

 

Nesta segunda-feira (28), a Assembleia Legislativa de Pernambuco homenageou Domitila Barros. A ex-participante do Big Brother Brasil foi agraciada com voto de aplauso por conta de sua contribuição em defesa dos direitos das mulheres e das crianças na periferia.

A ativista declarou: "É com muito orgulho que recebo esse voto de aplauso, após nascer  e me criar em favelas da periferia do Recife, onde há mais de 40 anos meus pais militam desenvolvendo um árduo trabalho de resistência social. Viva Pernambuco imortal".

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A deputada Rosa Amorim, que propôs a homenagem, disse que a honraria também celebra a importância de líderes visionários na criação de um futuro melhor. "A história de Domitila não começa com ela, mas com a luta dos seus pais e hoje dela no Centro de Atendimento a Meninos e Meninas (CAMM), na comunidade da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife", contou a parlamentar.

"Estendo a homenagem à sua mainha Roberta Barros e ao seu irmão Carlos Correia, que são o coração da ONG e seguem engajados na luta em defesa do povo pernambucano", completou. Domitila Barros foi à solenidade acompanhada da mãe, Roberta, e do irmão, Carlos.

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), 49 deputados estaduais atuam para aprovar medidas que visam o desenvolvimento do estado. Em avaliação do primeiro semestre legislativo de 2023, o deputado Álvaro Porto (PSDB), presidente da Casa, afirma que foi o período foi “produtivo”. 

Entre os principais trabalhos apontados pelo parlamentar, ele cita a agilidade das comissões permanentes e a importância dos debates levantados pelas comissões especiais “sobre questões que mobilizam a sociedade, a exemplo do combate à fome, da promoção à assistência materno infantil, do cuidado com a saúde mental e da defesa da bacia leiteira de Pernambuco”, comentou o parlamentar. 

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Porto ainda comentou que o trabalho dos parlamentares pode ser visto de forma positiva. “Desde o início da atual gestão, os deputados vêm trabalhando de forma harmoniosa, fortalecendo a autonomia e a independência da Casa, sem deixar de olhar para os servidores, com capacitação e valorização salarial”, declarou.  

A opinião, no entanto, não é apenas da situação. A deputada Dani Portela (PSOL), líder da bancada da oposição na Casa, também afirmou ao LeiaJá que vê a atuação do quadro legislativo atual de forma positiva. 

“Avaliamos que a Assembleia Legislativa conseguiu transmitir um importante comunicado de que os projetos que impactam a vida do povo pernambucano não podem tramitar de maneira atropelada e sem diálogo. A principal conquista do Poder Legislativo, e por causa disso, de toda a população foi demonstrar que o caminho do diálogo e da participação popular é o único caminho possível para aqueles que acreditam na democracia”, declarou a parlamentar. 

Como oposição declarada ao governo estadual, Portela ressaltou que ainda observa dificuldades em dialogar com a governadora Raquel Lyra (PSDB). A exemplo disso, ela mencionou a postura do governo para conseguir a aprovação da Alepe do programa Juntos pela Segurança, lançado nesta segunda-feira (31) por Lyra. “Este projeto foi debatido às portas fechadas, sem qualquer consulta prévia ao Poder Legislativo ou às organizações da sociedade civil. Na ALEPE aprovamos, como um gesto de boa vontade, a autorização para realizar um empréstimo bilionário para implementar este programa que não recebemos nenhuma informação até a presente data”, afirmou a deputada. 

Projetos apresentados 

Dos 1008 projetos apresentados desde o início do ano, 971 são autoria de parlamentares em atividade. Segundos dados disponíveis no portal da Alepe, os deputados que mais assinaram autoria em projetos enviados são Gleide Angelo (PSB), com 179 proposições, seguida de Socorro Pimentel (União), autora de 89 textos, e William Brigido (Republicanos) que assinou 73.  

Dani Portela ainda ressalta a aprovação da Lei nº 18.255/2023, que apresenta diretrizes para a Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Afrodescendente e dá outras providências. “Essa lei é uma conquista para a população negra que terá direito à proteção integral no Sistema de Saúde, público e privado”, declarou. 

Imagem: Felipe Santana/LeiaJá

Propostas para o futuro 

O parecer geral da Alepe para o segundo semestre envolvem os detalhamentos de planos e leis orçamentárias fundamentais para o estado. “A Casa, através da Comissão de Cidadania, vai percorrer o Estado para detalhar para a população o Plano Plurianual, a Lei Orçamentária Anual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, levantando também demandas e sugestões dos moradores das diferentes regiões”, afirmou Álvaro Porto. 

“Como presidenta da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular tenho desenvolvido junto a mesa diretora um processo de consulta pública ao povo pernambucano sobre quais as prioridades para o orçamento”, finalizou Dani Portela. 

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta segunda-feira (26), com unanimidade, o projeto de lei (PL) 755/2023, que altera as taxas relativas à criação amadora de passeriformes silvestres nativos. O texto é de autoria do governo do estado, e busca reduzir algumas taxas, além de isentar os criadores de outras sanções que eram cobradas por intermédio de uma lei anterior, sancionada em 2019.

Segundo o deputado Antônio Moraes (PP), presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), a aprovação da matéria é uma vitória para os criadores, que sentiam que a situação anterior estava desorganizada. “Os criadores, na maioria, são pessoas pobres, que não têm como pagar. Conseguimos com a governadora Raquel Lyra o envio desse novo projeto extinguindo as cobranças excessivas e estabelecendo uma taxa única, além de permitir o parcelamento das dívidas acumuladas pelos criadores”, explicou Moraes.

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As aves são utilizadas em campeonatos de canto, por exemplo, atividade considerada tradicional em alguns municípios no interior do estado.

Criação amadora de aves silvestres

Desde 2011, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não responde diretamente sobre a criação amadora de aves silvestres, e cada estado possui um órgão específico para tal atividade. Em Pernambuco, a entidade responsável pelo cadastramento, licenciamento e fiscalização da criação passeriforme é a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

No site da agência é possível realizar o cadastro de passeriformes (Sispass), onde existe a lista de todos os documentos que devem ser apresentados para que uma ave silvestre seja devidamente registrada.

Na tabela atual, ainda disponível no portal da CPRH, os valores para transferência, transporte, alteração de vínculo de anilhas e declaração de nascimento variam de R$ 71,69 a R$ 95,60.

PL 755/23

Com a aprovação do PL na Alepe, essas atividades passam a ser isentas de taxas, além da possibilidade do financiamento de algumas dívidas. O deputado Antônio Moraes também é autor da emenda ao projeto que permite o parcelamento dos débitos acumulados desde 2020, para que os criadores possam voltar às atividades. 

"Com a aprovação dessa lei poderemos retomar os eventos, tão tradicionais, sobretudo no interior do Estado,  além de fomentar a preservação do meio ambiente e toda uma cadeia produtiva", completou Moraes.

O governador Paulo Câmara (PSB) enviou à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um Projeto de Lei que altera o Programa Estadual de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PESHIS), visando reduzir o déficit habitacional do estado. 

O PL leva em consideração o perfil socioeconômico das famílias em situação de vulnerabilidade habitacional e redefine o critério de família de baixa renda, estabelecendo que suas ações contemplem aquela com renda mensal de até dois salários mínimos. 

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A proposta inclui as famílias desabrigadas que perderam seu imóvel em razão de situação de emergência ou estado de calamidade pública, reconhecidos pela União ou pelo Governo do Estado, a exemplo das chuvas que atingem Pernambuco há duas semanas. 

O objetivo da proposta, segundo o governador,  é assegurar um alinhamento ao novo programa habitacional instituído pelo Governo Federal, por meio da Lei Federal nº 14.118/2021, permitindo o incremento da abrangência das ações de fomento para aquisição de unidades habitacionais.

Além disso, o projeto de lei autoriza aportes financeiros destinados especificamente à quitação total ou parcial de financiamentos obtidos no âmbito da Lei Federal mencionada. A implementação do PESHIS se dará mediante convênio, parceria ou atuação conjunta com agentes financeiros credenciados pelo Banco Central do Brasil.

A proposta segue para apreciação dos deputados estaduais em regime de urgência. O quantitativo de famílias beneficiadas, valor do subsídio e outras definições serão detalhados posteriormente pelo governador, por meio de decreto.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nessa quarta-feira (1º), o Projeto de Lei (PL) nº 3441/2022, que zera a taxa de emissão de documentos para as pessoas vítimas das chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. A Casa liberou o texto em caráter de urgência e incluiu no projeto uma emenda modificativa que garantiu a ampliação dos locais de emissão. Alguns serviços do tipo, como o de emissão da segunda via do registro geral (identidade), chegam a custar R$ 26,98 e podem levar até 10 dias para ficarem prontos. 

No projeto original, do Governo do Estado, o benefício valeria para os documentos retirados em ações do programa Governo Presente (que monta postos de atendimento nos bairros e oferece diversos serviços). 

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No entanto, o relator das Comissões de Justiça, deputado Isaltino Nascimento (PSB), acolheu uma modificação sugerida pela deputada Priscila Krause (Cidadania) por meio de emenda, permitindo a concessão do benefício pelo Estado como um todo. “Assim, a segunda via poderá ser emitida sem custos por outros órgãos e por meio de convênios com prefeituras”, esclareceu o socialista. 

Krause agradeceu a incorporação da proposta. “Nosso objetivo foi ampliar as formas de emitir as carteiras de identidade de maneira célere e abrangendo todos os canais permitidos em lei”, observou. “A ação do relator foi importante para ganharmos tempo para aprovar essa norma, diante da questão regimental.” 

A isenção estabelecida será na Taxa de Fiscalização e Utilização de Serviços Públicos (Tfusp) e valerá para a expedição de qualquer via da carteira de identidade emitida em Pernambuco destinada às pessoas atendidas. Outras condições e metas serão definidas por meio de decreto estadual, ao regulamentá-la. 

 

A mandata coletiva das Juntas (PSOL) protocolou nesta terça-feira (1º) o projeto de lei que estabelece, em todo o território pernambucano, a obrigatoriedade do registro de entrada e saída de pessoas em eventos realizados em estabelecimentos de ensino que contem com a presença de convidados e convidadas externas, exceto os funcionários do estabelecimento e os membros do corpo discente.

O projeto de lei foi protocolado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e atinge os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, que engloba Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e/ou Ensino Médio, e escolas técnicas - quando estas contemplem alunos menores de 18 anos.

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O registro deverá ser realizado na entrada do estabelecimento de ensino por funcionário da casa designado para esta função pela direção, e deverá necessariamente conter as seguintes informações: nome completo do convidado ou convidada; número de documento oficial com foto, que deverá ser apresentado ao respectivo funcionário; hora de entrada; hora de saída; relação com o evento; grau de parentesco ou relação com discente e/ou funcionário do estabelecimento escolar; assinatura do convidado ou convidada.

Ao fim do evento, a pessoa responsável deverá assinar de próprio punho todas as folhas de controle de entrada e saída de convidados e convidadas externas. A PL estabelece que a recusa do fornecimento dos dados acarretará no impedimento do acesso da pessoa ao evento. Além disso, as unidades de educação do setor privado que descumprirem a norma estarão sujeitas às seguintes penalidades: advertência, quando da primeira autuação da infração; e multa, quando da segunda autuação.

A multa será fixada entre R$6.000,00 (seis mil reais) e R$ 12.000,00 (doze mil reais), a depender do porte do estabelecimento e das circunstâncias da infração, tendo seu valor atualizado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, ou outro índice que venha substituí-lo.

O descumprimento pelos estabelecimentos públicos de ensino ensejará a responsabilização administrativa dos profissionais diretamente implicados nos atos e de seus dirigentes, em conformidade com a legislação aplicável.

*Com informações da assessoria

Nesta quinta (28), quando se é celebrado o Dia do Servidor Público, servidores de diversas áreas se concentraram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), para um ato contra a reforma administrativa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais de Pernambuco, a mobilização teve como objetivo chamar atenção da população e de parlamentares para a defesa dos direitos desses profissionais. 

Com faixas e cartazes, os servidores reuniram-se em frente da Alepe por volta das 9h desta quinta (28) em uma mobilização que acontece a nível nacional. A aposentada da área da educação e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de PE, com mais de três décadas de serviço público, Ivete Caetano, falou sobre a importância do ato. “Hoje é o Dia do Servidor e da Servidora Pública que colocam todo seu fazer profissional à serviço da população, à serviço das políticas públicas, às serviço de todas as políticas sociais que são direito da população. Esse direito tá sofrendo um ataque como nunca sofreu na nossa história. Um ataque aos direitos fundamentais, aos direitos humanos nesse momento, principalmente da saúde e da educação”. 

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A presidente disse também que “a luta em defesa do serviço público” tem sido constante e que em 31 anos de atuação viu diferentes governos praticarem ataques aos direitos previstos na Constituição de 1988. “A gente vê como uma coisa muito permanente que a luta pela defesa das políticas públicas e sociais não acaba, é permanente. Em alguns governos, como nos governos Lula, a gente respirou porque teve mais avanços que a constituição de 88 já havia consolidado. Mas os governos que se sucederam foram governos de retirada de direitos, de sucateamento, de estado mínimo de privatização. Nós estamos à disposição da sociedade para garantir esse bem maior à sociedade que são os direitos sociais”. 

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Também presente no ato, o presidente da CUT, Paulo Rocha, afirmou que a reforma da PEC 32 atinge não só aos servidores, mas também, à população. “Pode todo o serviço público ser repassado para a iniciativa privada com fins lucrativos. A iniciativa privada não vai fazer pra não ter lucro. Então vai ter escola lá no interior, hospital lá longe sem perspectiva de lucro? Isso prejudica a população”. 

Para Rocha, o objetivo da reforma seria “acabar com o serviço público” e “retroagir ao que era antes da Constituição de 1988”. Ele falou, ainda, sobre a estabilidade dos servidores, ameaçada pela proposta. “O servidor público precisa de estabilidade para garantir que o serviço continue, independente de quem for. Retirar a estabilidade é impedir que o servidor público faça as coisas como tem que ser feita. (Veja) o exemplo do delegado que denunciou a venda ilegal de material, o exemplo do fiscal que autuou Bolsonaro quando era candidato porque tava pescando em local proibido. Eles querem retirar a estabilidade para permitir que determinados políticos e pessoas de poder econômico façam e desfaçam do Brasil, independente do povo”. 

Participam do ato no Recife profissionais da administração, educação, assistência social e metalúrgicos. Eles fizeram uma breve caminhada até à Rua da Aurora como parte da mobilização que acontece a nível estadual e nacional articulada com os sindicatos em Brasília, que fazem pressão no Congresso nesta quinta (28). 

A reforma, proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido), já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) e agora precisa ser aprovada em dois turnos no plenário, com três quintos dos votos. Em caso de aprovação, ainda será necessário passar pelo Senado Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete colocar a PEC 32 em votação no plenário da Casa até novembro. 

*Com informações de Vitória Silva

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou, na tarde desta segunda-feira (27), uma audiência pública para tratar da obrigatoriedade da vacinação para os servidores do estado. A pauta está prevista no Projeto de Lei 02661/2021, de autoria do governador Paulo Câmara (PSB). Contrário à proposta por "ferir o artigo quinto e a liberdade individual", o deputado Alberto Feitosa (PSC) solicitou a reunião, que contou com a presença de membros da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) e da Comissão de Saúde e Assistência Social da Casa.

Participaram também os advogados Marcela de Melo e Marcelo Casseb, contra e a favor do parecer que trata do "passaporte sanitário", respectivamente; o professor de Bioética, Hermes Nery; e a médica bolsonarista Maria Emilia Gadelha. Gadelha é reconhecida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e nas suas redes sociais, é abertamente contra a vacinação, ao considerar os imunizantes não como "vacinas", mas "experimentos". Para representar o Governo do Estado, compareceu à reunião a médica Patrícia Ismael. 

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Por último, os parlamentares presentes na sessão se posicionaram sobre o passaporte sanitário e aproveitaram para declarar voto aberto extra-oficial, uma vez que a votação ainda será marcada. O relator do parecer, deputado João Paulo (PCdoB), foi o primeiro a prestar suas considerações. 

“Estamos em meio a uma visão de imunidade de rebanho, protagonizada pelo presidente da República. Não sei como tem coragem de defender essa posição após quase 600 mil mortos. Isso sim fere os direitos individuais. Acho que o presidente deveria ser barrado nos Estados Unidos e multado pela ONU pela vergonha mundial que passamos. O Supremo Tribunal Federal foi chamado a analisar a constitucionalidade do referido dispositivo, pela funcionalidade da vacinação compulsória segundo alguns requisitos. A vacinação não significa vacinação forçada, podendo ser complementada por medidas indiretas, às quais compreende, dentre outras,a restrição ao exercício de certas atividades ou frequência em determinados lugares”, declarou o relator. 

O deputado Alberto Feitosa (PSC), que convocou a audiência pública, declarou no seu tempo de defesa do voto que a vacina é um “experimento” e que não é contra a vacinação, além de ser se vacinado junto à toda a sua família, mas que cobrar imunização dos servidores fere a liberdade individual e que proibi-los de frequentar o local de trabalho também fere a liberdade laboral; ambos os tópicos previstos nos artigos 4º e 5º da Constituição Federal. 

“Não sou contra, de livre e espontânea vontade, a pessoa se vacinar, mas é importante levar em conta que se trata não de uma vacina e sim de um experimento vacinal, como disse a doutora Marília Gadelha. Estamos subnotificando as pessoas já vacinadas e que estão indo a óbito. Esse projeto cria sanções. A obrigação a exames e experimentos científicos é pertinente ao nazifascismo. Essas têm como pressupostos ferir a liberdade do indivíduo. Este é um projeto nazifascista. Deveria, sim, o legislador, criar medidas no direito positivo para estimular as pessoas a se vacinar”, disse Feitosa. 

Pouco depois, o presidente da sessão, o deputado Waldemar Borges (PSB), informou que a comunidade judaica de Pernambuco entrou em contato com a Alepe durante a reunião e repudiou as comparações feitas com o nazifascismo. Borges, ao final da audiência, também confirmou que votará positivo ao parecer e lamentou que ainda seja necessário discutir “questões que foram superadas no início do século passado”. 

Mais um depoimento a favor do parecer e da vacinação completa da população foi a deputada Priscila Krause (DEM), que faz oposição ao governo de Paulo Câmara. Com um relato pessoal, falando sobre a morte de sua mãe, a parlamentar se emocionou e chamou de “antiética” a não-vacinação. 

“Depois de mais de 600 mil mortes no país, quando se encontra um caminho de sobrevivência não para o país, mas para a humanidade, nós ainda temos que ficar debatendo e escutando determinadas posições e justificativas para um posicionamento que em nada tem a ver com liberdade. Não se vacinar é antiético do ponto de vista da convivência social e coletividade. Não tem como falar de liberdade se a gente não entende com clareza a função e a importância do poder coercitivo do Estado. O Estado não pode usar o seu poder para forçar o cidadão a se vacinar, seja qual for a vacina, embora a vacina seja obrigatória no Brasil. Mas ele pode usar esse poder para impedir que alguém provoque um dano ao outro. É dentro dessa lógica que se coloca a função da vacinação. É uma lição primária sobre a liberdade: a liberdade de um termina quando começa a liberdade do outro. Eu admitiria discutir isso se estivéssemos falando de uma doença que não fosse letal individualmente e coletivamente catastrófica”, pontuou Krause, que também ressaltou a questão do contágio da Covid-19 e a eficácia de todas as vacinas disponíveis, com um bom “padrão de segurança”. 

Além de Krause, João Paulo e Waldemar Borges, também foram a favor da obrigatoriedade os deputados Tony Gel (MDB), Isaltino Nascimento (PSB) e Antônio Moraes (PP). Nenhum outro parlamentar participou da discussão. 

O PL contempla empregados públicos, militares, contratados temporários e prestadores de serviço. A partir dele, a obrigação torna-se obrigatória para os grupos citados, e aqueles que não apresentarem o comprovante de imunização completa, serão impedidos de permanecerem nos seus locais de trabalho e receberão faltas até a regularização vacinal e podem chegar à demissão.

A edição do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco, desta sexta-feira (24), traz a publicação da Lei nº 17.404, de autoria da deputada estadual Priscila Krause (DEM), que proíbe o ensino ou abordagens negacionistas ou revisionistas sobre o Holocausto.

De acordo com a publicação, a norma é direcionada ao Sistema Estadual de Educação Básica, ou seja, vale para instituições públicas, municipais e estaduais, e privadas de Pernambuco dos ensinos infantis, fundamental e médio. Além disso, o ensino ou abordagem acerca do Holocausto "deverá ter por objetivo informar e refletir com os discentes sobre os crimes de lesa-humanidade perpetrados no Estado Alemão Nazista durante a Segunda Guerra Mundial contra os judeus e outros grupos também discriminados, bem como sobre as razões geopolíticas e sociais". 

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A lei foi promulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eriberto Medeiros (PP) e já está em vigor. Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Educação de Pernambuco enviou uma nota, por meio da assessoria, sobre a Lei. "A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) informa que vai analisar todos os detalhes da Lei para avaliar os projetos que serão desenvolvidos para atender a demanda".

A deputada estadual Dulci Amorim (PT) criou o Projeto de Lei (002188/2021), que visa garantir em Pernambuco o fornecimento gratuito de absorventes higiênicos nas escolas públicas, unidades básicas de saúde, unidades prisionais e outras instituições pernambucanas que sejam públicas. 

O PL está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), mas ainda não há previsão para entrar em votação. “Eu, como mulher e mãe de três filhas, sei da importância que é chegar o nosso ciclo menstrual e termos absorventes para usar. Mas tem muitas pernambucanas que não têm acesso a isso, e aí eu estou falando de jovens que frequentam as escolas e até de pessoas já na idade adulta, que não tem acesso justamente por falta de recursos financeiros”, explicou a petista.

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Dulci complementa que “com essa preocupação, apresentamos o projeto de lei que prevê a distribuição de absorventes nas unidades prisionais, escolas e postos de saúde, como em outras instituições pernambucanas que sejam públicas.  Com isso queremos melhorar a qualidade de vida da mulher. Com certeza você, homem, não passa por isso, mas sua mulher e sua filha passam”, pontuou a deputada, pedindo apoio da população para o seu projeto.

O presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros, sancionou a lei de autoria das Juntas codeputadas (PSOL) que altera a Lei n°16.241 incluindo o artigo 274-B, e visa promover o dia 23 de setembro como Dia Estadual da Visibilidade Bissexual.

As Juntas afirmam que a data tem o objetivo de promover reflexões sobre a cidadania das pessoas bissexuais, reforçando a luta, existência e demandas. 

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"Além de sofrerem com o constante questionamento quanto à sua existência como uma sexualidade válida e real, bissexuais são incessantemente associados a uma série de estereótipos negativos por uma sociedade que não aceita quaisquer formas de afetividade que fujam à monossexualidade", explicam as codeputadas.

Nesse sentido, a mandata das Juntas propõe que o dia 23 de setembro seja comemorado como o Dia Estadual da Visibilidade Bissexual. A data é comemorada mundialmente neste dia, e foi instituída na 22ª Conferência da International Lesbian and Gay Association – Associação Internacional das Lésbicas e Gays (ILGA), em 1999.

O deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP) anunciou que fez um requerimento pedindo que não tenha carnaval em Pernambuco por conta da pandemia da Covid-19.

"Nós sabemos que não tem condições de haver Carnaval. Fizemos um apelo às prefeituras também, no sentido de que eles possam ajudar os promotores e trabalhadores", afirma o deputado.

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Collins pede que os prefeitos possam ajudar financeiramente as pessoas que trabalham diretamente no Carnaval. Ele propõe que esse grupo possa receber uma ajuda antecipada do governo para que depois, quando tudo estiver normalizado, eles prestem o serviço.

"Entendemos que o momento é muito complicado para o nosso país e para o mundo e espero que o governo tenha essa sensibilidade de cancelar o Carnaval", pontua.

Nesta quarta-feira (18), o Governador Paulo Câmara (PSB) enviou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei que visa fortalecer e ampliar as feiras agroecológicas do estado. A proposta institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, com foco na promoção da agroecologia e fortalecimento do sistema orgânico de produção agropecuária.

O Governo de Pernambuco afirma que a Política Estadual de Agroecologia atende uma demanda antiga dos movimentos sociais do campo, da agricultura familiar e da agroecologia. 

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A proposta, segundo a gestão estadual, também dialoga diretamente com o Programa de Alimentação Saudável do Nordeste (PAS/NE), instituído em agosto deste ano pelo Consórcio Nordeste como forma de valorizar a agricultura familiar e a alimentação saudável, "indo de encontro à política de intensificação do uso de agrotóxicos adotada pelo Governo Federal", aponta.

O documento abrange desde a transição da agricultura familiar tradicional para a agricultura de base agroecológica até as políticas de crédito rural, fortalecimento dos espaços de comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos, desenvolvimento de pesquisas e tratamento tributário diferenciado para os produtos orgânicos e agroecológicos.

“Com a Política Estadual de Agroecologia, passamos a ter uma atuação ampla, abrangendo desde a produção à comercialização dos produtos orgânicos. A partir do Plano Estadual de Agroecologia vamos atuar intensamente para interiorizar esses espaços de comercialização de alimentos saudáveis e incentivar a transição de agricultores e agricultoras da produção tradicional para a produção agroecológica”, destaca Dilson Peixoto, secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco.

Foi aprovado, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto de Lei nº 1015/2020, que visa a suspensão dos prazos de validade de concursos públicos enquanto durar o Estado de Calamidade Pública decretado em decorrência da pandemia de Covid-19. 

O objetivo do projeto é impedir que o prazo de validade dos concursos continue correndo durante o Estado de Calamidade, período em que muitos órgãos poderão ficar impossibilitados de convocar os aprovados por precisar disponibilizar recursos para outras prioridades que vieram com o surgimento da doença e a necessidade de combatê-la.

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O texto, que já foi aprovado em duas votações pelo Plenário da casa nesta quinta-feira (16), segue agora para sanção do Governador do Estado, Paulo Câmara (PSB). "Surge a pandemia, esse estado de excepcionalidade e a gente é obrigado a tomar essas medidas. (...) A nossa luta com os concursados começa aqui, com a aprovação desse projeto, porque ainda temos uma longa estrada para caminhar com eles até a nomeação", disse a deputada Gleide Ângelo, autora da proposta, durante a sessão plenária, realizada remotamente.

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Nesta terça-feira (4), a Comissão de Justiça da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 770/2019, que busca fazer com que o município de Goiânia, inserido na Região Metropolitana do Recife desde 2017, retorne à região administrativa da Zona da Mata Norte de Pernambuco. A iniciativa é do deputado Isaltino Nascimento (PSB). 

“A permanência de Goiana na RMR achata as possibilidades, invisibiliza sua pujança e importância, reduz sua autonomia e, pior, precariza seu papel como protagonista, conferindo ao chefe do Poder Executivo municipal apenas ‘peso 2’ nas votações no Conselho de Desenvolvimento Metropolitano, enquanto o Recife possui 17, Jaboatão tem 8 e Paulista, 4”, justificou Nascimento.

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Relator da matéria no colegiado, o deputado Tony Gel (MDB) afirmou que, diferentemente do esperado, na prática, a transferência não se mostrou benéfica. Ele citou, como exemplo, o incentivo fiscal do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe): enquanto municípios da Zona da Mata contam com uma alíquota de 85% de desconto sobre o saldo devedor do ICMS, os da Região Metropolitana fazem jus a 75%. “Isso representa um prejuízo para a instalação de novos empreendimentos”, acrescentou.

A deputada Teresa Leitão (PT) pontuou, ainda, a proximidade cultural de Goiana com os demais municípios da região administrativa original. “É importante que as riquezas produzidas nessa cidade sejam investidas na própria Mata Norte e não, transferidas para o Recife”, acrescentou Antônio Moraes (PP).

A inclusão de Goiana na RMR foi proposta pelo então deputado estadual Ricardo Costa e aprovada na Alepe após intenso debate. Os defensores da mudança visavam que a gestão de serviços, como transporte público e destinação de resíduos sólidos, fosse feita de forma articulada na nova região administrativa. O município está situado a 62 quilômetros de distância do Recife, tem população estimada em quase 80 mil habitantes e possui PIB aproximado de R$ 3,8 bilhões.

*Da assessoria

Foi realizado nesta terça-feira (17), uma solenidade em memória do ex-vereador do Recife, Carlos Gueiros. A homenagem, proposta pelo deputado Marco Aurélio (PRTB), foi realizada no auditório Senador Sérgio Guerra, na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Gueiros faleceu em novembro deste ano na cidade de São Paulo, onde estava internado e teve como causa de sua morte um problema cardíaco. 

Participaram da solenidade a deputada estadual Priscila Krause (DEM), que também presidiu a mesa, e os vereadores do Recife, Eduardo Marques (PSB), Gilberto Alves (PSD) e Chico Kiko (PP), além do superintendente da Escola Legislativa da Alepe, José Humberto Cavalcanti. 

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Antes de morrer, Carlos Gueiros exercia seu sétimo mandato consecutivo como vereador do Recife, tendo sido eleito pela primeira vez em 1992. Empresário do setor de transportes e com formação em Contabilidade e Administração de Empresas, ele presidiu durante seis anos consecutivos a Comissão de Redação da Câmara de Vereadores do Recife.

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Depois de aprovado na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em primeira discussão, o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 830/2019, que aumenta de 13,5% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores estaduais, a deputada estadual Teresa Leitão afirma que não foi votado uma Reforma da Previdência de Pernambuco. “O que foi votado foi a adaptação de três aspectos pontuais relacionados a Emenda Constitucional 103/2019. A Reforma da Previdência é uma coisa muito mais profunda. O projeto que veio, por exemplo, não mexeu com o tempo de aposentadoria, idade para se aposentar, integralidade e paridade de proventos. Nada disso foi mexido, como é uma reforma?”, indaga a parlamentar.

A emenda citada pela petista prevê que os Estados com recursos insuficientes para cobrir os compromissos assumidos com os aposentados – ou seja, com déficits atuariais no sistema previdenciário, como é o caso de Pernambuco – não podem ter alíquotas previdenciárias menores que as da União, sob risco de sofrer penalidades.

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Teresa salienta que o que os parlamentares fizeram foi dar condições para que o registro da previdência estivesse devidamente atualizado. “Se fosse a Reforma da Previdência igual a de Bolsonaro, o PT não teria votado a favor”.  Ao todo, 27 deputados foram favoráveis ao projeto do Executivo, aprovado juntamente com a Emenda n° 2 da deputada Priscila Krause (DEM), que adia para 31 de julho de 2020 o início da vigência da nova alíquota.

Foi aprovado nesta última quarta-feira (4), em segunda votação pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o projeto de lei número 741/2019 que determina a substituição dos ônibus com mais de 8 anos de vida útil. Desses, pelo menos 70% dos que entrarão em uso entre 2020 e 2023 terão que ser equipados com ar-condicionado. A obrigatoriedade vale para todos os veículos da Região Metropolitana do Recife.

O projeto foi enviado pelo Governo do Estado à Alepe, após ser aprovado requerimento dos conselheiros Pedro Josephi e Márcio Morais no âmbito do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). No requerimento, os conselheiros, que também são coordenadores da Frente de Luta pelo Transporte Público, justificaram a necessidade de uma legislação que valesse para todo estado e não apenas para Recife e Olinda, que criaram legislações semelhantes.

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De acordo com Pedro Josephi, foi apresentado no início do ano um requerimento ao CSTM para que o Governo enviasse um Projeto de Lei estabelecendo a obrigatoriedade de ar-condicionado em todos veículos de todos os municípios do Grande Recife. “As legislações de Olinda e Recife atingiam percentual pequeno da frota, onerava consideravelmente a tarifa e repassava para todos os usuários, mesmos os não beneficiados. O Governo abriu consulta pública e atestou a vontade da população”, comenta Josephi.

De acordo com os cálculos feitos pela Frente de Luta Pelo Transporte Público, Essa determinação poderá causar um impacto de até 5 centavos nas tarifas. “Diferente dos 30 centavos para aplicação da legislação municipal. Além disso, agora a vida útil de um ônibus caiu de 10 para 8 anos. Um avanço”, pontua o conselheiro. O projeto segue agora para a redação final e depois para a sanção do Governador Paulo Câmara.

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