Oposição será firme contra a volta da CPMF, garante líder

Segundo o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) o país "não aguenta mais pagar a conta do desastre da gestão fiscal" da presidente Dilma Rousseff

por Giselly Santos sex, 29/01/2016 - 16:12
Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo Para o pernambucano, a CPMF é um 'filho que gasta toda a sua mesada e pede aumento' Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo

Prestes a reiniciar as atividades legislativas no Congresso Nacional, o líder da oposição na Câmara Federal, deputado Bruno Araújo (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira (29), que o enfrentamento das oposições contra a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será "muito firme". Segundo o tucano, o país "não aguenta mais pagar a conta do desastre da gestão fiscal" do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A petista voltou a defender a retomada do imposto, como forma de amenizar o impacto da crise econômica nacional, nessa quinta-feira (28).  

Apesar de reconhecer que a CPMF atendeu interesses de gestões do PSDB, o parlamentar disse que nos governos do PT os recursos do tributo, que deveriam ter sido destinados à saúde, terminaram bancando o inchaço da máquina pública. "Não há nenhuma credibilidade da presidente, que impôs o descontrole das contas públicas, pedir um novo tributo ao país e exigir esse esforço. O governo deveria apresentar ao país um grande corte em suas despesas, como qualquer orçamento doméstico de quem não fecha suas contas e precisa fazer para ajustá-las. E isso o governo não apresentou à sociedade brasileira até esse momento", frisou.

Para o pernambucano, a CPMF é um “filho que gasta toda a sua mesada e pede aumento”. "Tenho certeza de que não há ambiente na Câmara dos Deputados para concessão da CPMF. Nós faremos o enfrentamento muito firme em relação a isso”, frisou, lembrando que não acredita em um possível acordo da oposição com o governo para um projeto alternativo a retomada do imposto.

"Entendemos que momento é grave e chama todos nós, inclusive a oposição, a discutir uma agenda que aponte saídas para os problemas do futuro. Mas falta à Presidência da República uma presidente. Um líder que ponha uma agenda na mesa e aponte soluções para o Brasil”, disse. “A reforma da previdência pode ser uma dessa posições. Agora é bom lembrar que enquanto a presidente Dilma anuncia a possibilidade de enviar um projeto de reforma da previdência ao Congresso Nacional, as bancadas petistas na Câmara e no Senado já avisam que vão operar contra”, complementou.

 

 

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