Paulo Câmara pede que os 'ânimos sejam apaziguados'

Vice-presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco classificou o impeachment como uma 'medida extremamente traumática'

por Giselly Santos qui, 12/05/2016 - 11:15

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu, nesta quinta-feira (12), que os “ânimos sejam apaziguados” com a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e o diálogo possa ser restabelecido. De acordo com o pessebista, apenas assim, a pacificação nacional e a retomada do crescimento do país será possível.

“Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer”, salientou, em nota encaminhada à imprensa, lembrando que esta tese é pregada por ele há um tempo. 

Sob a ótica do governador, “precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros”. “Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes”, cravou, colocando-se à disposição de Michel Temer.

O vice-presidente nacional do PSB classificou também o impeachment como uma “medida extremamente traumática” e um fato que não é “singelo e confortável”. Paulo Câmara lembrou ainda a definição do PSB de não indicar nem chancelar nomes para o novo governo. 

Veja a nota na integra:

"A admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado Federal seguiu as normas constitucionais e o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em que pese essa ser uma medida extremamente traumática. 

Como afirmei anteriormente, não é algo singelo e confortável o fato de em um período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República. 

Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer. Não é de hoje que prego esse caminho, por acreditar que o desarmamento dos espíritos é fundamental para superar a maior crise econômica desde o início da década de 1930. 

Precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros. Estou à disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes. 

O meu partido, o PSB, em decisão tomada pela maioria da Executiva Nacional, decidiu não indicar e nem chancelar nomes para o novo Ministério. No entanto, o PSB ajudará em todas aqueles propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil, tornadas públicas por ocasião das eleições presidenciais de 2014, primeiro pelo saudoso Eduardo Campos e, posteriormente, por Marina Silva. O PSB nunca vai desistir do Brasil. 

Paulo Câmara 

Governador do Estado de Pernambuco" 

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