Krause: ''o Recife não precisa de um prefeito secretário''

Democrata alfinetou a atuação do prefeito Geraldo Julio (PSB) e disse que a cidade ''necessita de um líder''

por Giselly Santos qua, 24/08/2016 - 14:50
Líbia Florentino/LeiaJáImagens Priscila Krause ainda falou sobre as alianças políticas e que não terá medo de, em uma eventual vitória, governar com divergências Líbia Florentino/LeiaJáImagens

A candidata a prefeita do Recife, Priscila Krause (DEM), disparou contra a atuação de Geraldo Julio (PSB) diante dos gargalos enfrentados pela cidade no âmbito do planejamento urbano e no que diz respeito aos constantes problemas da capital. Sem citar nomes, durante o debate promovido pelo Sindicato de Arquitetos e Engenheiros de Pernambuco e o Clube de Engenharia de Pernambuco, a democrata discorreu sobre o papel de um prefeito e disse que a gestão do Recife precisa de “um líder”.

“O Recife não é para ter prefeito que é secretário não. É para ter prefeito que é líder. O papel do prefeito é liderar o processo”, disparou, pontuando que em comitês e consórcios, como o que trata da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, devem ser integrados pelo próprio gestor e não por auxiliares. 

Durante o encontro, o número de cargos comissionados da atual administração e os acordos políticos para a construção dela também foram mencionados. Tendo como base a Empresa de Urbanização do Recife (URB) e a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), a democrata salientou que o “quadro funcional da prefeitura é uma coisa impressionante, pode comparar com qualquer prefeitura do país, temos os melhores técnicos”. 

No entanto, ressaltou que o modelo divisional terá que ser modificado. “A Emlurb tinha na sua origem quatro diretorias e hoje tem 14 e é pior do que antes, quando só tinha quatro.  O modelo está equivocado e a gente vai romper, a gente vai bater de frente, vamos cortar e diminuir. A máquina tem que atender os interesses da cidade, esta é a lógica”, argumentou.

Priscila Krause ainda falou sobre as alianças políticas e que não terá medo de, em uma eventual vitória, governar com divergências. “A política não pode ser unânime. Ela se constrói a partir do dissenso”, cravou. 

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