Grazziotin diz que 'ninguém vai para o matadouro calado'

"Vamos debater até no último momento. Isso é um golpe, cravou a senadora

por Taciana Carvalho sex, 26/08/2016 - 17:58
Edilson Rodrigues/Agência Senado

O auditor de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos Costa D’Ávila disse, na quinta-feira (25), na posição de testemunha do julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff (PT), declarou que as "pedaladas fiscais" do governo da presidente afastada causaram um "dano muito grande" ao país. Na tarde desta sexta-feira (26), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), no Senado Federal rebateu: “O auditor D´Ávila contribuiu com a elaboração da representação do Tribunal de Contas da União. Ele deu o primeiro parecer técnico acatando algo que ele mesmo ajudou a fazer”, disparou.

“Descumprimento de meta fiscal é crime? Que lei diz isso? E onde se diz que deve ter essa punição rigorosa? Estão substituindo a vontade popular e não podemos ouvir isso calado. Ninguém vai para o matadouro calado. Vamos debater até no último momento. Isso é um golpe, cravou a senadora.

Vanessa questionou se o ato praticado pela presidente Dilma por ser imputado como crime de responsabilidade com relação ao plano safra. "Gostaria de fazer um bom debate porque é professor do direito, da área penal, uma área importante. Querem incriminar Dilma", disse Grazziotin, referindo-se ao consultor jurídico Geraldo Prado, testemunha de defesa da presidente afastada.

Humberto Costa (PT) também se posicionou, no Senado, contra a condenação de Dilma. "Toda fundamentação do impeachment é porque ela (Dilma) não fez contingenciamento de gastos maior do que fez em 2015. Quem considera que houve contingenciamento inadequado, pode alguém pedir impedimento da presidente por essa razão”, questionou. 

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