"Não tinha santo", diz governador sobre presos mortos
José Melo também avalia que a administração do presídio por uma empresa privada deu bons resultados
![Parentes das vítimas do lado de fora do Compaj MARCIO SILVA/AFP](/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/politica/2017/01/000_JJ7G9.jpg?itok=bL5lTO0q)
Em entrevista concedida nesta quarta-feira (4) à Rádio CBN, o governador do Amazonas, José Melo (PROS), disse que "não tinha nenhum santo" entre os 56 presos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O governador opinava sobre os comentários do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que a maior parte dos mortos não fazia parte de facções criminosas.
"Eu não sei, não fazer nenhum comentário sobre o que o ministro falou. O que sei te dizer é que não tinha nenhum santo. Eram estupradores, pessoas que eram matadores, que estavam lá dentro do sistema penitenciário e pessoas ligadas à outra facção que é minoria aqui no Estado do Amazonas", comentou o gestor.
José Melo disse que os integrantes que restaram da menor facção foram retirados na terça-feira (3) e segregados na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, que estava desativada. Até a noite da terça, 156 presos haviam sido transferidos.
Por fim, o governador disse que não pensa em romper o contrato com a empresa responsável pelo presídio em que houve a chacina. "Deu bom resultado. Já está aí há seis anos e o primeiro fato que aconteceu foi agora. O que precisa é aprimorar cada vez mais o sistema, colocando também Polícia Militar para estar em pontos estratégicos", complementou.