Em Brasília, militantes se reúnem para pedir 'Diretas Já'

A concentração do ato "Ocupa Brasília" iniciou por volta das 11h, além de pedir o adiantamento das eleições, os movimentos e sindicatos também são se colocam contra a aprovação das reformas

por Giselly Santos qua, 24/05/2017 - 11:54
Francisco Proner Ramos / Mídia NINJA Ato vai em caminhada até o Congresso Nacional Francisco Proner Ramos / Mídia NINJA

Centenas de militantes e sindicalistas de diversos estados brasileiros já se concentram em frente ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para uma manifestação contra a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, pedindo a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e a favor do adiantamento das eleições gerais, caso o presidente  deixe o governo. 

O ato é organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, juntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e partidos como o PSOL e PT. O movimento pela saída de Temer do comando do país tomou fôlego após a delação dos donos e executivos da JBS. Em uma conversa com o dono da empresa, Joesley Batista, o presidente aparece dando o aval para que seja mantida uma mesada que é paga para que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), fique em silêncio diante da investigação da Lava Jato. 

A concentração do ato intitulado “Ocupa Brasília”, iniciou por volta das 11h, a expectativa é de que às 16h o grupo esteja em frente ao Congresso Nacional para reivindicar as pautas. 

Na manhã de hoje, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu que é necessário eleições diretas ainda este ano. "Para nós, 'Fora, Temer' virou passado. Não adianta sair Temer e entrar Meirelles, Carmem Lúcia ou Rodrigo Maia. O que interessa são Diretas Já", afirmou.

Por outro lado, o deputado Paulinho da Força afirmou que "está todo mundo esperando o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)" para saber se eleições diretas seriam viáveis. Paulinho acha que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição prevendo eleições diretas é "muito difícil" e "impeachment inviável".

"Sou especialista em impeachment, são oito ou nove meses duração. Não dá para imaginar que terá impeachment (de Temer)", afirmou Paulinho. "Independente se governo saia ou fique, governo tem que levar em conta o povo", completou. 

*Com a Agência Estado

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