A prova da inocência é muito robusta, diz advogado de Lula

Cristiano Zanin deixou claro que a defesa vai recorrer da decisão

por Giselly Santos qui, 13/07/2017 - 11:34
Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo Indagado se pretende buscar meios internacionais para defender o ex-presidente, o advogado disse que já há 'um comunicado feito a ONU', mas não é este o foco Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo

Advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin falou com jornalistas na manhã desta quinta-feira (13), antes da coletiva do petista, e reforçou a tese de que “não há prova de culpa” que sustente a sentença do juiz Sérgio Moro. No documento, o magistrado condenou o ex-presidente a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, além disso Lula também ficou proibido de assumir cargos públicos. 

Zanin deixou claro que a defesa vai recorrer da decisão. “Ainda não existe uma definição do recurso que será interposto, mas sabemos que a decisão é injusta, contém vários erros jurídicos e não levou em conta as alegações da defesa. É certo que ela será impugnada, agora a definição do recurso será tomada nos próximos dias”, declarou. 

Indagado se pretende buscar meios internacionais para defender o ex-presidente, o advogado disse que já há “um comunicado feito a ONU”, mas não é este o foco. “Mas por outro lado temos aqui [no Brasil] os recursos previstos em Lei até que seja reconhecida a inocência do presidente Lula. Acreditamos que isso vai ocorrer, porque a prova da inocência é muito clara e robusta”, observou. “Não há prova da culpa. Ambas as acusações não foram provadas pelo Ministério Público”, acrescentou. 

A coletiava de Lula estava prevista para iniciar às 11h, mas até o fechamento desta matéria ainda não havia iniciado. No processo em que foi condenado, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo a Lava Jato, a empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas ao ex-presidente em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. 

A condenação de Lula é em primeira instância. Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal, em segunda instância, ele será preso e poderá ficar inelegível. 

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