"Quero ver quem votou contra Dilma votar a favor de Temer"

A afirmação é do deputado federal Silvio Costa (PTdoB). Segundo ele, tanto a ex-presidente quanto o Michel Temer foram acusados de corrupção e devem ter o mesmo peso de avaliação na Câmara Federal

por Giselly Santos ter, 25/07/2017 - 16:10
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Silvio Costa também afirmou que a estratégia da oposição mudará para a votação prevista para o dia 2 de agosto Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Na expectativa do retorno aos trabalhos legislativos e da votação sobre a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) afirmou, nesta terça-feira-feira (25), que quer ver os parlamentares que admitiram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), acusando-a de corrupção, votarem contra o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Citando os ministros pernambucanos, como o das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), que na época proferiu o voto 342, Costa pontuou querer ver o argumento dos  que chamou de “golpistas”  para apoiar o peemedebista. 

“Eles votaram pelo impeachment de Dilma aconsando-a de corrupção. Esse ministro Bruno Araújo mesmo, que disse que votaria pelo futuro e pelo Brasil, quero ver ele votar agora a favor de Temer. Ele não sempre pregou a ética? Quero ver agora. os quatro ministros de Pernambuco dizerem sim ao presidente Temer”, cravou, ao conversar com a imprensa antes de participar da abertura do IV Congresso Pernambucano de Municípios, no Centro de Convenções, em Olinda. 

Silvio Costa também afirmou que a estratégia da oposição mudará para a votação prevista para o dia 2 de agosto. “Tivemos que reavaliar a estratégia exatamente como instrumento de pressão em cima daqueles que defendem a Temer. Falei com uns 100 deputados e percebi, naqueles que defendem Temer, que existe um certo receio [da reação da população]. Vai ser um divisor de águas [para a disputa eleitoral de 2018]”, observou. “Já estou entendo que infelizmente, infelizmente, não vamos conseguir os 342 votos, mas vamos partir para a tese do constrangimento”, acrescentou. 

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