Tópicos | PTdoB

A notícia que mais repercutiu na política brasileira, nesta sexta-feira (19), foi o anúncio feito pelo senador Fernando Collor de Mello (PTC) de que é pré-candidato à Presidência da República na eleição deste ano. O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) é um dos políticos que falou sobre a novidade. Em entrevista ao LeiaJá, o parlamentar disse que ele “não tem a menor condição” nem política e nem eleitoral de vencer. 

“Uma coisa é ele querer ser presidente, a outra é poder ser presidente. Eu acho que a experiência que o Brasil teve com Collor não foi uma boa experiência e eu acho que ele sabe que não tem a menor condição nem política e nem eleitoral. Ele vai ter dificuldade em construir a candidatura, agora respeito o direito dele se lançar candidato”, declarou. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre a possibilidade dele vencer Lula como na eleição de 1989, Silvio falou que são situações bem distintas. “Collor venceu Lula, em 89, com um discurso muito parecido com que as pessoas estão querendo hoje. O discurso é que ele era o salvador da pátria, que ele era um caçador de marajás, um caçador de corruptos. Collor dizia que era um homem que ia combater a corrupção, que ia botar os corruptos na cadeia. Em suma, esculhambava todo mundo, só ele que era sério”. 

“Naquela época o candidato do setor produtivo de 89 era Mário, o setor tinha medo de Lula e tinha medo de Brizola, então apostaram tudo em Mário Covas, quando ele começou a desidratar, a grande mídia e parte do setor produtivo apostaram em Collor. Então, Collor deu no que deu”, disse o deputado. 

Silvio Costa salientou que as pessoas se decepcionaram com Collor. “Dificilmente as pessoas votam em algum político que provocou decepção. Acho difícil que Collor alavanque essa candidatura. Evidentemente que na Constituição quem tem os seus direitos políticos em dia pode ser candidato, mas parece que ele tem graves problemas na Justiça”, concluiu. 

Vice-líder da oposição, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) afirmou, nesta quarta-feira (2), que a houve um erro na estratégia adotada pela bancada. Segundo ele, o colegiado deveria ter prezado pelo silêncio. “Houve um erro terrível de parte da oposição. O maior discurso da oposição hoje seria o silêncio. Seria apenas um deputado da oposição falando e fazendo as questões de ordem”, afirmou o vice-líder no Salão Verde, antes do início da sessão.

Apesar de pregar o silêncio, durante a sessão Costa também expôs seus argumentos, disse que a base aliada do governo está “oficializando a corrupção no Brasil” e “desrespeitando o Ministério Público”.

##RECOMENDA##

“A frase que eu mais ouvi agora pela manhã foi ‘olha Silvio, vocês perderam o impeachment porque vocês são amadores, vamos ganhar hoje porque somos profissionais’. É verdade. Vocês venceram, são realmente profissionais da má política, da apoteose à corrupção, do funcionalismo. Michel Temer cometeu crime de prevaricação, conluio, corrupção e estão deixando Michel Temer aqui. Estão desonrando a Câmara dos Deputados. Nunca me senti tão bem em ser amador”, declarou. 

Com um discurso duro, Silvio Costa também questionou sobre a possibilidade de Temer ser condenado quando concluir o mandato, em 2019. “Se amanhã termina o mandato dele e é condenado por corrupção, mas com que cara vamos olhar para o país?”, indagou. “Vocês estão oficializando a corrupção no Brasil. O rouba, mas faz”, acrescentou. 

Outra crítica de Silvio Costa foi sobre a liberação de ministros do governo que são deputados para votar em Plenário, negociando, segundo ele, cargos. “Lamentavelmente ganhou a corrupção. Lamentavelmente, eles vão conseguir os 342 votos mais rápido do que imaginavam. Agora não esqueçam, vocês depois podem ser condenados por formação de quadrilha”.

Neste momento, iniciou a fase de encaminhamento dos líderes da Casa para as bancadas partidárias. A votação deve iniciar a qualquer momento. São necessários 342 votos para o arquivamento ou a admissibilidade da denúncia.

Os ministros que estão licenciados dos cargos de deputados federais devem deixar os postos para voltar a Câmara dos Deputados na próxima semana, quando ocorrerá a votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva. Segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), os parlamentares estão firmando um acordo diante da possibilidade do peemedebista ser investigado. 

"Haverá uma decisão coletiva. E um saindo, sairão todos. E é possível que todos os ministros que têm mandato na Câmara dos Deputados saiam, retornem ao Congresso Nacional para votar semana que vem. É factível, é possível", declarou o tucano.

##RECOMENDA##

Argumentando pela estabilidade do país, Bruno Araújo afirmou que existe uma visão distorcida sobre a votação, quando se acredita que ela determinará ou não a abertura do processo. “Essa é uma visão distorcida. Votar contra não significa o processo ser arquivado. Votar contra significa o processo começar no dia 1º de janeiro de 2019 [quando acaba o mandato de Temer] e permitir que o país respire e ajude a sair dessa grave crise", defendeu. 

Em resposta às provocações do deputado Silvio Costa (PTdoB), que chegou a dizer que gostaria de ver se os deputados favoráveis ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seriam contrários a abertura do processo contra Temer, Bruno Araújo foi taxativo e disse que a população foi quem destituiu a petista. 

“Quem tirou a Dilma não foram os votos da Câmara dos Deputados, foram as milhões de pessoas que foram às ruas pedir para ela sair e não estão fazendo o mesmo em relação a Temer. Não porque queiram ou não queiram  Temer, mas por uma concepção madura de que o país está muito ferido e precisa chegar em 2018, nas eleições presidenciais. Todo mundo sabe que a Dilma caiu porque além de processos claros de corrupção que avançam, ela meteu a mão na economia brasileira”, bradou. 

Na expectativa do retorno aos trabalhos legislativos e da votação sobre a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) afirmou, nesta terça-feira-feira (25), que quer ver os parlamentares que admitiram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), acusando-a de corrupção, votarem contra o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Citando os ministros pernambucanos, como o das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), que na época proferiu o voto 342, Costa pontuou querer ver o argumento dos  que chamou de “golpistas”  para apoiar o peemedebista. 

“Eles votaram pelo impeachment de Dilma aconsando-a de corrupção. Esse ministro Bruno Araújo mesmo, que disse que votaria pelo futuro e pelo Brasil, quero ver ele votar agora a favor de Temer. Ele não sempre pregou a ética? Quero ver agora. os quatro ministros de Pernambuco dizerem sim ao presidente Temer”, cravou, ao conversar com a imprensa antes de participar da abertura do IV Congresso Pernambucano de Municípios, no Centro de Convenções, em Olinda. 

##RECOMENDA##

Silvio Costa também afirmou que a estratégia da oposição mudará para a votação prevista para o dia 2 de agosto. “Tivemos que reavaliar a estratégia exatamente como instrumento de pressão em cima daqueles que defendem a Temer. Falei com uns 100 deputados e percebi, naqueles que defendem Temer, que existe um certo receio [da reação da população]. Vai ser um divisor de águas [para a disputa eleitoral de 2018]”, observou. “Já estou entendo que infelizmente, infelizmente, não vamos conseguir os 342 votos, mas vamos partir para a tese do constrangimento”, acrescentou. 

Ao participar da vigília em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (10), o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) não poupou críticas ao PSB e disse que se parte da legenda em Pernambuco não for presa “a Lava Jato está errada”. Segundo Costa, que já se colocou como pré-candidato ao Senado em 2018, a legenda responsável pela gestão estadual “traiu” os ex-presidentes Lula e Dilma. 

“Essa quadrilha que está instalada em Pernambuco tem que se explicar. Se parte desse povo do PSB não for presa é porque a Lava Jato está errada”, disparou, sem mencionar diretamente as investigações que envolvem lideranças da legenda. “Esses caras traíram  o presidente Lula e a presidente Dilma”, acrescentou, lembrando da votação de admissibilidade do impeachment.   

##RECOMENDA##

Segundo Costa, se o PSB não tivesse apoiado o processo não haveria reformas nas regras trabalhistas e previdenciárias. “Se PSB tivesse votado contra o impeachment, eles tinham 34 deputados, não havia impeachment, nem reforma trabalhista, nem reforma da previdência. Agora parte dessa quadrilha quer se livrar, são contra a reforma”, ironizou. 

A vigília em defesa de Lula acontece no momento em que ele depõe ao juiz Sérgio Moro, no processo em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O ato acontece na Rua da Aurora, no Centro do Recife. 

A candidata a prefeita de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Célia Sales (PTB) recebeu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela se reuniu com o petista na noite dessa quinta-feira (23), em São Paulo. Além deles, participaram do encontro o vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PTdoB), e esposo dela Romero Sales (PTB). 

Durante o encontro, o ex-presidente gravou uma série de áudios e vídeos ao lado de Célia Sales, pedindo o voto dos ipojucanos. Em uma das inserções, Lula diz que Romero Sales foi vítima de uma injustiça após a eleição em outubro. 

##RECOMENDA##

O petebista venceu o pleito, no entanto, teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma condenação anterior de improbidade administrativa. Com a anulação da eleição, o TSE determinou um novo pleito e o grupo político de Romero Sales apresentou a candidatura de Célia Sales.

"No ano passado, estive em Ipojuca pedindo votos para Romero Sales que venceu por 9 mil votos de diferença, porém, ele sofreu uma injustiça, e todos nós não toleramos injustiça. É por isso que, no próximo dia 2 de abril, o povo vai fazer justiça e vai eleger Célia Sales prefeita de Ipojuca", afirmou o ex-presidente. Em setembro, Lula esteve em um ato de campanha de Romero em Ipojuca. 

De acordo com Silvio Costa, Lula ressaltou durante a reunião com a candidata a sua convicção de que o sentimento popular é de mudança. "Tenho andado e conversado com as pessoas e sentido o desejo de mudar no País. Creio que a mudança vencerá em Ipojuca. Sei que nossos companheiros e aliados estarão com Célia Sales", disse com otimismo Lula.

O deputado Sílvio Costa ficou em São Paulo, onde vai conversar, nesta sexta-feira (24), com o ex-presidente Lula sobre os cenários nacional e de Pernambuco. Sílvio participa também, como convidado, do encontro que está sendo realizado pela Executiva Nacional do PT que discute o momento econômico e político do Brasil.

Após declarar, em entrevista ao LeiaJá, que tem muito parlamentar sem dormir em Pernambuco (referindo-se à lista que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima semana), o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) falou que a Operação Lava Jato é um marco para o Brasil, mas defendeu o ex-presidente Lula afirmando que alguns excessos forma cometidos contra ele. 

"Após a Operação Lava Jato vai nascer um novo país. Acho que a operação está prestando um grande serviço ao país, mas achei a condução coercitiva do presidente Lula desnecessária. Eu acho que o juiz Sérgio Moro não precisaria ter levado Lula até Curitiba para fazer o depoimento cara a cara. Ele poderia fazer como fez com muitos através de teleconferência. Então, eu acho um exagero. Por outro lado, eu acho que ele [Moro] está, sim, prestando um grande serviço ao Brasil", contou. 

##RECOMENDA##

No início deste mês, a defesa de Lula já tinha exposto, mais uma vez, a insatisfação em relação a como as investigações da Lava Jato estão sendo realizadas. A defesa do ex-presidente reclamou da demora na devolução de "dezenas" de aparelhos pertencentes ao Instituto Lula, entre eles, o laptop de um dos seus netos, que tem quatro anos de idade. "Um ano após a apreensão, nenhum dos aparelhos foi devolvido. Nenhum. Nem o tablet do garoto, que continha apenas arquivos de jogos e filmes infantis. Não se tem conhecimento de que o garoto seja investigado por qualquer crime", chegou a ironizar os advogados.

Silvio Costa acredita que todo esse processo que está acontecendo contra Lula e demais investigados irá amadurecer o país. Ele também espera que seja inaugurado um novo momento político, a partir das eleições de 2018. "Aqueles que efetivamente não foram citados em nada, que não foram condenados, eu acho que devem ser reeleitos e que os culpados sejam punidos tanto juridicamente como eleitoralmente", destacou.

O parlamentar garante que, de sua parte, não há o que temer. "Modéstia à parte, eu fui o primeiro deputado federal a enfrentar Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara dos Deputados]. Eu disse, na tribuna, que Eduardo Cunha iria para a cadeia. Eu não sei como um parlamentar consegue votar em Eduardo Cunha para presidente. As pessoas conheciam a história dele", relembrou.

A candidatura do deputado Silvio Costa (PTdoB) à 1ª vice-presidência da Câmara Federal foi indeferida pela Mesa Diretora da Casa. De acordo com a direção da Casa, as postulações avulsas ao acordo firmado pelos líderes das bancadas, ainda que a divisão dos cargos tenha sido feita com base nos blocos partidários, não são elegíveis. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara dos Deputados de hoje. 

A decisão pode ser questionada na sessão por algum candidato prejudicado. Além da postulação de Silvio Costa, porque o acordo designou o cargo ao PMDB, também ficaram impedidas as candidaturas dos deputados Valtenir Pereira (PMDB-MT), Kaio Maniçoba (PMDB) e Jaime Martins (PSD-MG) à 1ª secretaria que, pelo acordo, deve ser ocupada pelo PR. 

##RECOMENDA##

O deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) também não poderá disputar a 4ª secretaria e Takayma (PSC-PR) não poderá concorrer à suplência. 

 

A Câmara dos Deputados retoma os trabalhos legislativos na próxima quinta-feira (2) e a pauta de projetos para a análise no ano reúne propostas que promovem, por exemplo, as reformas trabalhista e previdenciária, encaminhadas pelo presidente Michel Temer (PMDB). Os textos devem enfrentar resistência entre os deputados, inclusive da base governista, por atingir tocantes mais próximos aos eleitores.

Apesar de considerar o conjunto de reformas importante para a “retomada do rumo do país”, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirmou que o maior desafio da Casa para avaliar os temas será discuti-los com a população. Sob a ótica do pessebista, as mudanças não podem acontecer “a toque de caixa” como foi a reforma do ensino médio, em análise agora no Senado. 

##RECOMENDA##

“Já fizemos um movimento no fim do ano para que tenhamos um debate com a sociedade. Não negamos a importância da reforma trabalhista, não podemos viver com um conjunto de regras do século passado, mas precisamos discutir o assunto sob o olhar de proteção do trabalhador”, observou, salientando que o governo tem “ditado o ritmo” da Casa e “excluído a sociedade do debate”.

Indagado sobre como acredita que Michel Temer vai se portar diante da pauta, Danilo Cabral citou a aprovação da PEC do Teto de Gastos Públicos e disse que na ocasião o presidente “conseguiu uma maioria folgada para aprovação”, mas a “pauta que vem pela frente toca mais a população”. 

“Ela [a população] é mais sensível à reforma da previdência porque diz respeito a todo o povo brasileiro. Há uma tendência que a sociedade reaja a qualquer possibilidade de retirada de direitos. Mesmo sendo da base de sustentação do governo, vamos procurar aprimorar o que está sendo proposto, pois se for um ambiente de guerra vamos afastar ainda mais o Congresso da sociedade”, cravou. 

Com a tese de perda dos direitos conquistados e de que a gestão de Temer não tem “legitimidade” para executar reformas, a oposição tem prometido gerar duros embates durante a análise das pautas previstas para este ano na Câmara. 

“O Rodrigo Maia deve se reeleegar e acho que ele ganha no primeiro turno, apesar de votar André Figueiredo. Ele tem o compromisso de colocar em pauta de discussão já no primeiro mês as reformas trabalhista e da previdência deste governo ilegítimo. Voto contra a esta reforma da previdência imposta aí e também vou votar contra a trabalhista”, adiantou o vice-líder da oposição, Silvio Costa (PTdoB).

Outras pautas

Além das mudanças previstas para o regime trabalhista e previdenciário, a expectativa, de acordo com Costa, é de que a Câmara também retome a discussão sobre o financiamento das campanhas eleitorais, atraindo, mais uma vez, alterações nas regras eleitorais. 

Na avaliação do pernambucano, nova análise sobre o assunto é “urgente”, tendo em vista que no próximo ano acontecem eleições gerais. “O debate sobre o financiamento de campanha vai voltar, tenho certeza, porque do jeito que está não tem como fazer campanha em 2018. Você não vai fazer campanha para presidente, senador, deputado federal, estadual e governador com dinheiro do fundo partidário. O país numa crise dessa você não vai ter recursos”, afirmou.

Questionado sobre o modelo que seria ideal para o país, Silvio Costa apontou o privado. “Sou a favor de um financiamento privado, veja a maior democracia, os Estados Unidos, lá o financiamento é privado. Agora para ter uma maior fiscalização e menos caixa dois, defendo que já na campanha os eleitores saibam quem está sendo financiando por essa ou aquela empresa”, propôs.  

Além dos três itens, a regulamentação do Uber, o projeto que aumenta as punições para o abuso de autoridade de autoridade, ainda em tramitação no Senado, e o possível retorno do pacote de medidas anticorrupção para a reavaliação da Câmara também devem agitar o primeiro semestre.  

Vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PTdoB) acredita que a postura do presidente Michel Temer (PMDB), contra a aprovação do proposta que propiciaria uma anistia ao crime de Caixa Dois, é uma tentativa de “reparar” a “imagem impopular” que ele tem e foi, segundo o parlamentar, agravada após a crise instaurada pela prática de tráfico de influência em benefício do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), denunciada pelo ex-ministro Marcelo Calero. 

Sob a análise de Costa, o presidente “tem consciência do erro irreparável que cometeu ao tentar resolver um assunto do interesse particular de um ministro” e, por isso, fez articulações para barrar uma proposta criticada pela sociedade. 

##RECOMENDA##

“A maioria daqueles que votaram a favor do impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff] quer fazer a anistia do Caixa Dois. É evidente que até este domingo (27), eles tinham absoluta certeza que Michel Temer iria sancionar essa anistia, pelo menos era o que se ouvia no plenário, na semana passada”, disse. 

“Em função desse erro fatal, o Michel Temer recuou e agora nega a articulação pró-anistia, feita em conjunto com a maioria dos seus líderes, e diz que vai vetar qualquer tentativa de anistiar o Caixa Dois”, acrescentou o vice-líder, lembrando da hipótese de que o impeachment serviria para “estancar a Lava Jato”.

Crime de responsabilidade

Para o deputado, o caso de Geddel acarretou crime de responsabilidade para Temer.  “O presidente Temer sabe, como constitucionalista que é ou era, que infringiu a Constituição. O menos preparado advogado do Brasil sabe que Michel Temer cometeu crime de responsabilidade. O mais impressionante é Temer ter recomendado ao ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que procurasse a Advocacia Geral da União, porque ela teria uma saída para um assunto de interesse privado. Temer parece que esqueceu a função da AGU. O empreendimento não pertence à União, não existe interesse da União”, observou Silvio Costa. 

O parlamentar, que disse ter acompanhado a entrevista coletiva do presidente convocada para esse domingo (27), salientou que o peemedebista estava “um homem acuado”. “Não tenho dúvida de que trata-se de um caso de impeachment, segundo a Constituição do Brasil”, cravou.

A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 – mais conhecida como a PEC do Teto – contou com o apoio de deputados federais aliados do PT. Um deles é o vice-líder da minoria, Silvio Costa (PTdoB), que votou a favor do texto. A postura do pernambucano tem sido observada por petistas como incoerente já que o parlamentar foi um dos defensores ferrenhos do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O deputado, entretanto, não considerou ter ido de encontro aos interesses do país com o alinhamento e ponderou que não fará o mesmo papel executado pelos partidos da atual bancada governista quando Dilma ainda estava no poder: “o do quanto pior melhor”. 

“Fui profundamente coerente. Não é verdade que este projeto tira direito dos trabalhadores. Agora reconheço que os servidores públicos federais perderam os direitos. Mas era aquela escolha: ou você ficava com os 2,2 milhões de servidores federais ou com os 204 milhões de brasileiros que não tem este privilégio, estão desempregados por causa da situação econômica do país e não conseguem manter as suas famílias”, justificou em conversa como Portal LeiaJá. Silvio Costa explicou que os salários da categoria serão corrigidos pela inflação ao longo de 20 anos, podendo ser revistos em 10 anos, dependendo do momento da economia brasileira.

##RECOMENDA##

Sob a ótica dele, o que a política nacional necessita hoje é uma reavaliação da postura dos partidos de esquerda. “A esquerda perdeu a oportunidade de se reciclar e abrir um novo diálogo com a população. Cheguei a me reunir com deputados da nossa base para dizer que deveríamos votar a favor e mostrar a atual bancada governista que, diferente de vocês, nós temos responsabilidade. É preciso que a esquerda brasileira reveja alguns valores. É preciso acabar com este corporativismo”, salientou, garantindo ter dormido tranquilo após o voto dessa segunda-feira (10). “Afinal de contas, o que é ser de esquerda no Brasil? É defender a democracia? Eu defendo. É defender o estado de bem-estar social? Eu defendo. É  defender as políticas de inclusão social implantadas pelos governos dos presidentes Lula e Dilma? Eu defendo”, emendou.

Para o pernambucano, o estabelecimento de um teto para os gastos públicos com base na inflação do ano anterior já deveria ter sido implantado desde quando a petista governava o país. “Lula sempre quis colocar [Henrique] Meireles como ministro de Dilma, não conseguiu. O [Antônio] Paloci sempre pensou em uma proposta neste molde, mas lamentavelmente não conseguíamos construir apoio no Congresso. Em função disso, não houve um projeto semelhante já no governo Dilma. Não tínhamos força congressual”, salientou Silvio Costa, que acusa PSDB, PMDB e DEM de teremtrabalhado de acordo com o interesse deles pelo poder e não pela população. 

Silvio Costa também deixou claro que se mantém contrário ao governo do presidente Michel Temer. “Vou fazer oposição, não gosto deste governo, é um governo golpista, não respeito este governo porque violou a constituição, mas tenho responsabilidade com o meu país”, frisou.  Em textos divulgados antes da votação, Silvio Costa também desmistificou a tese de que a saúde e a educação seriam prejudicadas com a PEC. 

Nesta quinta-feira (15), o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB) criticou a denúncia apresentada pelo procurador Deltan Dallagnol contra o ex-presidente Lula. Costa diz que não consegue entender como um procurador da República pode chamar o ex-presidente da República como “comandante de quadrilha”. “Pelo fato dele ter cumprido a sua obrigação constitucional de ter feito as nomeações dos diretores da Petrobras. Procurei e não encontrei, na Constituição do Brasil, nem um artigo que desse respaldo a essa gravíssima acusação. Como cidadão e deputado federal estou indignado com tamanha agressividade jurídica”, pontuou.

O parlamentar também citou as principais lideranças do PSDB para citar os escândalos de corrupção dos quais estão supostamente ligados. “Não vou usar a tese do senhor procurador Deltan Dallagnol, mas, na interpretação dele, eu poderia dizer que Geraldo Alckmin é chefe de quadrilha em São Paulo por causa dos roubos na Companhia de Trens Urbanos e na merenda escolar. Poderia dizer que Aécio Neves é chefe de quadrilha em Minas Gerais por causa dos desvios de recursos públicos realizados por funcionários de segundo e terceiro escalão durante a sua gestão. Poderia dizer que Fernando Henrique Cardoso também foi chefe de quadrilha por todos os atos de corrupção que afloraram em seu governo. O mesmo poderia dizer em relação a José Serra pelos escândalos de corrupção que ocorreram também no seu governo em São Paulo”, disparou o deputado.

##RECOMENDA##

Sílvio Costa ainda afirmou que é de competência do presidente da República a nomeação de ministros e de diretores das empresas estatais. “O mais despreparado advogado do Brasil ou mesmo o mais desinformado rábula sabe que o chefe do poder executivo não pode ser penalizado por um desvio de conduta de um funcionário do terceiro escalão. Sabe, por exemplo, que até para crime de improbidade administrativa o gestor teria que ser ordenador de despesa. Portanto, o ex-presidente Lula não poderia sequer ser enquadrado no crime de improbidade porque ele não era ordenador de despesas”, defendeu.

Ainda citando as declarações do procurador Deltan. “Na tese do senhor procurador Deltan Dallagnol, a partir de agora, os 27 governadores do País e os 5.570 prefeitos do país poderão ser acusados de chefe de quadrilha por um ato praticado por qualquer funcionário do quarto escalão que tenha sido nomeador por eles. É inacreditável”, frisou. 

A Câmara Federal vota, na próxima segunda-feira (12), o pedido de cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os parlamentares pernambucanos a expectativa é de que o mandato do peemedebista seja oficialmente destituído e o nome dele passe a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. 

Crítico ferrenho das ações do ex-presidente, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) acredita que Cunha será cassado e, na semana seguinte, preso. “Ele é uma agenda vencida no Brasil. Por mais que o governo Temer, por medo, queira protegê-lo, vai ser cassado e com uma semana, no máximo 15 dias, preso”, projetou em entrevista ao Portal LeiaJá.

##RECOMENDA##

São necessários 257 votos, dos 512 deputados, para que Cunha seja cassado e de acordo com o regimento interno da Casa, o quórum mínimo para que a sessão seja aberta também é de 257 parlamentares, mas o presidente Rodrigo Maia (DEM) já anunciou que só votará com ao menos 420 parlamentares. 

A determinação foi encarada por Costa como uma “manobra”. “Estão com medo de Eduardo Cunha. Ele vai fazer uma delação premiada que vai pegar Temer”, alfinetou. A sessão que votará a matéria está agendada para iniciar às 13h da segunda, mas a pauta deve ir a pareciação do plenário por volta das 19h.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou, nesta quarta-feira (7), que a atuação dos partidos de esquerda no Congresso Nacional a partir de agora, com a destituição do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), será unificada. De acordo com o petista, que participou da manifestação que uniu o Grito dos Excluídos e o “Fora Temer” no Recife, os argumentos dos parlamentares serão norteados pela proposta de novas eleições gerais e a manutenção dos direitos dos trabalhadores.

“Estamos discutindo com os partidos de esquerda sobre uma bandeira que nos unifique e hoje isso pode ser a pauta das eleições gerais. Acredito que esse governo não aguenta uma grande campanha de mobilização do povo, para que tenham condição de votar e escolher livremente o presidente, seus governantes”, salientou.  “Outra questão também relevante é que esse movimento [de unificação] significa uma resistência a uma possibilidade de perda de direitos que foram duramente conquistados nos últimos anos. Vamos impedir que passem essas propostas de reformas trabalhistas, de uma reforma da previdência que venha a prejudicar os mais pobres”, acrescentou.

##RECOMENDA##

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) corroborou a postura do petista e garantiu que não votará as pautas do governo do presidente Michel Temer (PMDB). “Lamentavelmente parte da elite paulista e nordestina consolidou o golpe parlamentar... Garanto, não vou votar nenhum projeto do governo Temer, nenhum. Ele não tem legitimidade. Sei que o Brasil precisa de reformas, mas só existe reforma se existir democracia. Eles rasgaram a constituição”, cravou o parlamentar, também presente no ato da capital pernambucana.

“Dilma vai ajudar o país”                        

Com a saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, há uma expectativa diante do papel que a petista terá a partir de agora. Segundo o líder do PT no Senado, a ex-presidente “vai ajudar o país”. “Dilma é uma liderança importante e deve assumir um papel de protagonismo. O partido deverá conversar com ela no sentido de como vai ajudar o Brasil”, afirmou.

Humberto disse ainda que estão com a fase de campanha eleitoral entrando na reta final, já que o pleito será no dia 2, e a expectativa do PT é de que seja organizado um ato para endossar o palanque do candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT), com a possível presença dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dando a largada inicial a campanha eleitoral desde ano, a coligação "Recife pela Democracia" [PT, PRB, PTdoB, PTN e PTB] fez uma caminhada pelas ruas da capital pernambucana. Sob a batuta dos postulantes a prefeito e vice, João Paulo (PT) e Silvio Costa Filho (PRB), respectivamente, o grupo iniciou a concentração por volta das 9h30 no Pátio do Livramento, no bairro de São José, e seguiram pelas ruas Direita e Tobias Barreto até o camelódromo, na Avenida Guararapes. 

Com uma militância ainda tímida, algumas bandeiras e adesivos do PT, a caminhada iniciou com um atraso de quase duas horas e João Paulo não poupou críticas ao prefeito Geraldo Julio (PSB). Ele fez avaliações negativas da saúde, educação, cultura e outros setores. "Eles não escutam a população nem conhecem a nossa cidade”, salientou, logo após dizer que o Hospital da Mulher, vitrine socialista e uma das promessas de campanha de Geraldo em 2012, era uma “gaiola bonita, mas que não dá comida a passarinho".

##RECOMENDA##

O ex-prefeito pediu o engajamento dos seus apoiadores tanto na eleição dele quanto da chapa proporcional. “Estamos aqui pelo amor ao Recife e a nossa população que precisa resgatar a sua autonomia e importância”, ressaltou. “Vou precisar de vocês com engajamento, além de me apoiar para voltar a prefeitura e fazer com que as pessoas voltem a ter orgulho da nossa cidade. O prefeito, para executar o trabalho, tem que uma Câmara para lhe dar sustentação”, complementou.

João Paulo foi bem recepcionado por comerciantes que reclamavam de perseguição da atual gestão, como Maria Gorete, de 55 anos. “Ele sempre olhou por nós, era um tempo bom quando foi prefeito. Do jeito que está agora é zero”, disparou. "João Paulo tem que voltar com tudo para garantir o nosso pão de cada dia", corroborou a vendedora, Ana Célia. Em contrapartida, outros recifenses soltavam farpas contra o PT e mencionavam sutilmente a Lava Jato durante o percurso percorrido pelo candidato, mas ao ser procurados pela reportagem desconversaram. 

[@#galeria#@]

Candidatos proporcionais 

Enquanto os postulantes a majoritária não chegavam à concentração, os candidatos da chapa proporcional se dividiam em discursos curtos. Os vereadores que buscam a reeleição Jurandir Liberal (PT) e Marília Arraes (PT), além dos que pleiteiam um espaço na Casa José Mariano pela primeira vez como Rinaldo Junior (PRB) e o ex-prefeito, João da Costa (PT) foram alguns dos que pediram votos e dispararam contra a gestão de Geraldo Julio (PSB).

Na disputa pela primeira eleição como filiada ao PT, Marília disse que "o Recife real é totalmente diferente das propagandas mostradas pela prefeitura". "Fazer oposição é fácil, não precisamos falar. O recifense vê todos os dias [o descaso]. Nenhum posto de saúde está funcionando a contento, não tem material escolar nas escolas e creches... Aqui estamos começando, hoje, dias que vão fazer a diferença. Em 2000 vimos uma campanha difícil de luta contra os poderosos. Era uma campanha muito mais difícil do que a de hoje, por isso tenho certeza que vamos eleger João Paulo e uma câmara que não é submissa, mas que ajuda ao prefeito”, cravou.

Ex-prefeito do Recife, João da Costa também adotou um discurso duro contra os socialistas. “Esta gestão tentou apagar da memória os 12 anos de gestão do PT”, disse. 

Líder do PT no Senado, Humberto Costa avaliou a administração do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) como um “desastre político, econômico e social” e garantiu que fará uma “oposição extremamente forte” às propostas para as reformas trabalhista e da previdência que restrinjam os direitos dos trabalhadores e beneficiem a camada mais rica do país. A expectativa é que a equipe econômica de Temer encaminhe para o Congresso Nacional os projetos que promovem mudanças nas duas vertentes até o fim do segundo semestre.

“Vejo [o governo] como um desastre político, econômico e social. Um governo que se propôs ampliar o equilíbrio fiscal e só faz ampliar a dívida pública e comprometer a condição do nosso país de estar equilibrado. No ponto de vista econômico, não temos nenhuma luz no fim do túnel para o que estamos vivendo. O governo não apresentou nenhuma proposta concreta de retomada do crescimento”, salientou. “Politicamente, estamos vendo um governo extremamente conservador, que relega as políticas sociais para o segundo plano, que adota valores e proposições que não condizem com o Brasil do século XXI”, acrescentou o senador pernambucano.

##RECOMENDA##

Corroborando a análise do senador, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) criticou o que ele chama de “pacote de Meireles”, referindo-se ao ministro da Fazenda Henrique Meireles. "Primeiro: esse pacto do Meireles que estabelece um teto, este teto a gente pode até discutir para custeio, mas não para saúde e educação. Segundo: a previdência, que é uma questão de estado, mas que tipo de proposta Michel Temer vai mandar: com seriedade ou para fazer demagogia? A reforma trabalhista temos que discutir sim, mas qual a proposta? De que forma ela chegará para o Congresso?”, indagou.

Sob a ótica de Costa, a administração de Michel Temer não é “um governo sério, porque é provisório e fruto de um impeachment fraudulento”.

Ao chegar à convenção que oficializará o seu nome como candidato a prefeito o Recife, João Paulo (PT) afirmou que o primeiro passo da eventual gestão, caso conquiste a eleição em outubro, será "retomar o nível de qualidade de vida da cidade" que, sob a ótica dele, tem decaído desde que o PT deixou o comando da prefeitura.

"Temos um legado de 12 anos e sabemos que precisamos avançar em tudo que fizemos. A cidade mudou, a realidade hoje é outra, vamos readequar o nosso programa de governo", observou, em conversa com a imprensa antes de ir ao plenário da Câmara dos Vereadores, onde acontece a convenção que oficializa ele como líder da chapa e Silvio Costa Filho (PRB) como vice.

##RECOMENDA##

Indagado sobre quais os tipos de readequação devem ser feitas, João disse que a capital pernambucana vive "problemas antigos" como mobilidade, alagamentos, deslizamento de morros. "São coisas que tínhamos avançado, mas hoje caiu a qualidade. Temos que pensar também numa cidade mais moderna e ver a realidade econômica da prefeitura para não prometer nada que não possamos cumprir", disse. Acrescentando suas prioridades. "Saúde, educação, cultura, que é a alma do povo, mas também a participação popular que sustenta o governo para cidade como um todo".

Já sobre como deve nortear os 45 dias de campanha, o petista destacou as caminhadas e ações de corpo a corpo. "Temos limitações do tempo, mas o que pesa é que somos conhecidos e temos uma gestão aprovada. A nossa campanha vai ser na rua, de corpo a corpo, como sempre aprendemos a fazer. Com criatividade é muito amor", pregou.

Parceria com Silvio Costa Filho

Sobre a aliança entre o PT e o PRB para a disputa, João Paulo disse que “Silvio traz um bagagem jovem e vai ajudar nas ações para o futuro”. Corroborando, o candidato a vice, que também é deputado estadual, destacou a aliança programática com o petista. 

“Nossa aliança é em reconhecimento aos avanços que João Paulo pôde realizar ao longo das suas gestões e, sobretudo, pensando no futuro, buscando uma economia criativa, o desenvolvimento sustentável, a redução do desemprego, novos eixos de desenvolvimento econômico... Essa é a pauta que nos une, não apenas a unidade do nosso campo, mas sobretudo a agenda programática que fale do presente e aponte para um futuro de mais oportunidades para o povo da nossa cidade”, salientou. 

A convenção da aliança do PT, PRB, PTB, PTdoB e PTN iniciou por volta das 17h30 e além da chapa majoritária, o gruipo também vai lançar 60 postulações a Casa José Mariano. Entre os candidatos, estão o ex-prefeito João da Costa e os vereadores que buscam reeleição, Marília Arraes, Jurandir Liberal e Osmar Ricardo. 

O tom crítico à gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), marcou os discursos do lançamento da chapa liderada por João Paulo (PT) e Silvio Costa Filho (PRB), pré-candidatos a prefeito e vice, respectivamente. No evento, que durou mais de duas horas e serviu para que Costa Filho anunciasse que abdicaria da postulação majoritária para se aliar ao PT, a administração socialista foi chamada de “incompetente”, “desleal”, “impopular” e “sem capacidade de ser reeleita” por ter membros investigados pela Polícia Federal (PF). 

A atração do PRB para a chapa, segundo o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro se deu pelo estado “maltratado” que está à capital pernambucana. “É o Recife, esta cidade que está tão maltratada, que nos chamou a esta unidade. É uma unidade para reorganizar a cidade vítima de uma gestão vazia. Um candidato que foi apresentado como tudo tendo feito em Pernambuco e nada fez”, alfinetou. Sob a análise do petista, as periferias estão abandonadas e há uma inversão de prioridades.

##RECOMENDA##

Vice-presidente estadual do PRB, Carlos Geraldo classificou a gestão do Recife como “desastrosa”. “Posso falar isso porque liberei recursos para a reforma do Geraldão e eles não tiveram capacidade de fazer isso. Ouvi um vereador dizendo que a obra não saiu por causa da falta de verbas federais, é mentira. Pura incompetência da gestão de Geraldo Julio. O melhor para o Recife é fazermos esta unidade [com o PT]. Vamos mostrar que se pode fazer uma gestão competente”, exemplificou.

A perspectiva foi reforçada pelo deputado federal Silvio Costa (PTdoB) que fez referência do irônica do PSB com a Lava Jato e a Turbulência, ambas operações da PF. “Quando você está com o carro sujo leva o carro para um lava jato, nele você vai tirar a sujeira, dar um polimento. O PSB de Pernambuco vai querer fazer uma campanha suja, porque eles não vão querer falar da Lava Jato. Nós vamos fazer uma campanha limpa. Vamos ver se eles têm realmente a capacidade de falar em decência. Eles precisam acabar com a história de que o PT é um partido que só têm corruptos. Tem corruptos no PSDB, no DEM, no PSB... Muita gente ia para Avenida Boa Viagem pedir o impeachment de Dilma, vamos agora para Avenida esclarecer a Turbulência? Um prefeito que está sendo investigado pela PF não pode se reeleger. Recife não vai reeleger Geraldo Julio”, cravou o parlamentar.

[@#galeria#@]

Unidade pelo Recife

Além das críticas a Geraldo, a aliança firmada entre o PT, PRB, PTB, PTdoB e PTN foi celebrada por políticos que compõem a frente política. Para o senador Humberto Costa (PT), o entendimento entre os partidos é “fundamental para o futuro do Recife”. “[A aliança] aconteceu para consolidar um polo político que tem compromissos absolutamente claros. A constituição desta chapa deu a João Paulo um apoio fundamental para que nós pudéssemos almejar esta vitória, não só pelas lideranças, mas por estarmos construindo um polo de oposição”, disse. 

“Foram 12 anos de gestão que mudaram a realidade desta cidade. Em qualquer setor que a gente produzir uma comparação com a administração atual temos um saldo maior para mostrar a população. Temos que falar do que já fizemos e daquilo que vamos fazer. Sou um entusiasta desta aliança desde o primeiro momento”, acrescentou o senador. 

Apontado como um dos líderes nas articulações para a união entre os partidos, o senador Armando Monteiro (PTB), disse que sempre defendeu a tese das múltiplas candidaturas e por isso estava certo de que os dois nomes que compõem a chapa deveriam ser candidatos em campos distintos, mas, segundo ele, diante da “fragmentação das outras forças” que compõem a base de Geraldo Julio a unidade foi “o melhor caminho”. 

“Sempre defendi a tese de múltiplas candidaturas, para quebrar a hegemonia deste grupo que está instalado em Pernambuco e não tem contribuído para a mudança. Esse grupo não apenas frustrou as expectativas como também se enredou no conjunto de práticas políticas que, ao meu ver, não compõem a boa política. Assistimos uma fragmentação das outras forças, com múltiplas candidaturas e coube a nós avaliar como faríamos. Foi importante deixar o processo maturar”, destacou. 

“Silvio Costa Filho se colocou legitimamente, mas fomos pensando e vimos que poderíamos combater a fragmentação do outro campo com uma unidade já para o primeiro turno. Foi um processo de discussão e convencimento, não de imposição. [A chapa João Paulo e Silvio Filho] é uma boa mescla e combinação. O melhor da referência política com a inspiração que vai nos conduzir para um futuro melhor do Recife”, comparou.

Apesar das convergências nos discursos, a unidade entre os partidos e a candidatura do PT como liderança não foi totalmente unânime, como se tem aparentado. Presidente municipal da sigla, Oscar Barreto, foi mencionado em diversos discursos como um dos atos principais na organização da aliança, no entanto, ele aparentava estar desconectado com a tese.  

“A chapa majoritária e o conjunto desta aliança tem muito haver com a estratégia do combate do futuro. Uma aliança de um conjunto político que não vem de agora. Nossa tarefa é arregaçar as mangas, a vitória isso só acontecerá quando a última urna for apurada. Não tem eleição ganha. Ele veio de uma maneira talvez que não foi o que todo mundo queria, mas para o que todo mundo quer hoje: João Paulo Prefeito”, ponderou. 

Com a aliança, os cinco partidos passam a ser o segundo maior campo para a eleição municipal. A chapa vai ser confirmada e homologada durante a convenção municipal dos partidos, marcada para a próxima quinta-feira (21), na Câmara Municipal do Recife, a partir das 19h. 

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) cobrou, em nota, que o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife Geraldo Julio, ambos dirigentes nacionais do PSB, deem “explicações contundentes” sobre as acusações apontadas pela Operação Turbulência, que investiga o suposto pagamento de propina para as campanhas do ex-governador Eduardo Campos em 2010 e 2014 – entre elas a compra e empréstimo do avião que utilizava em agosto de 2014 quando morreu em um acidente fatal em Santos

Para o parlamentar, o PSB “está fugindo do debate, em um nítido desrespeito  ao  povo  pernambucano e aos brasileiros”. “É preciso que a Executiva do PSB, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio respondam duas questões básicas: Por que o governador estava andando em um avião que foi pago por uma peixaria? Por que 14 pequenas empresas de Pernambuco movimentaram R$ 600 milhões?”, indagou.

##RECOMENDA##

Recordando ironias feitas, segundo ele, por socialistas ao senador Armando Monteiro Neto (PTB), quando foi à imprensa em 2014 questionar o uso do avião, Costa disse que agora sim, “graças ao trabalho sério e eficiente da Polícia Federal e do Ministério Público Federal”, a população está tomando conhecimento de que "a montanha pariu muitos ratos".

“É preciso que Paulo Câmara e Geraldo Julio deem explicações mais convincentes, até porque outras operações estão em curso em Pernambuco, como por exemplo, a Fair-Play, que apura os custos da Arena Pernambuco”, disse. “Não podemos construir em nosso Estado a prática da ética da malandragem”, acrescentou. 

Defensor ferrenho da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o deputado recordou o apoio do PSB ao processo de impeachment. “O PSB é um partido ingrato. Os governos socialistas, em Pernambuco, receberam inigualável apoio dos governos Lula e Dilma. Todos os grandes investimentos que ocorreram em Pernambuco vieram graças a Lula e Dilma. Em troca, os socialistas pagaram com a ingratidão”, alfinetou. 

Com a nova configuração do Congresso Nacional, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) está trabalhando para assumir a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados. O parlamentar, que até o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) era vice-líder do governo, tem se articulado entre os petistas, partido que de acordo com a proporcionalidade indicará o nome que vai direcionar a nova bancada oposicionista.

“No regimento, quem indica da minoria é o maior partido da oposição. O maior partido da oposição é o PT. Eu estou conversando com os companheiros do PT para ver se eu serei o líder da Minoria. Mas isso não é uma coisa definida não”, afirmou Costa. 

##RECOMENDA##

A composição das bases do governo e da oposição deve ser definida até a próxima terça-feira (17) quando serão retomadas as sessões deliberativas da Casa. “Alguém vai ter que encaminhar pela liderança da Minoria. A gente segunda-feira de manhã vai ter reuniões para ver e organizar como será essa oposição provisória a esse governo provisório”, pontuou o parlamentar que viaja para Brasília na noite deste domingo (15). 

Conhecido por sua postura firme em favor do governo Dilma, Silvio Costa prometeu atuar fazendo uma "oposição responsável" e diferente, segundo ele, das posturas adotadas pelo DEM, PSDB e PPS. "Não vou ser irresponsável como esses caras foram, passaram dois anos trabalhando contra esse país”, garantiu o parlamentar. Ele também defende que o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), não consiga realizar reformas, como a da Previdência Social. "Governo provisório não tem legitimidade para votar as reformas urgentes e necessárias que o Brasil precisa”, acrescentou. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando