“Temer foi vítima de uma sórdida armação”, diz Feliciano

O deputado federal também falou que o Brasil melhorou “consideravelmente” após a impeachment de Dilma Rousseff

por Taciana Carvalho ter, 03/10/2017 - 15:15
Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) concedeu uma entrevista que deve causar bastante repercussão. O parlamentar, que falou sobre vários temas polêmicos, chegou a defender o presidente Michel Temer (PMDB) ao ser questionado se era a favor do impeachment do peemedebista, após denúncia onde foi acusado de obstrução de Justiça e organização criminosa. Para Feliciano, Temer foi vítima de uma “armação“. 

“O presidente Michel Temer foi vítima de uma sórdida armação perpetrada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista a fim de conseguirem uma delação premiada que os livrassem de penas altas em condenações de privação de liberdade”, declarou.

Feliciano se explicou. “Nossas leis preveem 2 tipos de flagrantes: o esperado, onde se tem notícia de que um crime está para acontecer e a polícia é acionada e o reprime durante ou logo após da consumação do crime, ação perfeitamente legal para o devido processo penal, mas também existe a figura do flagrante preparado onde o agente público ou privado induz alguém a cometer crime sem intenção anterior, apenas criando uma falsa vantagem, mas de consumação impossível. Foi o que vitimou o presidente”, argumentou. 

Feliciano falou que, por esses motivos, não se pode discutir um impeachment. “Se nem houve a possibilidade de delito, todo aquele episódio da mala com dinheiro pode-se enquadrar nessa tese e tornar nulo todo o processo”. Também afirmou que o Brasil melhorou “consideravelmente” após o impeachment que tirou Dilma Rousseff (PT) do poder porque antes, segundo ele, o país estava “sem autoridade”. 

O parlamentar, que também é pastor, comentou a polêmica sobre a cura gay e chegou a dizer que “não existe cura para algo que não é doença” e que a imprensa gosta de “deturpar” o contexto. 

“O Juiz na sua decisão teve o cuidado de frisar que não se trata de cura, mas a possibilidade de atendimento clínico pelo profissional de psicologia por pessoas que não se sentem confortável emocionalmente com uma tendência de comportamento de afeição pelo mesmo sexo e querem poder, ao menos, conversar com um profissional formado e que tem autorização do Conselho Federal de Psicologia para tratar pacientes que queiram ser acompanhados numa abordagem de atração pelo mesmo sexo o que é um paradoxo. Afirmo sempre: não existe cura para algo que não é doença, portanto isso que a imprensa reverbera não existe”, enfatizou. 

 

Ainda comentou o filme "O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu", no qual Jesus Cristo na peça é travesti. Ele criticou. “Certamente colocar a figura de Jesus como travesti, além de ser uma ofensa aos cristãos, também considero uma grande ofensa aos travestis, pois muitos são cristãos e misturar um símbolo sagrado com um travesti, é impossível não resvalar para o caricato o que não acrescenta nada para ninguém". 

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